No ano passado foram produzidas 124 milhões de toneladas de fibras, segundo o Material Market Report da Textile Exchange, que destaca o crescimento da produção de fibras sintéticas petroquímicas e uma queda no algodão e nos reciclados.
Apesar dos esforços da indústria, a produção mundial de fibras mais que duplicou desde 2000, refere a Textile Exchange, sublinhando que os 124 milhões de toneladas do ano passado representam um aumento de 7% em relação aos 116 milhões de toneladas de 2022. A expectativa é que este número aumente para 160 milhões de toneladas em 2030 se as tendências atuais se mantiverem.
Em termos de tipologia, a produção de fibras sintéticas virgens de origem fóssil aumentou de 67 milhões de toneladas em 2022 para 75 milhões de toneladas em 2023. O poliéster continua a ser a fibra mais produzida globalmente, representando 57% da produção total de fibras.
Em contrapartida, embora a produção de fibras de poliéster reciclado tenha aumentado ligeiramente em 2023, a quota de mercado do poliéster reciclado diminuiu de 13,6% para 12,5%. No caso da poliamida, a segunda fibra sintética mais usada, as fibras recicladas constituíram apenas 2% do mercado total. Segundo a organização não-governamental, estas flutuações «são atribuídas aos preços mais baixos e à produção contínua de sintéticos virgens, bem como às limitações atuais nas tecnologias de reciclagem. Menos de 1% do mercado global de fibras veio de têxteis reciclados pré e pós-consumo».
No algodão registou-se um ligeiro declínio, com os volumes totais a caírem de 25,1 milhões de toneladas em 2022 para 24,4 milhões de toneladas em 2023. No entanto, realça a Textile Exchange, a quota de algodão produzida sob programas de sustentabilidade permaneceu estável, correspondendo a 29% do total de algodão produzido.
A produção de fibras celulósicas artificiais aumentou, de 7,4 milhões de toneladas em 2022 para 7,9 milhões de toneladas em 2023, representando 6% do mercado mundial de fibras.
O Material Market Report destaca ainda, como uma tendência positiva, a crescente procura da indústria por fibras animais produzidas de forma responsável e com certificação.
«Esperamos que estes dados sirvam como uma clara chamada para a indústria agir, destacando tanto os sucessos quanto as áreas críticas onde devemos intensificar o nosso foco para atingir as metas climáticas», afirma Claire Bergkamp, CEO da Textile Exchange.
«Desbloquear vias de reciclagem da fibra à fibra será essencial para reduzir a dependência de sintéticos virgens. Igualmente importante é continuar a apoiar quem está no terreno e que está a impulsionar a transição de sistemas tradicionais para materiais preferíveis. É mais urgente do que nunca apoiar quem já investiu em sistemas preferíveis», conclui.
https://portugaltextil.com/producao-de-fibras-bate-mais-um-recorde/
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