Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Um novo estudo do The Microfibre Consortium revela que os têxteis produzidos com poliéster reciclado mecanicamente têm a mesma possibilidade de libertar fibras que os produzidos com poliéster virgem.

[©Unsplash-Gryffyn]

O estudo pretendia determinar como é que a substituição do poliéster virgem por poliéster reciclado afeta a fragmentação de fibras. Após testar 251 tecidos diferentes usando o método de testes do The Microfibre Consortium, a pesquisa concluiu que o poliéster reciclado mecanicamente não tem um efeito prejudicial superior quando comparado com o poliéster virgem.

O método de teste usado, lançado em 2021, determina a quantidade de fibras que se libertam de tecidos acabados durante a simulação de lavagens domésticas. Os dados mostram que, no geral, os tecidos de poliéster reciclado mecanicamente tiveram a mesma quebra de fibras que os de poliéster virgem.

O The Microfibre Consortium, do qual faz parte o CITEVE, ressalva, no entanto, que não é possível atualmente assegurar que o mesmo acontece com o poliéster reciclado quimicamente, devido à falta de dados, e pede à indústria para aumentar o volume e o detalhe dos testes, para que possam ser feitas mais análises.


[©The Microfibre Consortium]

A fragmentação de fibras é atualmente uma das preocupações relativamente aos têxteis, sobretudo de poliéster, quer sejam feitos com matérias-primas virgens ou recicladas. Embora estudos isolados de amostras limitadas apontem diferenças, o mesmo não acontece quando se tem em conta uma grande quantidade de dados relativos a diferentes especificações, como espessura do fio, estrutura do tecido e peso, daí a importância de obter um conjunto de dados alargado, refere o The Microfibre Consortium em comunicado.

«Este estudo mostra o valor de ter um método de teste alinhado mundialmente e uma lista grande e crescente de signatários do Microfibre 2030 Commitment. Temos sido capazes de analisar milhares de dados individuais para chegarmos a estas importantes conclusões sobre o poliéster reciclado e a fragmentação de fibras. As conclusões mostram que a libertação de fibras não é pior nos tecidos feitos com material reciclado mecanicamente em comparação com os feitos de poliéster virgem e temos dados substanciais para apoiar essa conclusão», explica Kelly Sheridan, diretora de investigação do The Microfibre Consortium.

Contudo, «este projeto de investigação também mostrou onde temos de nos focar em seguida. Não temos dados suficientes sobre o poliéster reciclado quimicamente, por isso estamos a pedir à indústria para trabalhar connosco para explorar esta questão também», acrescenta Kelly Sheridan. «Ao publicar este estudo, demonstramos o poder do coletivo e o que podemos fazer quando trabalhamos de forma colaborativa para um objetivo comum. A pesquisa, tornada possível através do compromisso dos nossos signatários para testar os seus tecidos, trouxe-nos informação valiosa e espero que esta publicação encoraje mais entidades a trabalhar com o The Microfibre Consortium para aumentar significativamente o volume de dados testados», conclui.

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