A recente análise divulgada pelo International Cotton Advisory Committee antecipa que a produção mundial de algodão retome o crescimento em 2021/2022, para 25 milhões de toneladas, depois de ter-se ficado pelas 24,2 milhões de toneladas na época precedente.
Este aumento será impulsionado pelos EUA, Índia e Brasil, de acordo com a associação dos países produtores, exportadores e consumidores de algodão. A produção de algodão nos EUA «deverá atingir as 3,8 milhões de toneladas, uma subida de 22% em relação à época anterior», aponta o ICAC, enquanto na Índia prevê que «a prodição de algodão continue elevada em 2021/2022 (5,9 milhões de toneladas)». Já o Brasil não anunciou ainda publicamente a sua área de produção nem revelou previsões, uma vez que o cultivo só começa em dezembro, mas «deverá cifrar-se em 2,3 milhões de toneladas».
O comércio e o consumo global de algodão registaram uma recuperação na época 2020/2021 – com o consumo a evidenciar uma subida de 12,4%, para 25,5 milhões de toneladas – e é esperada «uma trajetória similar para 2021/2022», refere o ICAC. O comité teme, todavia, que o novo coronavírus não dê tréguas ao continente asiático, em particular. «Relatórios recentes de Bangladesh e Vietname indicam que as infeções por covid estão a aumentar, causando problemas no transporte e encerramentos de fábricas por confinamento, o que limita a capacidade de resposta dos fabricantes às encomendas», salienta,
A atual projeção de preço do algodão para a temporada 2021/2022 do A Index varia entre 0,73 e 1,25 dólares por libra, com um valor médio de 0,95 dólares por libra.
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