Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Por que trocar pode te ajudar consumir de maneira mais consciente?

Comprar de brechós, bazares ou de marcas sustentáveis é consciente? Sim, se fizermos uma compra que realmente precisamos e vamos usar pode ser considerado consciente, porém, acho que mais consciente ainda e acessível para todo mundo é a troca!

As feiras de troca foram responsáveis por grande parte do meu entusiasmo em começar o #jeenobrecho. Eu fiquei extremamente encantada com a possibilidade de ver minhas peças sendo desejadas por outras peças e o mesmo acontecia com as peças delas. Participar de feiras de troca e ver isso acontecer me fez entender na prática o desapego e como algo que não é mais legal para mim pode ser incrível para você e vice-versa.

Lembro que a primeira feira que eu fui eu gastei um bom tempo observando as pessoas olharem minhas peças e amarem. Voltei para a casa com várias peças incríveis e quando fui toda animada contar para as pessoas, percebi que a maioria não fazia ideia dessas feiras, como funcionava e até mesmo que era algo possível.

Foi a partir disso que percebi que precisamos falar mais sobre esses eventos, para que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, participar e começar a se questionar aos poucos sobre o consumo consciente. Pois, a cada evento você vai se questionando mais e mais se realmente vai precisar e usar aquelas peças que está trocando.

Trocaí: Feira de trocas que acontece com frequência na Capital paulista – Foto: Jessica da Silva

Em alguns eventos como a Feira Trocaí  [em São Paulo] você não precisa gastar todas as suas fichas em um evento só, por exemplo, e isso é muito legal porque você pode ter levado cinco peças para a troca e sair somente com duas naquele dias. Guardando as fichas para um novo evento onde você poderá sair com outras peças que realmente gostou e vai usar.

E a minha dica além desses eventos é que você não precisa esperar ter exatamente uma feira de trocas na sua cidade para começar a trocar. Você pode começar com algo muito mais simples e fácil que é trocar com as amigas e amigos, colegas de trabalho, primas…

A troca é uma alternativa que pode ser super consciente e acessível para todo mundo.

Peças garimpadas da feira de trocas do Projeto Gaveta – Foto: Jessica da Silva

Você pode reunir as amigas, criar um grupo no whatsapp, no Facebook, falar no grupo da família, organizar uma tarde com trocas e conversas. E o bacana de trocar entre amigas e família é que vocês definem o que querem trocar – pode ser roupa, mas também pode ser livros, itens de decoração, acessórios, sapatos e por aí vai – além de trocar os itens acho incrível o quanto a gente pode trocar de ideias, dando opinião de como usar uma peça ou porque ler aquele livro incrível. Enfim, trocar além de ser consciente pode ser um evento incrível e enriquecedor, então, dê uma chance as trocas.

Jessica da Silva

JESSICA DA SILVA

Publicitária, feminista e apaixonada por moda. Jessica da Silva, carinhosamente conhecida como Jee, só acredita em revolução e mudanças quando elas essas são inclusivas. Foi por isso que criou, em abril de 2017, o #jeenobrecho. Seu propósito é levar informação sobre consumo consciente por meio do mundo dos brechós para pessoas de todas as realidades. Quando não está garimpando, falando sobre brechós ou trocando roupas, está assistindo a séries, lendo, rindo com memes ou gravando stories em seu Instagram. Ama sair sozinha, mas também ama conhecer pessoas, conversar e escutar histórias. E aqui no Moda Sem Crise compartilha tudo sobre essas enriquecedoras experiências. Fale com a Jee em instagram.com/jeeslou

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