Supostamente líderes em qualidade, marcas de luxo perdem o prestígio quando deixam de atender às expectativas dos consumidores; entenda.
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Pelo senso comum, marcas de moda rotuladas como luxuosas trazem o fator qualidade entre as principais preocupações na hora de entregar produtos ao mercado. Mesmo com padrões estabelecidos, contudo, ainda existe uma quantidade de relatos de consumidores questionando a durabilidade, o acabamento e o local da manufatura das peças classificadas como de alto nível.
Vem entender!
Jeremy Moeller/Getty Images
A Balenciaga é uma das grifes alvo de questionamento
Produzidas em países de primeiro mundo como França, Itália, Suíça, Espanha e Estados Unidos, espera-se que as roupas de luxo atendam a uma série de critérios para ganharem destaque no mercado. Exclusividade, prestígio e qualidade são os principais fatores que separam esses modelos das roupas convencionais.
No entanto, luxo e qualidade nem sempre andam conectados, e diversas marcas falham em oferecer boas experiências aos consumidores. Seja na compra ou durante o uso da peça, cada momento com um artigo de alto padrão deve ser memorável e atribuir valor ao item comprado pela quantia requisitada pela etiqueta.
Christian Vierig/Getty ImagesUm exemplo é o da Balenciaga que, após o sucesso do sneaker Triple S, transferiu a produção do calçado para a China, em 2018, afetando diretamente a entrega final do produto, antes feito na Itália. Diversos criadores de conteúdo publicaram comparativos da versão italiana com a chinesa, evidenciando as diferenças no acabamento do tênis.
Claro que existem fornecedores qualificados fora do espectro europeu e norte-americano mencionado inicialmente, mas, ao mover a manufatura de lugar, além da qualidade, a exclusividade do produto tende a diminuir. Pelo fato da China ser um dos polos de falsificação, a reprodução quase idêntica dos modelos faz com que a peça perca o prestígio, indo de um tênis antes valorizado para um sneaker superfaturado.
Casos como o da Loewe, com o Anagram Leather Patch Hoodie, mostram que mesmo produções em locais de boas condições podem também falhar na entrega. A grife espanhola, por exemplo, lançou um casaco moletom, avaliado em US$ 1.100, com um patch de camurça costurado no peito esquerdo que, após a lavagem, deixava manchas no tecido.
A situação ocorreu com diversos consumidores que expuseram a situação nos portais da marca e em redes sociais. Em resposta, a Loewe — listada como a quarta marca mais relevante pela Lyst Index — indicou que os consumidores deveriam descosturar a parte de camurça antes da lavagem e recosturar após.
HBX/DivulgaçãoCasos como esses, nos quais as marcas são questionadas sobre o real valor de suas peças, refletem na verdadeira prioridade das marcas de luxo: a reputação. Não faltam iniciativas que promovam um controle de qualidade, mas poucas são aquelas consideradas relevantes pelas grandes marcas, tendo em vista que isso coloca em risco a notoriedade das etiquetas.
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