Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Na contramão da crise, o segmento cresce e se fortalece com bons negócios.

Hoje no mercado existem marcas plus size que abrangem todos os estilos, do clássico à moda festa, passando pelo executivo, beachwear, fitness, jeanswear, teen... Enfim, empresas que vão de produtos de apelo popular até os mais sofisticados.
E, embora a moda plus size já contemple diversos estilos e as peças GG já possa ser encontras até em grandes magazines, com inúmeras confecções produzindo itens para o setor, esse número ainda é reduzido, por se tratar na maioria de médias e pequenas empresas. Logo, só há em cada shopping center uma ou duas lojas plus size entre centenas de lojas de moda de tamanhos menores. A demanda ainda é bem maior que a oferta.

Segundo dados do Ministério da Saúde, pessoas com excesso de peso já são 52% da população brasileira. Há nove anos, esse perfil era de 43%, ou seja, o mercado de confecção plus size está em franca expansão, carente de bons produtos, em resposta a uma consumidora cada vez mais exigente e informada.

clique para ampliarclique para ampliarRenata Poskus, jornalista do pioneiro blog Mulherão e idelizadora e diretora do Fashion Week Plus Size. (Foto: Divulgação)

O crescimento do segmento é fantástico, em qualidade e em quantidade. Os últimos anos no Brasil foram de recessão econômica, diversas indústrias têxteis encerraram suas atividades. No plus size, continuam surgindo novas grifes. Uma prova é o Fashion Weekend Plus Size Verão 2016, nossa maior edição até hoje”, destaca Renata Poskus, jornalista e blogueira do blog Mulherão, um dos pioneiros do nicho, e idealizadora e diretora do FWPS.


O evento realizou sua 12° edição em julho na capital paulista, apresentando as coleções de verão 2016 de 18 marcas – 13 desfilando e participando do Salão de Negócios e outras apenas na área business do evento, recebendo 1.200 visitantes.“Há cinco anos, as empresas não se preocupavam com a modelagem das roupas, que quase sempre eram restritas a vestidos longos, camisões e camisetões, todos quadrados, além de leggings e calças gorgorão. Tudo muito sem graça, com estampas ultrapassadas. Ad confecções não fazem coleções inspiradas em tendência de moda mundiais. Fazem sempre a mesma receita. E vendiam porque a consumidora não tinha opção. Além disso, havia uma sensação entre os clientes plus size de que elas estavam erradas sendo gordas, que deveriam emagrecer e não exigir moda de qualidade e com preços acessíveis. Eu mesma passei por isso”, explica Renata.O evento realizou sua 12° edição em julho na capital paulista, apresentando as coleções de verão 2016 de 18 marcas – 13 desfilando e participando do Salão de Negócios e outras apenas na área business do evento, recebendo 1.200 visitantes.


Com o glamour do nicho, esse cenário mudou. As revistas de moda, que antes marginalizavam o segmento, passaram a incluí-lo em editoriais. Mesmo que timidamente, essa inclusão despertou o olho dos consumidores e fabricantes para a necessidade de mudança. O diálogo sobre moda plus size tornou-se público.
“Com isso, as reclamações, as sugestões e as exigências de uma consumidora moderna, jovem e que buscava melhorias no setor fizeram surgir uma cliente que pede, exigem, insiste, reclama e até boicota uma empresa se essa não respeitar seus diretores. Muitas novas marcas apareceram, com uma proposta atual, modelagens inovadoras, estampas modernas e comunicação apropriada, levando as mais antigas também a se atualizar. O valor das roupas também diminuiu, devido à concorrência”, ressalta a empresária.

clique para ampliarclique para ampliarA top Flúvia Lacerda, que acaba de lançar uma linha beachwear plus size com a Melinde Brasil (Foto: Divulgação)

A Melide Brasil, por exemplo, é uma marca que já tem uma expertise no segmento, acompanhando as diversas transformações do plus size desde os anos 90. Sediada no bairro do Limão, na capital paulista, a marca feminina conta com uma produção de 5 mil peças por mês, com cinco lojas – quanto em São Paulo. E uma em Guarulhos – e um e-commerce próprio, comercializando suas peças para todo o Brasil por meio de revendedores parceiros.
Neste momento, a empresa se prepara para expandir sua atuação no nicho, lançando uma linha de beachwear alinda ao nome de uma das modelos mais renomadas do nicho, Flúvia Lacerda. “Com a moda praia aproveitamos a oportunidade para ampliar nosso mix de produtos, além de trazer inovação para plus size, que ainda é muito limitado.
A Flúvia é uma grande parceira e nós queremos trazer tudo de melhor para esse mercador: peças cheias de tendência, cores e inovação, deixando para traz o estigma da roupa larga, das túnicas e leggings de cor preta ou escura”, conta Vanessa Licciardi, estilista da grife.

clique para ampliarclique para ampliarA catarinense Marialícia, da Elian têxtil, escolheu o FWPS para lançar sua primeira coleção. (Foto: Divulgação)

A catarinense Marialícia, que produz roupas jovens de apelo casual, escolheu o FWPS para lançar sua primeira coleção voltada para o setor, a Marialícia Plus, utilizando materiais como rendas, malhas leves e brilho. No produto, a ideia é valorizar, entre outros atributos, a estamparia e os tecidos selecionados. A marca traz como principais destaques o colorido, o conforto e a fluidez. A grife resolveu investir em tamanhos maiores porque viu no setor uma carência de produtos de qualidade. “Justamente pela crise, algumas marcas estão recuando e reduzindo os investimentos nas coleções. Vimos aí uma oportunidade de aproveitar esse gap. Percebemos que o mercado plus size ainda é muito precário de confecções que realmente entendam as necessidades e os desejos do consumidor”, diz Suelen Mass, coordenadora de Desenvolvimento de Produto da Elian Têxtil, empresa detentora da marca que está presente em lojas multimarcas de todo o Brasil.

Empresas tradicionais do mercado também perceberam a importância do segmento. Em 2014, o grupo H. Fontana, detentor das marcas Di Trevi e Di Trevi Job, reconhecidas por sua expertise no segmento de jeanswear. Moda feminina e masculina, criou a YPS, direcionada ao plus size. Hoje, a etiqueta já representa 40% da receita do grupo, fabricando 10 mil peças por mês e tendo um faturamento de $ 600 mil por mês, vendendo para todo o Brasil.
“Tínhamos uma grande demanda de clientes querendo tamanhos maiores de nossas peças. Por isso investimos numa marca específica para o plus size. O crescimento desse tipo de consumidora é muito positivo, ela está mais exigente e ligada, não se contenta mais com qualquer modelo de roupa, quer moda, mas ainda encontra dificuldade em comprar peças que vistam bem em seu corpo, mesclando conforto e estilo”, diz Paulo Fontana, diretor-geral do grupo H. Fontana.

Para entrar no setor, a empresa estudou cuidadosamente o nicho. “Preocupamo-nos em nos adequar ao público-alvo, fizemos um estudo para compreender a cliente e suas vontades, para assim adaptarmos nosso produto. Também revimos a modelagem, fomos além de apenas aumentar os tamanhos da panturrilha das calças, e assim por diante. Estamos investindo em comunicação para divulgar a marca e em outras ações de marketing”, conta o empresário.

http://www.fiepr.org.br/sindicatos/sindivest/FreeComponent2665conte...

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Bom dia,estamos a 25 Anos no mercado de Moda Festa com a Marca:IMPRESSÃO DIGITAL e sempre trabalhamos com todos os tamanhos,mas passamos a  investir a alguns anos em tamanhos G,GG e EGG,e constatamos ser  o grande segmento a ser explorado,"SALVE PLUZ SIZE"

   Empresas tradicionais do mercado também perceberam a importância do segmento.

   Segundo dados do Ministério da Saúde, pessoas com excesso de peso já são 52% da população brasileira. Há nove anos, esse perfil era de 43%, ou seja, o mercado de confecção plus size está em franca expansão.

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