Pitti Uomo e Milan Fashion Week apresentam uma semana masculina altamente internacional

[Romildo de Paula Leite]

Depois da London Fashion Week, a Itália assume o comando na terça-feira, 11 de junho. A maratona da moda masculina para a primavera-verão 2025 prossegue, primeiro em Florença com a Pitti Uomo até ao dia 14, depois em Milão com a Fashion Week de 14 a 18. É uma semana intensa, marcada pela chegada de vários criadores de Londres e Paris. Entre eles, Marine Serre, Pierre-Louis Mascia, Paul Smith, Martine Rose e Dunhill.

O principal salão de moda masculina anuncia quase 800 expositores, 43% dos quais estrangeiros, e uma série de eventos e projetos internacionais. Entre eles, “China Wave”, que apresenta “o melhor da moda masculina chinesa contemporânea”. Organizada em conjunto com a Associação Nacional de Vestuário da China, a iniciativa contará com sete a oito marcas selecionadas pela CHIC (China International Fashion Fair), incluindo Valleyouth, KB Hong by K-Boxing, Raxxy, JDV, Fenggy, Blackhead e Keyone by Hattershub.

Os jovens estilistas internacionais estarão em destaque com o regresso da seção “S Style”, suspensa em janeiro deste ano, que reúne 10 marcas ecorresponsáveis de vanguarda e promissoras: Buzigahill do Uganda, Caoimhe Dowling da Dinamarca e Irlanda, Denzilpatrick do Reino Unido, Guido Vera do Chile, Permu da China, Unsung Weavers da Grécia e as quatro marcas italianas Domenico Orefice, Florania, Via Piave 33 e Tolo.

A edição deste ano, a 106.ª, contará ainda com o J Quality Factory Brand Project, que apresentará o melhor do artesanato japonês, e com o Scandinavian Manifesto, organizado em conjunto com a muito ativa Feira Internacional de Moda de Copenhagen, que também estará presente em Milão com o projeto CIFF Showrooms Milan. A parceria com a Promas, o gabinete francês de promoção do vestuário masculino, continua e, juntamente com a DEFI, apresentará 33 marcas francesas na Fortaleza de Basso, o ponto forte do salão. Pesos pesados como Blanco, Hartford e Eden Park estão de saída, dando lugar a uma nova geração de marcas como a Ouest Paris do estilista Arthur Robert e Valette Studio de Pierre-François Valette, convidado para a segunda temporada do salão florentino.

Franceses e britânicos em destaque

A Pitti Uomo celebra mais do que nunca o design francês, com os convidados de honra Marine Serre, que desfilará na noite de quarta-feira, 12, e o ilustrador Pierre-Louis Mascia, que apresentará no dia seguinte o primeiro desfile da sua história. Abrindo o salão, na terça-feira 11, será a vez da apresentação imperdível especial de Paul Smith, que habitualmente desfila em Paris.

Outra britânica, Martine Rose, que foi a estrela da Pitti Uomo em janeiro de 2023, foi convidada a se juntar ao calendário da Milano Moda Uomo, que nesta temporada tem uma influência britânica! Considerada um dos novos nomes mais interessantes da moda masculina, a estilista nascida na Jamaica será apresentada no domingo, 16 de junho, logo após a Dunhill.

A histórica maison de moda britânica, propriedade do grupo suíço de luxo Richemont, também se estreia na passerelle de Milão, sob a égide do seu diretor criativo Simon Holloway, que apresentará a sua segunda coleção para a ocasião. Ambos estarão na passarela ao lado de outra marca inglesa de renome, a JW Anderson, que é fã da capital lombarda há várias temporadas. E não esqueçamos Jordan Luca, um nome londrino que está em ascensão há várias temporadas, enquanto a marca georgiana David Koma, outra presença regular nas passarelas londrinas, escolheu Milão para lançar a sua linha masculina em uma apresentação no sábado, 15.

Quanto ao resto, a Milano Fashion Week masculina anunciou um programa bastante leve, com 20 desfiles físicos (contra 22 na temporada passada), incluindo um desfile duplo de Giorgio Armani, em um total de 84 compromissos, incluindo apresentações e eventos. Foram também realizados quatro desfiles digitais, incluindo o primeiro da marca chinesa Valleyouth, e vários desfiles fora do calendário.

Para além da Armani, os únicos nomes que restam nas passarelas masculinas são Prada, Dolce & Gabbana, Gucci, Fendi, Dsquared2, Zegna e Moschino, que abre o salão na sexta-feira, 14 de junho. Trata-se de um regresso da marca, que apresentará a primeira coleção masculina do seu novo diretor criativo Adrian Appiolaza.

Outros nomes de destaque são Neil Barrett, Magliano, que regressa depois de um desfile em Florença no inverno passado, e MSGM, a marca de Massimo Giorgetti, que celebrará o seu 15.º aniversário com um desfile misto que promete ser um dos pontos altos da semana da moda.

O programa da desfiles de Milão perde seis nomes. Começando por Stone Island, Federico Cina, Andersson Bell, a marca sul-coreana de DoHun Kim, que abandona a Milano Fashion Week após duas temporadas, e a marca ítalo-chinesa Pronounce, que desfilou pela

primeira vez na Itália na última temporada e que, desta vez, optou por outro formato de apresentação. Também estarão ausentes a K-Way, que costuma desfilar durante a temporada de inverno, e Philipp Plein.

Fonte: Helena Osorio | Foto: Divulgação

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