Presentes no Dia das Mães são mais modestos em 2015

[J. J. Torres]

Apesar da importância da data, este Dia das Mães promete ser o pior dos últimos cinco anos para o comércio. O Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF) acredita em um aumento inferior a 3% nas vendas, bem abaixo dos cerca de  5% registrados em 2014. Os consumidores também devem gastar menos com os presentes, R$ 70, em média. A tendência é que os filhos prefiram lembranças a itens mais caros. 

Edson de Castro, presidente do Sindivarejista-DF, diz que, apesar de o Dia das Mães ser a segunda data mais rentável do ano para o comércio, perdendo apenas para o Natal, e das promoções de lojas e  shoppings, as vendas devem cair neste ano. “Os ramos que vendem produtos mais caros, acima de R$ 70, como o de eletrônicos, devem apresentar queda significativa”, diz Castro.  

O presidente do sindicato confirma, no entanto, uma tendência de crescimento nas compras de última hora, neste domingo, quando os shoppings funcionam em horário especial. Segundo Castro, as preferências devem ser por artigos de perfumaria, confecções, flores e sapatos. 

Pagamento

A forma de pagamento mais utilizada continua sendo o cartão de crédito, correspondente  a 85% das vendas totais. “As lojas oferecem  parcelamentos em até seis vezes sem juros. Afinal, para a mãe não pode faltar presente né?!”, brinca o presidente. 

Rosiane Ferreira, vendedora de uma loja de bolsas e sapatos na quadra 102 do Sudoeste, confirma a tendência de decréscimo nas vendas. “Desde ontem, só consegui vender dois presentes para o dia das mães”, comenta ela, que acredita que as pessoas estejam dando preferência para coisas mais baratas em virtude da crise generalizada. 

Café da manhã 

Pensando em atrair a clientela, comerciantes do bloco B da quadra 102 ofereceram uma série de serviços para as mães que passaram por lá na manhã de ontem. Elas podiam se deliciar com um café da manhã com bolos, frutas, pães, algodão doce, pipoca e até uma sessão de massagem gratuita. 

Juliana Martins, proprietária de uma loja de acessórios da região, disse que não tem do que reclamar. “Vendo itens mais baratos, mas de boa qualidade. Então, as vendas estão satisfatórias. Se comparado ao mesmo período do ano passado, porém, caíram um pouco”, complementa e empresária.

Consumidores revelam gastar menos este ano

A Feira dos Importados, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), estava lotada na manhã de ontem. Ismênia Martins, supervisora financeira, 27 anos, comprou uma carteira para a mãe. “Gastei cerca de R$ 50, menos do que no ano passado”, admite ela. 

O militar Daniel Medeiros, 32 anos, procurava uma sapatilha para presentear sua mãe. “Mas não encontrei nada que a agrade. Vou continuar procurando. A situação não está fácil. Pretendo gastar pouco mais de R$ 40”, comenta. 

Suzane Pedra, estudante, de 24 anos, gastou cerca de R$ 70 no presente da mãe. “Não achei a feira muito cheia e vi poucos cartazes anunciando promoções. Acho que as pessoas estão tentando economizar”, opina. 

Wanderson Rego, vigilante, 38 anos, comprou uma sandália. “Gastei cerca de R$ 100 a menos com o presente deste ano”, conta.

FONTE:  Da redação do Jornal de Brasília