
Durante a quinzena, as trading companies se mostraram mais flexíveis em relação aos preços devido à queda tanto dos contratos futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures) como do dólar americano. Na primeira semana de junho, o preço médio do algodão no mercado brasileiro foi apenas 6,3% maior do que o preço de paridade das exportações, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) em seu último relatório quinzenal.
Enquanto isso, temperaturas mais baixas devem provavelmente atrasar a maturação da cultura de algodão e, conseqüentemente, a colheita da safra 2018-19 em algumas áreas do Mato Grosso e da Bahia. As chuvas em algumas áreas nos meses anteriores também podem dificultar o trabalho de campo, de acordo com a CEPEA.
O nono levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgado em 11 de junho estima uma produção de 2,67 milhões de toneladas para 2018-19, um aumento de 33,4% em relação à safra anterior. Maiores estimativas de produção estão vinculadas ao aumento da área a ser semeada em 36,2%. No entanto, a produtividade média deve, provavelmente, diminuir 2%, para 1.673 quilos por hectare.
A produção do Mato Grosso é estimada em 1,76 milhão de toneladas, um aumento de 36,8% em relação à safra 2017-18, apesar da leve queda de -1,1% na produtividade média, para 1.641 quilos por hectare. Na Bahia está prevista uma produção de 587,6 mil toneladas, um aumento de 17,9%, devido à área de algodão 35,9% maior. No entanto, a produtividade média pode diminuir 6,3%, para 1.770 quilos por hectare.
Durante a atual temporada de algodão, de agosto de 2018 a maio de 2019, o Brasil exportou um volume recorde de 1,2 milhão de toneladas de algodão.