Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Polo no Agreste busca inspiração no exterior para popularizar roupas

Lojistas de Caruaru, Toritama e Santa Cruz dão toque regional a tendências.
Blogueira de moda diz achar 'peças incríveis' com preços bem baixos.

Blusa com renda característica da região é vendida no Polo do Agreste (Foto: Ândrica Costa/G1)
Blusa com renda característica da região é vendida
no Polo do Agreste (Foto: Ândrica Costa/G1)

Lojistas do Polo de Confecção do Agreste de Pernambuco têm buscado inspiração no exterior para fabricar roupas que sigam a tendência internacional da moda, mas com um toque característico regional.

Em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, é possível encontrar malhas e blusas com desenhos artesanais, calças jeans com lavagens diferentes e sandálias de couro rasteiras representativas do Nordeste.

A ideia dos lojistas é oferecer roupas prontas para vestir, produzidas em larga escala e a preços mais acessíveis. Os alvos principais são as camadas C e D, mas o polo atrai interessados de todas as classes sociais.

Lenyssa Nunes, publicitária e blogueira de moda, diz que, mesmo com a produção em massa, não é difícil encontrar preciosidades. “A indústria local produz tudo em grande escala, elevando a possibilidade de popularizar certas tendências em uma velocidade muito rápida. Mas acredito que com um bom olhar e um bocado de disposição a gente consegue garimpar peças incríveis produzidas na região com preços que são verdadeiros achados”, diz.

Segundo o comerciante Erinaldo França, para obter as peças, acompanhar o ritmo da moda e conseguir vender é necessário muita pesquisa. “Através de vitrines, revistas e televisão a gente busca acompanhar o que está na moda. O processo é buscar primeiro importadoras tanto do Sul como daqui da região e encomendar os tecidos para começar a fazer as costuras e poder expor as novas peças. Não é um processo complicado, mas a gente sempre precisa estar se atualizando para poder atender a demanda do cliente e não passar da época”, explica.

Roupas são feitas seguindo tendência internacional da moda (Foto: Ândrica Costa/G1)
Roupas são feitas seguindo tendência
internacional da moda (Foto: Ândrica Costa/G1)

Para o gerente comercial João Paulo Rodrigues, o que as lojas querem é atender a demanda do público. “Sempre existe de pesquisar a tendência que está mais em alta e trazer ela para a nossa região. O que procuramos é estar sempre 'no pé' com o que acontece no mundo da moda e transformar ela em algo nosso. Sempre optamos em agradar o público-alvo, então dependemos, também, muito dele. Com os tecidos que trazemos, a gente dá o nosso próprio toque, por mais que queiramos deixar as roupas o mais parecido possível com as da 'alta costura'. Então, de acordo com o ritmo da moda, a gente vai acompanhando e colocando, seja um acessório ou outros tecidos por cima para mostrar que também podemos fazer moda aqui”, afirma.

“É impressionante como as marcas que são regionais têm verdadeiros trunfos na manga pra qualquer um, qualquer um mesmo, que tenha um olho apurado e consiga criar diálogos entre peças de roupa e fazer dessa brincadeira uma séria incumbência de comunicar o indivíduo que a veste para com os demais, atendendo a diversos públicos-alvo”, afirma o estudante de moda Edgar Filho.

A produção de vestuário, assim como todo processo de criação, desenvolve-se em etapas. De maneira convencional ou ainda inovadora, tradicionalmente são utilizadas dez etapas para a confecção de uma roupa, seja uma blusa, um short, uma calça, uma saia ou um vestido. Essas etapas são: estilo, modelagem, almoxarifado, corte, costura, customização, lavagem, acabamento, embalagem e expedição.

Jeans é o que não falta no guarda-roupa dos moradores do Agreste (Foto: Ândrica Costa/G1)Jeans é o que não falta no guarda-roupa dos
moradores do Agreste (Foto: Ândrica Costa/G1)

Com tamanha influência das passarelas mundo afora, um dos desafios do Polo do Agreste ainda é sedimentar uma identidade própria na produção do vestuário.

"O processo de adoção de moda, de forma simplificada, acontece de cima para baixo. As grandes metrópoles como Paris, Milão e Nova York costumam ser as disseminadoras das principais tendências mundiais. O tempo de vigência dessa informação está diretamente relacionado à sua massificação. Quando esta 'moda' atinge os mercados populares e de rua isso conota o fim de um ciclo. Qualquer marca, sendo ela de Caruaru ou de abrangência internacional, pode ter acesso às informações de tendências. O que vai determinar se uma empresa vai utilizar a informação de um desfile em NY ou de um grande magazine é o seu público-alvo. As empresas e marcas devem focar, não nas informações disponíveis no mundo afora, mas naquela que o segmento de mercado tem acesso", afirma a professora de moda da Universidade de Pernambuco (UPE) Izabele Barros.

http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2013/08/polo-no-agres...

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Respostas a este tópico

“A indústria local produz tudo em grande escala, elevando a possibilidade de popularizar certas tendências em uma velocidade muito rápida.

busca inspiração? isto e copia mesmo, mas isto no brasil e normal

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