Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Potencial do setor produtivo da moda é detalhado em encontro do Commoda

O total de empregados da cadeia da moda ultrapassa, no país, dois milhões de postos

Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp

No encontro desta terça-feira (6/6) do Comitê da Cadeia Produtiva da Moda (Commoda), foi detalhado estudo do Senai-SP com dados que dimensionam a cadeia a nível estadual e nacional em quatro dimensões: parque industrial, mercado de trabalho formal, fluxo comercial e arrecadação de impostos (ICMS).

O setor produtivo de moda é composto por micro e pequenas empresas, em sua maioria. São Paulo concentra mais de 25% do total ou mais de 140 mil CNPJs, quando incluídos também os setores de distribuição e comercialização, de acordo com Felipe Augusto, especialista em Inteligência de Mercado do Senai-SP.

O total de empregados da cadeia da moda ultrapassa, no país, dois milhões e 121 mil postos, sendo mais de 1 milhão e 225 mil nas atividades industriais da cadeia da moda e quase 900 mil nas atividades de distribuição e comercialização. No recorte de São Paulo, as atividades industriais empregam, em sua maioria, mulheres (52,49%) e pessoas com Ensino Médio completo (64,63%).

O desenvolvimento desse estudo, com dados setoriais macro, permitirão a melhora da performance das empresas e uma análise da cadeia produtiva. Para o diretor titular do Commoda, Wayner Machado da Silva, também nortearão os pleitos dessa cadeia junto aos governos e à secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.

Fotos: Karim Kahn/Fiesp

Fotos: Karim Kahn/Fiesp

 

Ações setoriais 

Outra participação essencial, na reunião, foi a de Haroldo Ferreira, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que igualmente apresentou dados setoriais e o Programa de Origem Sustentável com Silvana Dilly, superintendente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal).

No cenário Internacional, o Brasil caiu da 4ª para a 5ª posição de maior produtor de calçados do Ocidente, que tem à frente China (51%), Índia (13%) e Vietnã (8%), estando o Brasil com 4% e produção de 849 milhões de pares (dados de 2022).

No cenário nacional, o Rio Grande do Sul é o maior empregador da indústria calçadista, seguido do Ceará, Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Essa indústria emprega em 25 estados e mais de 600 municípios, sendo o 5º maior empregador da indústria de transformação, com a oferta de mais de 300 mil empregos diretos e 1,2 milhão de empregos quando somados os postos de trabalhos diretos e indiretos na cadeia produtiva integrada. Em alguns Estados é a primeira empregadora calçadista [na indústria de transformação].

De acordo com Ferreira, o calçado brasileiro ganhou o mundo: está presente em mais de 165 países, nos Estados Unidos em 1º lugar (26%), seguido da Argentina (14%) e França (5%).

Silvana Dilly, da Assintecal, lembrou que mais de 2.400 indústrias do setor fornecem para a cadeia de couro e calçado, com forte presença de micro, pequenas e médias empresas, gerando mais de 120 mil empregos. São mais de 150 tipos de materiais exportados e mais de 80 destinos de exportação: China, Argentina, Portugal, Colômbia e México são os principais destinos de exportação e Rio Grande do Sul e São Paulo, os principais estados exportadores.

Por isso, a importância de uma certificação setorial, explicou ela ao apresentar o Origem Sustentável, certificação de ESG e de sustentabilidade voltado às empresas da cadeia calçadista e que certifica o processo da empresa e não o produto em si.

O sistema garante que toda a organização esteja envolvida com a sustentabilidade com vistas à melhoria contínua e trabalhando com indicadores, nas dimensões de gestão de sustentabilidade, econômica, ambiental social e cultural, além de diferentes níveis e mecanismos de autoavaliação, verificação, certificação e recertificação. Já se encontram certificadas 52 empresas.

O objetivo da Abicalçados e da Assintecal é a criação de um protocolo que eleve o nível de maturidade das empresas brasileiras e garantir a origem dos produtos que compõem todo o processo.

Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp

https://www.fiesp.com.br/noticias/potencial-do-setor-produtivo-da-m...

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