A Accenture divulga dados da 18ª Pesquisa anual de Compras de Final de Ano (out-jan) com 6 mil consumidores, dos quais mais de 500 brasileiros. Dentre os resultados, destaca-se que os varejistas brasileiros têm alguns motivos para estarem otimistas, principalmente porque 53% dos consumidores planejam aumentar seus gastos (a maior média entre todos os mercados pesquisados). Apenas 15% pretendem gastar menos do que no ano passado. No entanto, com tantos varejistas e marcas competindo por atenção e por uma fatia dos gastos, há três tendências que eles devem observar nesta temporada, de acordo com a Accenture:
TENDÊNCIA 1. Otimismo cauteloso, conforme a busca por ofertas se intensifica
Os varejistas precisarão atender a um grupo de “caçadores de ofertas” que adoram uma pechincha e são movidos por promoções, incentivos e economias. Quase dois em cada três (67%) consumidores classificaram preço e valor entre os fatores mais importantes na decisão de qual varejista comprar, e 41% disseram que comprarão conforme e quando lhes forem oferecidas promoções ou descontos.
O que os varejistas podem fazer?
Ganhar todos os dias, não apenas nos dias de pico de vendas e promoções: O relatório sugere que os varejistas devem olhar além dos eventos de vendas isolados, como Black Friday e Cyber Monday, e implementar um plano de vendas e marketing dinâmico ancorado no estoque existente e que possa ser adaptado conforme a demanda flutua. Com 60% dos compradores planejando comprar entre o início de novembro e o início de dezembro, os varejistas precisarão prestar muita atenção aos dados e análises para equilibrar cuidadosamente como e quando oferecer promoções e descontos, preservando suas margens de lucro.
TENDÊNCIA 2. Vales-presente: o acelerador de receita não explorado para o varejo
No ano passado, 4 em cada 10 consumidores (37%) receberam vales-presente. Este ano, 11% dos consumidores planejam alocar seus gastos de fim de ano para a compra de vales-presente. No entanto, metade dos destinatários pesquisados disse que não resgatou o saldo total do cartão. Cerca de três em quatro (75%) dos consumidores brasileiros perceberam a compra de um vale-presente como uma opção fácil e segura. Para aqueles que recebem, quatro em cada dez (39%) ficaram decepcionados porque a pessoa não dedicou tempo e esforço para planejar um presente personalizado. Preocupantemente, 43% se sentiram cansados ao pensar no tempo e esforço que teriam que dedicar para usar o vale-presente.
Embora a compra de um vale-presente se traduza imediatamente em receita para o varejista, os cartões não resgatados representam uma oportunidade significativa perdida para os varejistas, que poderiam ganhar novos clientes fiéis e vendas incrementais.
O que os varejistas podem fazer?
Mantenha simples, torne fácil: os varejistas devem tornar os cartões fáceis de comprar, usar e gerenciar. Os destinatários de vales-presente disseram à Accenture que simplificar as opções de verificação de saldo (31%), lembretes regulares de saldos não utilizados (27%) e um processo de resgate mais fácil online e na loja (46%) ajudariam a garantir que eles usem seus vales-presente.
Personalizado e alinhado ao preço: os varejistas podem aumentar a satisfação do cliente e gerar lealdade ao aprimorar a experiência do vale-presente, tornando-a menos transacional e mais pessoal. Por exemplo, sugerir produtos de beleza para condições de clima que correspondam ao saldo do vale-presente, enquanto fornece conselhos personalizados sobre como incorporá-los em uma rotina diária.
Tendência 3. Bloqueio do comprador na busca pelo melhor
À medida que os compradores de fim de ano procuram o presente perfeito, quase seis em cada dez (56%) não sabem por onde começar e quase dois em cada três (65%) estão preocupados em tomar a decisão de compra errada e se arrepender. Com mais de nove em cada dez (88%) dos compradores desejando tomar decisões sobre o que comprar de forma mais rápida, fácil e confiante, e quase três quartos (73%) dizendo que gostariam de receber inspiração, os varejistas podem se diferenciar e aumentar a receita inspirando e guiando os consumidores em cada etapa de sua jornada de compras.
No entanto, à medida que entramos na alta temporada de compras de fim de ano, um grande grupo de consumidores (68%) pode enfrentar o “Bloqueio do Comprador” – o efeito de se sentir sobrecarregado pelo número de opções disponíveis. O resultado? A maioria (90%) diz que abandonará seus carrinhos de compras devido à frustração ou indecisão, e quase um em cada três (31%) comprará em outro lugar.
O que os varejistas podem fazer?
Capriche na decoração das lojas: os varejistas com lojas físicas podem se beneficiar nesta temporada de fim de ano, pois 51% dos consumidores do País – aumentando para 56% dos consumidores da Geração X (44-59 anos) e Baby Boomers (60-69 anos) – dizem que preferem visitar lojas físicas para ver e avaliar produtos pessoalmente. Varejistas bem-sucedidos aplicarão criatividade ao layout da loja para maximizar as vendas por metro quadrado de seu espaço de venda.
Funcionários do varejo como “campeões da inspiração”: varejistas inovadores estão capacitando os funcionários das lojas para exibir sua expertise e ajudar a inspirar e aconselhar os compradores, uma boa notícia para os 48% dos consumidores que apreciam o suporte personalizado ao cliente.
É a temporada para a tecnologia brilhar: a IA Generativa está prestes a adicionar um toque de brilho à experiência de compras de fim de ano deste ano. Ela pode atuar como um consultor de compras pessoal – um “guia ao lado” das decisões de compra – com habilidades de resposta semelhantes às humanas, sugerindo ideias de presentes ou conselhos sobre embrulho. A pesquisa descobriu que a grande maioria (96%) dos consumidores concorda que a IA generativa pode ajudá-los a encontrar melhores presentes, enquanto 94% valorizam as recomendações que as ferramentas de IA generativa fornecem.
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