Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul já colheram 45% do algodão produzido no estado, segundo estimativa da Associação dos Produtores de algodão (Ampasul). A expectativa é que a colheita dure até o fim de agosto. Ao Agrodebate, o diretor executivo da Ampasul, Adão Antônio Hoffman, afirmou que a quebra na produção de algodão no estado, aliada aos baixos preços do produto, já preocupa o setor.
O último levantamento da safra de grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que Mato Grosso do Sul deve colher 245,8 mil toneladas de algodão em caroço, o que representa um incremento de 7,4% em relação a safra passada. Já em relação ao algodão em pluma, o estado deve colher 95,9 mil toneladas, 7,5% a mais do que no ano passado, quando a produção alcançou 89,2 mil toneladas.
O engenheiro agrônomo da Fundação Chapadão, Jefferson Luís Anselmo, acredita que a colheita deve ser menor do que os números estimados para o estado pela Conab. "Por conta do excesso de chuvas, principalmente nos meses de abril, maio e junho, as maçãs mais pesadas das plantas apodreceram e tivemos uma quebra de aproximadamente 30% na safra de algodão", explicou.
Outro fator que preocupa o setor são as baixas cotações do algodão no mercado. "Os preços não estão nada bons. Gastamos muito para produzir e vendemos o produto a preços que não remuneram o produtor", enfatizou o diretor executivo da Ampasul.
Na sexta-feira (27-07), o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco, se reuniu com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir sobre o reajuste dos preços mínimos do algodão.
O setor, que reivindica um preço mínimo de R$ 52 por arroba, afirma que o atual preço, de R$ 44,60 por arroba, não cobre os custos de produção do algodão.
Segundo estimativa da Ampasul, os produtores gastam em torno de R$ 5,1 mil por hectare para produzir algodão em Mato Grosso do Sul. "Os maiores gastos são com as aplicações de defensivos e fertilizantes. Outro fator que onera na produção é o investimento em tecnologia", lembrou Hoffman.
Os municípios de Chapadão do Sul, Costa Rica e São Gabriel do Oeste são os maiores produtores de algodão de Mato Grosso do Sul e respondem por 95% da produção do estado. "Se a situação continuar tão desfavorável para o produtor, teremos uma redução drástica na área plantada de algodão no estado", prevê Hoffman.
Fonte:|http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=219747&codDep=6
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