Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

16 de abril de 2015 por: Marcela Leone

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A indústria de vestuário mundial, assim como outros setores produtores de bens de consumo, vem se desenvolvendo significativamente nos últimos anos. No Brasil, porém, a indústria de vestuário apresentou queda de 0,5% na produção, em 2014, acompanhando a queda de 0,3% no número de unidades produtivas e -1,5% no pessoal ocupado. Em termos nominais, o valor da produção em geral teve alta de 5,6%.

Os números fazem parte do estudo Mercado Potencial de Vestuário em Geral, recém-lançado e elaborado pelo Iemi Inteligência de Mercado.

O estudo mostra ainda que a linha de roupas femininas apresentou uma queda levemente inferior à média geral do mercado, com redução de apenas 0,2% no volume total de peças produzidas. Em receitas nominais, porém, esta linha de produtos alcançou o valor de produção de R$ 46,6 bilhões no acumulado do ano, com destaque para linha casual adulto, que corresponde a 43% da linha feminina adulta no Brasil.

No estudo, merece destaque ainda a produção de roupas esportivas, com receitas de R$ 10,0 bilhões e crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, e as linhas de moda íntima e dormir (+10,1%), moda praia (9,8%) e roupas profissionais (9,6%).

Dados como a evolução do consumo aparente e da participação dos importados no suprimento do mercado interno também foram analisados, tendo como base a evolução histórica dos principais indicadores da indústria de vestuário no Brasil (produção, investimentos, capacidade instalada, contratação de mão-de-obra, etc.) e do próprio comércio externo brasileiro de vestuário.

Em 2015, as expectativas são de que os artigos importados alcancem uma participação de 13,6% sobre o consumo aparente em volume de peças, e as exportações representem 0,3% da produção nacional, quando considerados todos os grupos de vestuário produzidos e consumidos no país – afirma Marcelo Prado, diretor do Iemi.

Os diferentes formatos do varejo compõem o principal canal de escoamento dos artigos de vestuário consumidos no país. Para a indústria, o varejo responde diretamente por 75,2% da distribuição de toda a produção nacional de vestuário. O comércio atacadista soma 17%, a exportação representa apenas 0,4%, e as lojas de fábrica, institucional e os demais canais (institucional e internet) somam 10,9%.

Em termos de consumo, a maior demanda potencial provém do grupo de consumidores da classe B, com 50,1% do valor gasto com vestuário no país em 2014. A classe C aparece em seguida com 29,8%, a classe A com 15,8% e por último as classes D/E participando com 4,3% do consumo.

Entre os estados, São Paulo é o maior produtor de artigos de vestuário e também o maior consumidor, em seguida aparecem Rio de Janeiro e Minas Gerais.

De 2010 a 2014, a quantidade de unidades atuantes no setor aumentou 7,4%, com o surgimento de 1.775 novas unidades. Em relação ao último ano, ocorreu leve queda de 0,3%, quando 67 unidades produtivas encerraram suas atividades dentro do setor.

As microempresas, de cinco a 19 empregados, representam 70,6% do universo empresarial e 27,9% do pessoal ocupado e são responsáveis por 15,1% da produção. As pequenas, de 20 a 99 empregados, são 26,4% do universo e 41,1% do pessoal ocupado e participam com 21,4% da produção. As médias empresas, de 100 a 499 empregados, são apenas 2,7% do universo, respondem por 20,0% dos empregos e 32,1% da produção, e as grandes, acima de 500 empregados, somam apenas 0,2% das empresas, 10,9% do pessoal ocupado e 31,4% da produção total de vestuário, meias e acessórios de 2014.

As unidades produtoras estão localizadas principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram 77% do total, ficando a Região Nordeste com 15% e as regiões Centro-oeste e Norte, juntas, com 8% do total de unidades em atividade.

Os empregos gerados pelo setor produtor de vestuário somaram quase 1,16 milhão de funcionários empregados em 2014, ou o equivalente a 12,26% do total de trabalhadores alocados na produção industrial do País nesse ano. Isso vem demonstrando que, além da sua grande relevância econômica, este é um segmento de forte impacto social.

A Região Sudeste é a maior empregadora do setor, e é sede do maior universo de unidades produtivas. Em todo o período analisado a Região Sudeste foi a líder no número de pessoal ocupado e participa hoje com 47% do contingente de empregos ofertados pela indústria de vestuário no Brasil em 2014. A Região Sul ocupa a segunda posição, com 29%, seguida da região Nordeste, com 18%. As regiões Norte e Centro-oeste, juntas, detêm 6% dos empregos da indústria brasileira de vestuário.

A produção mundial de vestuário foi estimada em aproximadamente 47,7 milhões de toneladas para o ano de 2012, considerando-se apenas os artigos fabricados dentro de padrões industriais de produção, ou seja, sem considerar os artigos de feitio doméstico ou sob medida (ocupação de costureiras, alfaiates, etc.).

O potencial de crescimento futuro é maior se considerarmos que a grande maioria da população mundial ainda sobrevive com baixo poder aquisitivo. Nos próximos anos, o crescimento da produção e do consumo deverá ocorrer à medida que as nações menos desenvolvidas consigam uma melhor distribuição de renda – afirma Prado.

Em 2012 o Brasil ocupava a 4ª posição no ranking de produção mundial, com participação de 2,5%, ficando atrás, somente, da China, Índia e Paquistão. Todavia, a força chinesa no setor de vestuário é incomparável. Afinal, o país, sozinho, detém quase 50% da produção.

http://alllingerie.com.br/producao-de-moda-intima-cresceu-101/

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Esses números estão fazendo sentido? Parecem um pouco descolados com dados da ABIT.

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