Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Por Sandra Carvalho

 
O 9º Congresso Brasileiro do Algodão (9º CBA), que aconteceu semana passada em Brasília, expôs ao centro político nacional a falta de uma política agrícola consistente para o setor e a força e a importância da cultura para o país. O congresso foi promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e realizado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). Esta edição teve como o tema “Algodão: Gestão e Otimização de Resultados”. 
“Não há reajuste na tabela de preço mínimo há mais de 10 anos.
Este ano não tivemos nenhum novo registro de moléculas para fazer frente às pragas da lavoura e estamos a 30 dias de começar o plantio da safra 2014. E temos uma infraestrutura logística precária”, pontuou Milton Garbugio, presidente do 9º CBA e da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), realizadora do congresso. 
 
O presidente da Associação Brasileira do Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, citou também o excesso de processos para análise nos órgãos de governo. “São cerca de 1.700 processos à espera de análise na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e no Meio Ambiente (Ministério do Meio Ambiente). “Se continuarmos nesse ritmo, só daqui a 100 anos conseguirão aprovar novos registros”, comentou. 
Presente ao evento, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, disse que o governo vem ampliando sistematicamente investimentos no setor rural. E citou o aumento no volume de recursos empregados no Plano Safra 2013 (R$ 136 bilhões) ante R$ 115 bilhões no ano anterior.
No entanto, admitiu a falta de acordo com a equipe econômica para a recomposição do preço mínimo do algodão. “Apesar de termos a consciência da necessidade de reajustar o preço mínimo do algodão, não conseguimos acordo com a equipe econômica”, reconheceu.
 
Em um cenário político desfavorável para a cotonicultura, Garbugio destacou durante a abertura a importância da organização e da união do setor para enfrentar os obstáculos.  “A proposta do congresso é que todos saiam daqui mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios em seus negócios. Queremos consolidar, ampliar e compartilhar os resultados positivos com toda a sociedade”, ponderou. Segundo Garbugio, a eficiência e a capacidade de planejamento dos empreendedores rurais consolidaram o Brasil no mercado internacional. O país ocupa a 3ª posição no ranking mundial de exportação da fibra. E destacou: “O agronegócio é o segundo que mais gera postos de trabalho no Brasil, só perde para a construção civil”. 
 
Líderes políticos mato-grossenses participaram do evento, como os senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) e o governador Silval Barbosa (PMDB).

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