Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Principais riscos à indústria têxtil estão no Brasil, diz Abit

SÃO PAULO -¬ O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Rafael Cervone, traçou um cenário negativo para o setor têxtil em 2015, com queda na receita em dólares, piora na balança comercial e um desempenho do varejo praticamente estável, — com avanço de 0,4% no consumo do mercado doméstico, ante as 1,4 milhões de peças vendidas em 2014.
Na visão do executivo, a elevação dos custos com o encarecimento da energia e da água e o aumento da carga tributária provocarão uma pressão sobre a indústria, que enfrentará dificuldades para repassar a alta ao varejo.
Isso porque há uma expectativa de queda no consumo, devido ao encolhimento da economia, com redução no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano estimado em 0,5%, e o encarecimento do crédito.
No mercado externo, o setor enfrenta como desafios para as exportações o fraco desempenho da economia mundial. A Europa, um dos maiores mercados consumidores de têxteis, enfrenta dificuldades para voltar a crescer. Nos Estados Unidos, a perspectiva é de elevação nos juros, o que também pode comprometer a intenção de consumo. “Se formos analisar bem, dos sete principais riscos ao desenvolvimento do setor, cinco estão no Brasil. Então não se pode falar que o mundo está com problemas. Nós é que estamos com problemas”, afirmou Cervone.
O executivo disse que os custos das indústrias com energia aumentaram 40% nos últimos 12 meses e tende a aumentar mais. E acrescentou que, a maior preocupação não é o encarecimento da energia, mas o risco de apagões. “O maior problema é que hoje não se sabe se vai faltar energia ou não. O mesmo acontece com a água. Além do ambiente econômico hostil, há uma falta de previsibilidade que há muitos anos não se via”, disse.
Cervone não soube dizer, no entanto, qual será o impacto real do aumento de custos com energia e água e o impacto do aumento de carga tributária nos custos do setor. Ele ponderou que os preços do algodão tendem a recuar neste ano, acompanhando o mercado internacional. “É difícil ainda medir quanto a redução no preço da matéria¬-prima será neutralizada por outros custos que estão crescendo”, disse.
A Abit projeta para o setor têxtil aumento de 0,7% na produção de confecção e de 0,3% na produção têxtil neste ano. A entidade também estima uma redução de 4 mil postos de trabalho (ou 20% do total), aumento de 3,6% nas importações e de 2,7% nas exportações. “Fizemos uma projeção muito otimista. Seguramente vamos revisar essas estimativas ao longo do ano para baixo”, disse Cervone.

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