Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar dos números estarem ainda em terreno positivo, o mais recente inquérito da International Textile Manufacturers Federation revela que muitos produtores têxteis consideram que a situação está a piorar, com perspetivas a seis meses menos positivas.

O 13.º inquérito da ITMF – International Textile Manufacturers Federation em relação à evolução do negócio da indústria têxtil e vestuário – uma iniciativa que começou para avaliar o impacto da pandemia – junto de mais de 220 empresas em todo o mundo e de todos os segmentos da cadeia de valor mostra que as expectativas de negócio para os próximos seis meses continuam otimistas, mas «numa fundação mais débil».

Desde setembro, a diferença entre expectativas de negócio mais e menos favoráveis caiu de 32% para 7%. «Os custos mais elevados das matérias-primas, da energia e dos transportes são as principais preocupações para as empresas. A fraca procura é outra preocupação, embora (ainda) não dominante. Em média, na cadeia de aprovisionamento, as empresas podem apenas passar 40% dos seus custos adicionais», aponta a ITMF.

«Este é um claro indicador que a cadeia de valor têxtil passou a ponta de um forte ciclo de negócio no quatro trimestre de 2021», afirma. «Se vamos ver um crescimento económico mais abrangente, mas mais lento, no futuro vai depender muito de se as cadeias de aprovisionamento mundiais interrompidas vão ser reequilibradas e de como a guerra da Rússia na Ucrânia se vai desenvolver nos próximos meses», explica a ITMF.

Na segunda metade de março, altura em que decorreu este inquérito, em média, em todas as regiões e segmentos, a situação de negócio continuou em território positivo, com uma diferença de 14% entre respostas «boa» e «má». Contudo, este valor representa uma queda face aos 18% de diferença em janeiro e 26% de novembro. A situação de negócio estava positiva em todas as regiões, exceto no Leste da Ásia e em África.

A ITMF adianta que 43% das empresas avaliaram a sua situação como «satisfatória», referindo que «a procura continua forte apesar dos muitos desafios que as empresas estão a enfrentar do lado do sourcing, como entregas atrasadas e custos de produção mais elevados».

Na América do Norte e do Sul e em África, as empresas indicaram que antecipam um negócio «mais favorável», enquanto noutras regiões o balanço entre o mais e o menos favorável foi negativo.

Quanto aos diferentes segmentos, os sectores mais a jusante – tecelagens/tricotagens, estamparias/acabamentos e confecionadores de vestuário e têxteis-lar – estão, no geral, a ter mais dificuldades do que os sectores a montante – produtores de fibras, fiações e construtores de maquinaria têxtil. Isto é particularmente verdadeiro no que diz respeito a passar os custos mais elevados.

A receção de novas encomendas caiu para +12%, em comparação com um nível de +38% em novembro, refletindo a situação menos positiva do negócio. De igual forma, as expectativas de encomendas deterioraram-se em março, de +34% em janeiro para +22% em março. Desde julho, o acumulado de encomendas subiu de 2,3 meses para 3,1 meses, com as expectativas a permanecerem agora inalteradas em 2,9 meses.

A taxa de utilização da capacidade manteve-se à volta dos 80%. As previsões mantêm-se estabilizadas tendo em conta as persistentes dificuldades na cadeia de aprovisionamento, destaca a ITMF.

https://www.portugaltextil.com/produtores-texteis-mostram-se-menos-...

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