Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A tecnologia da empresa, com base em enzimas, transforma têxteis e resíduos de plástico em novos recursos, num ciclo que pode ser infinito. Uma solução que a Protein Evolution garante ser escalável e eficiente em termos de custos, com aplicações imediatas na indústria têxtil e petroquímica, entre outras.

[©Protein Evolution]

Usando recentes desenvolvimentos na ciência natural e na inteligência artificial, a Protein Evolution cria enzimas para decompor têxteis em fim de vida e resíduos plásticos, dando origem a um material que pode ser depois transformado em novos têxteis e plásticos.

A empresa afirma que o processo desenvolvido é o primeiro do género que pode ser usado a grande escala, criando uma solução eficiente em termos de custos, com aplicações imediatas na indústria petroquímica, empresas de bens de consumo, produtores têxteis e outros que desejem reduzir consideravelmente a sua dependência de combustíveis fósseis.

O financiamento inicial da Protein Evolution, que ascendeu a mais de 20 milhões de dólares (cerca de 20,3 milhões de euros), foi liderado pelo Collab SOS, o fundo climático do Collaborative Fund criado em parceria com Stella McCartney. Outros financiadores incluem a New Climate Ventures, a Eldridge, a Nextrans e a Good Friends, que é apoiada pelos fundadores do Warby Parker, Allbirds e Harry’s.


Connor Lynn [©Protein Evolution]

«Apesar dos compromissos significativos e agressivos da indústria em relação à sustentabilidade, a atual abordagem à reciclagem de plástico é dispendiosa, ineficiente e intensiva a nível de recursos», afirma Connor Lynn, cofundador e diretor de negócio da Protein Evolution. «Neste momento, é muito mais barato para as empresas petroquímicas produzir plásticos virgens do que reciclar os materiais existentes, que é uma das muitas razões pelas quais o plástico usado está a acumular-se nos nossos oceanos, aterros e incineradoras. A Protein Evolution inovou com um processo competitivo em termos de custos, que gasta pouca energia, para fazer o upcycling de plásticos em fim de vida, respondendo tanto às preocupações da indústria como trazendo grandes benefícios ambientais. Estamos a trabalhar muito para entrar numa nova era do plástico – uma em que seja verdadeiramente sustentável e circular», explica.

Um milhão de anos num dia

A tecnologia da Protein Evolution testa, avalia e mapeia repetidamente dezenas de milhões de enzimas únicas para identificar a forma mais eficiente de reciclar resíduos em químicos reutilizáveis. Esta abordagem deverá ajudar a descarbonizar a indústria química e ter um impacto significativo na emergência da bioeconomia, à medida que empresas, comunidades e governos são compelidos a cumprir objetivos de sustentabilidade nos próximos anos.


Scott Stankey [©Protein Evolution]

«A natureza já produziu uma bactéria capaz de decompor plástico para reciclagem sem emissões, mas é extremamente lenta. Se tivéssemos alguns milhões de anos para esperar que a evolução seguisse o seu curso, teríamos algo muito mais eficiente», acredita Scott Stankey, cofundador e diretor de tecnologia da Protein Evolution. «A nossa tecnologia condensa um processo evolutivo de um milhão de anos num único dia, ajudando-nos a criar uma solução acessível, escalável e eficiente para revolucionar a indústria dos resíduos de plástico», garante.

A Protein Evolution espera lançar a primeira parceria comercial até ao final deste ano.

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