Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Tem havido muita discussão este ano, por parte dos retalhistas de vestuário, marcas e importadores de ambos os lados do Atlântico, sobre o aumento da produção mais próxima dos mercados. Mas será este movimento realista e mais do que uma tendência passageira?

Produção mais próxima?

Um novo relatório publicado pelo just-style questiona: “Existe um futuro para o vestuário próximo?” E analisa os principais fatores promotores, benefícios e desafios de deslocar a produção de roupas para mais perto dos mercados nos EUA e na Europa Ocidental.

A pesquisa considera que as sugestões de um renascimento nas indústrias de vestuário em países desenvolvidos são “exageradas”. O emprego é menos de metade do que era em 2005 e a produção de vestuário na maioria dos países ricos é cerca de um terço do nível registado nesse ano.

Os dados mostram que a produção interna de vestuário nos EUA é responsável por apenas 0,9% do número de peças de vestuário compradas pelos consumidores e 3% do valor. A produção interna em qualquer um dos Estados-membros da UE15 representa cerca de 21% de todas as peças compradas e está a diminuir. De igual forma, o número de trabalhadores norte-americanos na produção de vestuário caiu 3,1% em 2011 em relação a 2010, e 24,3% em relação a 2005. Na Europa, o número de trabalhadores em 2011 caiu 3,6% em relação a 2010.

O negócio perdido pelos produtores nacionais não tem ido todo para a China. Os EUA e a UE, os dois maiores mercados de vestuário do mundo, aprovisionaram de uma ampla gama de países no ano passado. Com efeito, mais de 50 países exportaram vestuário no valor de 1 milhão de dólares ou mais para os EUA e a UE. Dito isto, existem também diferenças de fabrico entre os países da UE.

A quota das importações de roupa produzida em países vizinhos também é diferente entre a UE e os EUA. O relatório descreve a percentagem, por categoria, de todas as importações. O estudo também sugere que diferentes grupos de interesses têm procuras completamente diferentes da cadeia de abastecimento.

O relatório descreve as grandes opções de aprovisionamento em termos de onde as peças são montadas – e explica por que razão tal não significa necessariamente a mesma coisa que onde as matérias-primas são fiadas, tecidas ou tricotadas. O documento também analisa como e porque as estratégias de aprovisionamento tornaram-se internacionalizadas.

O aprovisionamento mais próximo tornou-se relevante por causa do elevado nível de desemprego nas economias ocidentais e do aumento dos custos nos países em desenvolvimento. No relatório é analisado se o mundo em desenvolvimento continuará ou não a oferecer preços cada vez mais baratos do que o Ocidente, como uma probabilidade de nova proteção comercial.

Uma questão crucial colocada pelo documento é se as filosofias dos compradores irão mudar. Muitos compradores prefeririam fabricar em “casa”, ou nas proximidades, se pudessem, por razões que incluem custo líquido, lucro potencialmente maior, vendas potencialmente mais altas, custos de retalho mais baixos, clientes potencialmente mais felizes e boa vontade da empresa.

Mas, confrontados com as fracas vendas de vestuário, o reaprovisionamento é uma prioridade inferior para todos os compradores. Em vez disso, a prioridade para a gestão, retalhistas e marcas continua em melhorar o lucro através da resposta mais rápida, menos promoções e menores custos operacionais.
 Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41725/xmview/...

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