Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Preço de roupas no Brasil está entre os mais caros do mundo, aponta Índice Zara

Preço de roupas no Brasil está entre os mais caros do mundo, aponta Índice Zara

Índice Zara analisa o preço de roupas da em 54 países diferentes onde a marca espanhola atua. O levantamento é realizado pelo BTG Pactual (Crédito: Freepik)

Uma pesquisa realizada anualmente pelo BTG Pactual apurou que o preço de roupas no Brasil está entre os mais caros do mundo. Segundo o Índice Zara, que é a base para o levantamento, o custo com peças de vestuário no País está 3% mais caro que nos Estados Unidos.

O resultado aponta para um aumento do custo com roupas no Brasil, já que o mesmo levantamento realizado no ano passado mostrou que os preços de roupas no País estava 1% mais caro, se comparado ao mercado norte-americano.

De acordo com o BTG, apesar do aumento nos preços, o poder de compra dos brasileiros cresceu. Isso porque, segundo análise do banco, houve uma valorização de 9% do real frente ao dólar, o que leva o produto brasileiro a ser 85% mais caro que o cobrado nos Estados Unidos. No ano passado, o mesmo índice era de 102%.

Apenas nove países registraram preços mais altos se comparados aos praticados no Brasil. A Suíça lidera o ranking do índice Zara. Lá, o preço é 19% maior que o praticado no mercado norte-americano. Outros países com preços mais altos são Arábia Saudita (9%), Tailândia (7%), México (5%) e Equador (3%).



O índice Zara analisa os preços de 12 produtos da conhecida loja em 54 países diferentes onde a marca atua. São utilizados como base os mesmo produtos das edições anteriores do estudo a fim de que possam ser feitas comparações com anos anteriores. O preço praticado nos Estados Unidos é utilizado como base para comparação com outros países.

O relatório divulgado pelo BTG aponta que, apesar da expectativa de bons resultados em 2024, existe um debate no mercado sobre o poder de marketing da marca versus a batalha com o aumento de vendas de varejistas estrangeiras, como a Shein.

Shein

Comparada a outros players de moda, a Shein pratica preços considerados baixos pelo público brasileiro. Ainda assim, o custo com roupas na plataforma chinesa é 70% mais alto no Brasil, quando comparado ao cobrado nos Estados Unidos.

No relatório, analistas do BTG afirmaram que o resultado do índice reflete como o mercado brasileiro segue como um dos mais caros do mundo no varejo de moda.

“Combinado com um aumento potencial na tributação, isso deve significar que a Shein competirá em condições semelhantes às dos produtores/varejistas locais”, afirmaram os analistas no relatório divulgado aos clientes do BTG.

Os mesmos analistas destacaram também que a Shein “enfrentará desafios semelhantes na expansão da capacidade da produção local, embora sua rapidez de entrada no mercado e sua abordagem poderosa de venda social permaneçam como uma grande vantagem em um mercado competitivo”.



O relatório traz ainda informações sobre as comparações de preços entre os varejistas de moda que atuam no Brasil. Hoje, a Shein tem preços 28% mais baixos que aqueles praticados pela Renner, 31% menores que os da Riachuelo e 33% mais baratos que os praticados pela C&A. As empresa encabeçam a lista de maiores varejistas de moda no País.

A estimativa do BTG Pactual é de que a Shein tenha atingido R$ 10 bilhões em volume total transacionado no Brasil em 2023, um crescimento acima de 40% ante os R$ 7 bilhões transacionados em 2022.

https://istoedinheiro.com.br/preco-de-roupas-no-brasil-indice-zara/

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