Mary Quant (Foto: Divulgação ) Vogue
Existem roupas que entram para a história e estilistas que a marcam. Algumas poucas vezes este binômio anda de mãos dadas, como aconteceu com Mary Quant. A estilista revolucionária, a quem devemos uma das peças de vestuário mais importantes do guarda-roupa feminino, morreu nesta quinta-feira (13), aos 93 anos, em sua casa no condado de Surrey, na Inglaterra, segundo confirmou sua família.
Mundialmente conhecida por inventar a minissaia, ela revolucionou a moda para sempre, popularizando o comprimento libertador que descobria os joelhos e parte da coxa de mulheres e meninas durante os anos 1960.
Nascida em 11 de fevereiro de 1934, no seio de uma família britânica, Quant era filha de pais professores e, durante algum tempo, pensou em seguir o mesmo caminho. No entanto, tudo mudou quando conheceu seu marido e sócio, Alexander Plunket Greene, enquanto estudava na Escola de Arte Goldsmiths da Universidade de Londres. Ao lado de Alexander, ela mergulhou no mundo dos negócios e abriu em 1955, aos 21 anos, sua butique Bazaar na King’s Road onde vendia roupas de diferentes designers aos clientes que buscavam, sobretudo, originalidade.
Mary Quant atendendo uma cliente em sua loja em Londres (Foto: Getty Images) — Foto: Vogue
Aos poucos Mary foi deixando de vender roupas de outros estilistas e passou a se aventurar na criação de suas próprias peças, quase que intuitivamente. Tudo o que criava era colocado à venda em sua butique e não demorou muito para que o espaço se tornasse o ponto de encontro dos jovens da época.
A moda de Quant era carregada de cor e otimismo, feita em tecidos confortáveis e que convidavam ao movimento. Uma dose necessária de novos ares para uma sociedade que acabava de passar pela Segunda Guerra Mundial. Naquele momento, sem perceber, ela começou a definir o estilo que ficou eternizado como "sixties".
Mary Quant — Foto: Vogue
O grande hit, que marcou seu nome para sempre na história da moda, foi a minissaia, uma ode à liberdade. Mas o comprimento não foi sua única conquista. À ela também é atribuído tendências como as meias coloridas, um sucesso dos anos 60 e 70 que vez ou outra vive ..., os suéteres canelados e cingidos, os coletes de crochê e os cintos caídos. Pioneira e corajosa, ela criou uma linha acessível para que seus desenhos estivessem ao alcance de todos os estratos sociais.
Tamanha foi sua influência na sociedade que, em 1966, ela recebeu das mãos de Elizabeth II o prestigioso título de Oficial da Ordem do Império Britânico. Anos mais tarde, em 2015, ela ganhou outra homenagem da então rainha da Inglaterra: o título de Dame da Ordem do Império Britânico.
Mary Quant — Foto: Getty Images
Desde o início do anos 2000, Mary Quant despediu-se de suas funções e passou a desfrutar de uma vida familiar tranquila e longe dos holofotes. Como destaca o museu Victoria & Albert de Londres, que lhe dedicou uma extensa retrospectiva em 2019, "Quant representou a alegre liberdade da moda da década de 1960 e brindou um novo modelo a seguir para as mulheres jovens. A moda atual deve muito à sua visão pioneira".
Por Alicia Gouveia
https://vogue.globo.com/moda/noticia/2023/04/quem-foi-mary-quant-e-...
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