Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Planejamento estratégico visa desenvolver setor de vestuário

Com o objetivo de ter o Ceará reconhecido, daqui a cinco anos, como um dos três maiores estados produtores de vestuário do Brasil, aumentando sistematicamente a produtividade, a rentabilidade e a competitividade do setor, foi lançado, ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o Planejamento Estratégico 2013-2018 do Setor de Vestuário do Ceará. Na oportunidade, também foi apresentado o estudo Perfil Setorial Vestuário 2013, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), do Sistema Fiec (veja matéria coordenada). O planejamento objetiva, ainda, promover um crescimento de 50% na participação do setor de vestuário do Estado na economia brasileira, que hoje é de 6%, atingindo 9% em 2018.

A elaboração do planejamento foi realizada entre a Câmara Setorial do Vestuário (CSVestuário), Indi, Sebrae, SindConfecções e SindRoupas, uma vez todas as entidades perceberam a necessidade de unir o setor, para ganhar competitividade, a fim de retornar ao pódio, ou seja, ficar entre os três maiores polos de vestuário do País. “Queremos construir, nos anos vindouros, a construção de um setor moderno, valorizado e diversificado, capaz de manter a sua importância relativa no conjunto das atividades econômicas cearenses e apresentar-se como um segmento industrial e comercial competente e competitivo, capaz de investir em novas apostas empreendedoras”, explicou Adriano Monteiro Costa Lima, presidente da CSVestuário e, também, do SindRoupas.

Esta opinião é compartilhada pelo presidente do SindConfecções, Marcos Vinícius Rocha Silva, ressaltando que em momentos de quebras de paradigmas, devem haver orientações estratégicas pautadas em referenciais sustentáveis, possibilitando às empresas do setor, um olhar coerente para o futuro. “Convém atentar para o fato de que este Plano de Ação não esgota as iniciativas do setor. É sim, um ponto de partida para a superação dos desafios advindos com a globalização econômica e cultural em curso. Porém, de sua coerente implementação deverá nascer um novo setor forte, rico, transparente e competitivo, capaz de elevar o Ceará à condição de estado referencial na produção e comercialização de vestuário no Brasil”, destacou.

APRESENTAÇÃO

A apresentação do planejamento foi realizada pelo consultor Francílio Dourado Filho, ressaltando que em ambientes competitivos, é necessária visão sistêmica e clareza de propósitos para formular estratégias coerentes e consequentes. O objetivo principal é promover o alinhamento estratégico das atividades setoriais, de modo a compor um elenco de ações e projetos voltados para o desenvolvimento sustentável do setor de vestuário cearense, valorizando o entendimento, a colaboração e a participação de seus múltiplos atores sociais, para a superação dos desafios competitivos inerentes ao mercado contemporâneo.

Na análise do ambiente externo foram elencados como fatores políticos positivos, o combate à informalidade, as políticas de incentivo fiscal, educação técnica e de exportação. E, como negativas, as legislações tributárias e trabalhistas, as políticas ambiental e de importação, além da insegurança pública. Já do ponto de vista econômico, destacam-se positivamente a globalização da economia, a estabilidade econômica, o crescimento do mercado interno e do poder de compra das classes C e D. Já como negativos temos o desequilíbrio cambial, as altas taxas de inflação e de juros, o baixo crescimento econômico e a tributação internacional.

OBJETIVOS

Diante da elevada competitividade global, deve haver uma melhora contínua da eficiência produtiva e gerencial, a fim de que possa ocorrer o fortalecimento da marca do vestuário cearense. Dentre os principais objetivos, para que isso seja possível, destacam-se: um programa de aprimoramento do setor do vestuário cearense; conquistar a equiparação do ICMS do Ceará, aos estados com menor carga tributária, até o fim deste ano; ter um programa visando aumentar, até dezembro de 2018 o índice médio de rentabilidade das empresas; plano setorial de marketing estratégico, tornando o Ceará referência na criação, qualidade e desenvolvimento do vestuário para a moda no Brasil; realizar, a partir de 2015, no Centro de Eventos do Ceará, uma Feira do Setor do Vestuário, com duas edições anuais; apoio à implantação do Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e do Vestuário (CTCTV), que entre em operação até o fim de 2015, para desenvolver programas e projetos de inovação, ciência e tecnologia de vestuário no Ceará, além de um programa de fortalecimento associativo do setor.

De acordo com Carlos Matos Lima, diretor corporativo do Indi, este planejamento estratégico é de grande importância, especialmente em um mundo altamente competitivo, no qual as coisas evoluem com grande velocidade. “Inovação é preciso, mas se não soubermos para quê e que ela transforma a realidade, não adianta nada. As pessoas não voltarão a andar nuas, portanto, o setor do vestuário é importante. Com qualidade e forte atuação neste segmento da economia brasileira, já chegamos a 6%. Então, poderemos chegar a 9% de participação, pois temos segmentos como Moda Praia e Moda Íntima, que são destaques no País”, asseverou.

http://www.oestadoce.com.br/noticia/planejamento-estrategico-visa-d...

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Respostas a este tópico

caro romildo,

esta é uma excelente e grandiosa notícia.

mesmo com o governo contra, deverão também, desenvolver esse planejamento para a area tributária.

E a educação profissional do setor, ficara restrita a somente a um apoio à implantação de um centro tecnológico?

Inovação não se faz através de máquinas , mas através de gente. Podem  fazer chover no agreste, mas se não conseguirem agregar e segurar talentos intelectuais no setor de design e produtivo, como já foi apontado em análise setorial do MDIC do setor, será apenas um planejamento estratégico... ficaremos contemplar nossos umbigos achando que somos o melhor do mundo, participando apenas 0,5% no comercio mundial...

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