Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A cadeia de moda de preços acessíveis comprovou o seu estatuto de “joia da coroa” no portefólio da Associated British Foods e conseguiu um aumento impressionante de 44% no lucro bruto anual, em grande parte devido à expansão na Europa, que deverá continuar ao longo de 2014. 

dummy
Primark imbatível

A cadeia britânica de vestuário Primark registou um aumento de 44% no lucro anual, impulsionado pela atual expansão de lojas, sobretudo na Europa, depois de um período de 12 meses que descreveu como «extraordinário». O lucro operacional aumentou 44%, para 514 milhões de libras (cerca de 607,85 milhões de euros) nas 52 semanas até 14 de setembro, em comparação com os 256 milhões de libras no mesmo período do ano passado.

O volume de negócios aumentou 22%, para 4,27 mil milhões de libras, em comparação com os 3,5 mil milhões de libras no anterior ano fiscal. Em termos comparáveis, as vendas cresceram 5%, travadas por dois períodos de condições atmosféricas anormais durante o ano.

George Weston, diretor-executivo da empresa-mãe, a Associated British Foods (ABF) considera que este «foi um ano extraordinário para a Primark».

Durante o ano, a cadeia de moda a preços acessíveis aumentou a sua presença no retalho em 10%, continuando a perseguir oportunidades de expansão na Europa Continental, um valor que espera aumentar no próximo ano. «Cada nova abertura de loja gera entusiasmo, o que nos dá a confiança para acreditar que a Primark é capaz de um crescimento muito maior e estou ansioso por abrir a nossa primeira loja em França», acrescentou Weston.

A ABF também atribui o crescimento às vendas das gamas da Primark para o outono-inverno e primavera-verão sem grandes descontos.

Ao mesmo tempo, a Primark sustenta que fez progressos significativos com o seu programa de comércio ético, tendo criado uma equipa de cerca de 40 especialistas em comércio ético, dos quais oito estão localizados no Bangladesh. No mês passado, a empresa estabeleceu prazos para começar os pagamentos de compensação aos 550 trabalhadores ou familiares da New Wave Bottoms, a sua fornecedora sediada no edifício Rana Plaza.

Em comentário aos resultados, Keith Bowman, analista na Hargreaves Lansdown Stockbrockers, sustentou que a Primark foi «a joia da coroa da ABF, impulsionando a performance no ano passado. A atual expansão na Primark está a ser em grande parte direcionada para os consumidores europeus com orçamentos apertados, ao mesmo tempo que o foco nos custos continua a ser fulcral para a empresa».

A ABF registou um aumento de 13% nos seus lucros, atingindo um lucro bruto de 1,096 mil milhões de euros, com o volume de negócios a crescer 9%, para 13,3 mil milhões de libras, ultrapassando, assim, as expetativas médias dos analistas, que antecipavam um volume de negócios de 13,25 mil milhões de libras e um lucro bruto de 1,06 mil milhões de libras, segundo a SmartEstimates da Thomson Reuters.

«Olhando para os próximos anos, vemos excelentes perspetivas para a Primark e mais margem de recuperação na mercearia», afirmou George Weston.

As ações do grupo, detidas em 55% pela família do CEO, subiram 38% no último ano, estando a ser negociadas a 22 vezes os lucros por ação esperados, em comparação com as 23 vezes para a H&M e as 26 vezes para a Inditex.
 http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42895/xmview/...

Exibições: 232

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço