Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Um novo estudo da Greenpeace, que testou 141 peças de vestuário de 20 marcas de moda mundiais, revelou a existência de diversos químicos potencialmente perigosos para os seres humanos e o meio ambiente em dois terços das roupas vendidas na high street.

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Químicos intoxicam moda

Dois terços do vestuário da high street testado num estudo da Greenpeace continham químicos potencialmente perigosos, revelou o grupo de proteção ambiental, destacando as conclusões com um desfile de moda “tóxica” em Pequim.

A Greenpeace está a pressionar as marcas de moda a comprometerem-se com a iniciativa “zero descargas de químicos perigosos” até 2020 e a exigirem aos seus fornecedores que divulguem qualquer químico tóxico que libertem no ambiente.

A Greenpeace indicou que a investigação testou 141 peças de vestuário de 20 marcas mundiais de moda comprados em 29 países e regiões em abril deste ano para químicos que possam prejudicar o meio ambiente ou a saúde humana. As peças de vestuário foram fabricadas pelo menos em 18 países, a maior parte no mundo em desenvolvimento, segundo a Greenpeace.

As amostras testadas incluíram jeans, calças, t-shirts, vestidos e roupa interior, enumerou. Os testes concluíram que 89 das peças de vestuário continham «níveis detetáveis» de nonilfenóis, que podem quebrar-se em químicos que afetam as hormonas. «Mesmo quantidades aparentemente pequenas, mas cumulativas, de uma substância como os nonilfenóis em peças individuais de vestuário, que legalmente é permitido, podem ser prejudiciais», afirmou o grupo no relatório.

No desfile de moda em Pequim, uma modelo com calças com estampado leopardo tinha um saco intravenoso cheio de um líquido laranja, enquanto outra num corpete marfim usava uma máscara e um suporte de pescoço. Outra modelo com pó negro à volta dos olhos, como nódoas negras, posou com o braço apoiado num suporte, como os que são usados quando se parte o membro.

«Grandes marcas de moda estão a tornar-nos a todos em vítimas da moda ao venderem-nos vestuário que contém químicos perigosos que contribuem para a poluição da água em todo o mundo, tanto quando é produzido como quando é lavado», sustentou, em comunicado, Li Yifang, responsável sénior das campanhas contra tóxicos da Greenpeace East Asia.

No relatório “Teias Tóxicas: o Grande Remendo da Moda” é também revelado que foram encontrados «elevados níveis de ftalatos tóxicos» em quatro produtos e «aminas que causam cancro devido ao uso de corantes azo-compostos» em dois produtos. «Enquanto atores mundiais, as marcas de moda têm a oportunidade de trabalhar em soluções globais para eliminar a utilização de substâncias perigosas nas suas linhas de produto e impulsionar uma mudança nas práticas nas suas cadeias de aprovisionamento», considera o relatório.

Com as estações da moda a ficarem mais próximas, mais roupa acaba em aterros, acrescentou a Greenpeace. «Com a moda a tornar-se cada vez mais globalizada, cada vez mais consumidores em todo o mundo estão a tornar-se vítimas da moda, ao mesmo tempo que contribuem para a poluição da indústria», afirmou Li. «Mas não tem de ser assim», concluiu.

Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41870/xmview/...

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