Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Polícia Prende Responsáveis pela Indústria Têxtil que Sofreu Desabamento

Soldados do exército supervisionam busca por sobreviventes do desabamento do Rana Plaza
Soldados do exército supervisionam busca por sobreviventes do desabamento do Rana Plaza
Dois responsáveis de uma sociedade têxtil e dois engenheiros foram presos neste sábado em Bangladesh, três dias depois que um prédio que abrigava confecções próximo à capital Dacca desabou, matando mais de 350 pessoas. No momento da tragédia, cerca de 3 mil pessoas trabalhavam no edifício Rana Plaza - 900 ainda estão desaparecidos e mais de mil, feridos. O proprietário do imóvel, Mohammed Sohel Rana, continua foragido.

O dono e o diretor geral do New Wave Style, o principal dos cinco ateliês que funcionavam no imóvel, foram entregues à polícia por sua associação profissional nesta madrugada. Sua confecção, que produzia peças para diversas grifes americanas e europeias, funcionava nos últimos andares do prédio, que foram construídos ilegalmente. Os dois engenheiros presos são acusados de ter ignorado o alerta de funcionários da confecção que constataram, na terça-feira, fissuras nas paredes.

Localizado em Savar, a 30 km da capital, o Rana Plaza foi construído sem os alvarás das autoridades competentes, mas operava mesmo assim. De acordo com o secretário de Estado dos Assuntos Internos de Bangladesh, Shamsul Huq, "todas as pessoas envolvidas, incluindo o arquiteto, o engenheiro e os construtores, serão presas por ter erguido este prédio defeituoso".

Esperança e revolta
As buscas por sobreviventes continuam. Neste sábado, mais 20 pessoas foram retiradas com vida dos escombros e a equipe de resgate luta para alcançar mais 15 que estão soterrados sob blocos de cimento. Apesar de ainda não terem conseguido resgatá-los, os bombeiros lhes enviaram água, comida e tubos de oxigênio. Marina Begum, sobrevivente de 22 anos que passou três dias à espera do resgate, disse que o cenário era "como o inferno": "Estava muito quente e era difícil respirar. Não havia água nem comida. Só recuperei a consciência no hospital".

Neste sábado, houve novos protestos em Dacca, com carros depredados e incendiados. A polícia reprimiu os manifestantes usando bombas de gás lacrimogênio. De acordo com H.T. Imam, conselheiro do Primeiro Ministro, o povo exige a morte de Sohel Rana, que dirige a organização de jovens da Liga Awami, o partido no poder. Em ameaça aberta ao antigo proprietário do edifício, Imam disse: "Desta vez, não pouparemos ninguém".

Fonte:|http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20130427-policia-de-bangladesh-pr...

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Novas detenções e busca por sobreviventes no desabamento em Bangladesh

SAVAR, Bangladesh — Novas detenções aconteceram neste sábado em Bangladesh, enquanto as equipes de resgate trabalhavam para tentar encontrar mais sobreviventes nos escombros do prédio de confecções que desabou na quarta-feira, após a descoberta de outras 30 pessoas com vida nesta tragédia que provocou mais de 350 mortos.

A maioria das 4.500 fábricas de têxteis de Bangladesh permanecem fechadas após as manifestações dos trabalhadores, revoltados com a tragédia.

Os empresários do setor decretaram folga neste sábado e os sindicatos convocaram uma greve para domingo, com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho.

O desabamento do imóvel, construído ilegalmente em Savar, no subúrbio da capital Daca, e que abrigava cinco unidades de confecção que trabalhavam essencialmente para marcas ocidentais, matou pelo menos 351 pessoas e deixou 1.200 feridos, segundo um balanço provisório.

Desde quarta-feira, 2.417 pessoas foram retiradas dos escombros, segundo as autoridades, mas centenas permanecem desaparecidas.

A polícia anunciou a detenção de dois proprietários de confecções que atuavam no imóvel de oito andares.

"Prendemos Bazlus Samad, o presidente das confecções New Wave Buttons e New Wave Style, e Mahmudur Rahaman Tapash, diretor-executivo de uma dessas fábricas", afirmou o vice-chefe da polícia de Dacca, Shyaml Mukherjee.

A polícia abriu investigação por "homicídio culposo", acrescentou ele, depois que o primeiro-ministro do país declarou que os proprietários forçaram os funcionários a voltar ao trabalho depois que rachaduras apareceram no prédio na véspera da tragédia.

O coordenador da investigação, Kaiser Matubor, informou que dois engenheiros municipais, que na terça-feira à noite consideraram que o prédio não representava perito, apesar das rachaduras, também foram detidos e enfrentarão as mesmas acusações.

A polícia, no entanto, ainda está procurando o proprietário do edifício.

Apesar da dificuldade cada vez maior para os trabalhos das equipes de resgate, ainda existe a esperança de encontrar sobreviventes.

"Acreditamos que ainda há sobreviventes, mas estão muito frágeis para pedir ajuda", disse o comandante dos bombeiros Ahmed Ali.

As autoridades devem estudar a possibilidade do uso de máquinas para retirar cargas pesadas com o objetivo de liberar os sobreviventes localizados em bolsões de ar. Até o momento apenas equipamentos leves foram utilizados por medo de provocar novos desabamentos na estrutura do edifício.

As equipes de resgate também precisam lutar contra o cansaço e o forte odor dos corpos em decomposição.

Ao mesmo tempo, os parentes dos desaparecidos estão impacientes com a lentidão dos trabalhos de resgate.

A catástrofe reativou a polêmica sobre as condições de trabalho na indústria têxtil de Bangladesh, um país muito pobre do sul da Ásia que abastece importantes marcas de roupas ocidentais.

O prédio abrigava cinco unidades de confecção, onde trabalhavam 3.000 pessoas, ligadas principalmente às marcas de roupa espanhola Mango e britânica Primark, as únicas que até o momento confirmaram as relações.

Ativistas dos direitos trabalhistas acusaram as marcas ocidentais de priorizar o lucro antes da segurança dos funcionários, apesar do terrível histórico de acidentes em Bangladesh.

Em novembro de 2012, um incêndio em uma confecção da região de Daca matou 111 trabalhadores em em sua maioria mulheres, o que também provocou uma polêmica sobre as condições de trabalho na indústria local.

Há 30 anos Bangladesh intensificou a confecção para exportação e conseguiu transformar o setor em parte vital de sua economia.

Anos de crescimento acima de 10%, graças às 4.500 unidades têxteis, ajudaram o país pobre do sul da Ásia, com 153 milhões de habitantes, a reduzir a miséria a um ritmo mais rápido que a vizinha e gigante Índia.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um apelo às autoridades de Bangladesh para a criação de locais de trabalho seguros."

Fonte:|http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5h7IUOS7EyMlwKHkG...

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