Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Pólo têxtil do Nordeste se reinventa Foto: Divulgação

Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco cria selo que será lançado no maior evento de moda do País para recuperar a credibilidade afetada pelo escândalo da importação de material hospitalar dos Estados Unidos

01 de Novembro de 2011 às 09:40

Pedro Ivo Bernardes_247 - O polo de confecções do Agreste de Pernambuco quer deixar para trás os últimos quinze dias, período em que se viu envolvido no escândalo da importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos. Produtores e comerciantes tentam agora se recuperar do impacto e seguir adiante. O Polo da Moda, no entanto, já tem data marcada para voltar à mídia. Só que desta vez de forma positiva, como destaque do São Paulo Fashion Week, maior evento de moda do País.

Na mostra, que acontece no início do próximo ano, serão apresentadas ao País as empresas da região, reforçando a marca do polo de confecções e ajudando a identificar as empresas que atuam regularmente. A iniciativa era um projeto antigo, mas ganhou força após as denúncias de irregularidades envolvendo as empresas têxteis.

Hoje, olhar para frente é a palavra de ordem no polo. “O que aconteceu precisa ser investigado e os responsáveis punidos. Mas o polo é muito mais que isso. Precisamos olhar para o futuro e criar mecanismos para evitar que isso volte a acontecer”, avalia Bruno Bezerra, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Capibaribe, distante cerca de 190 quilômetros do Recife, e que ao lado de Toritama e Caruaru formam a espinha dorsal do setor de confecções pernambucano.

Bezerra integra a força-tarefa responsável por resgatar a credibilidade das empresas da região. A primeira medida adotada foi a criação de um sistema de monitoramento do setor para acompanhar os impactos do escândalo. “Acompanhamos tudo, pedidos às empresas, excursões, reservas em hotéis. Podemos afirmar que a movimentação em Santa Cruz está dentro da normalidade”, afirma.

Um dos principais indicadores da boa movimentação é a quantidade de ônibus trazendo compradores para o município. “Na primeira feira após as denúncias recebemos 107 ônibus. Quando recebemos mais de 100 ônibus consideramos o movimento bom”, explica. Apenas nos meses de março de abril, considerados a “entressafra” do setor, a média de ônibus que chega à Santa Cruz fica abaixo de 100, oscilando entre 80 e 90 por dia de feira.

O polo também está investindo em estudos e seminários para profissionalizar o setor. “Estamos com um seminário em andamento, desde antes a crise, que vai percorrer as principais cidades do polo discutindo a infraestrutura que temos e a que precisamos para crescer. Também vamos discutir como vamos nos inserir no meio digital, na internet”, revela o empresário.

Ao todo, 18 municípios pernambucanos integram o arranjo produtivo de confecções, mas a área de influência ultrapassa as divisas do Estado, abrangendo algumas cidades da Paraíba. A atividade econômica naquela microrregião do Agreste movimenta cerca de R$ 3,3 bilhões anuais e emprega cerca de 150 mil pessoas.

Fonte:|http://brasil247.com.br/pt/247/brasil/21633/P%C3%B3lo-t%C3%AAxtil-d...

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