Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O resultado do segundo levantamento de intenção de plantio para a safra 2012/13, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que a área de algodão em Mato Grosso, considerado maior produtor nacional, deva ter uma redução média de 21% na área destinada essa cultura. Dos 725,7 mil hectares destinados na safra passada, a atual deve variar entre 544,3 mil a 602,3 mil hectares.

A Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), baseado na consulta feita aos produtores associados, esperada uma redução de aproximadamente 30% na área total da safra 2012/13. Já em relação à produção nacional de algodão em pluma a queda deve ficar entre 1.477,1 mil (-21,3% ante a safra passada) e 1.624,5 mil toneladas (-13,5%). De acordo com o diretor executivo Ampa, Décio Tocantins, essa redução já era esperada. “Se na safra 2011/12, tivemos 723 mil ha plantados, a previsão é termos uma área de plantio de aproximadamente 500 mil ha na safra 2012/13”. Na avaliação de Tocantins, a queda está relacionada a fatores como baixas cotações do produto nos mercados interno e externo, a situação mais favorável à soja, a forte elevação dos custos de produção e altos estoques mundiais de pluma. “Trata-se de uma decisão estratégica do produtor em função da atual conjuntura interna e externa (um aumento nos estoques mundiais de algodão), mas isso não significa que o cotonicultor mato-grossense tenha deixado de acreditar no algodão.

Em recente avaliação sobre as perspectivas gerais para a cadeia do algodão em 2012/12, a Secretaria do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês) disse que a produção global de algodão e o consumo industrial no período estão estimados, respectivamente, em aproximadamente 25,9 milhões de toneladas e 23,4 milhões ton, o que deverá resultar num excesso de oferta de cerca de 2,4 milhões ton. Parte da área subtraída do plantio de algodão de primeira safra - cujo plantio começará em 1º de dezembro, logo após o fim do período de vazio sanitário está cedendo lugar ao plantio de soja, enquanto parte da área utilizada para o plantio de algodão de segunda safra deverá ser ocupada com o milho safrinha. De acordo com Tocantins, essas alterações são normais e fazem parte da vida do empresário rural. “Hoje o cenário está desfavorável para o algodão, mas o principal fundamento do mercado a lei da oferta e da procura deverá prevalecer alterando esse quadro a médio prazo. A redução se dá em nível nacional. Para se ter uma idéia na Bahia, segundo Estado maior produtor, a área deve atingir 121,1 mil hectares, aproximadamente 29% menos do que na safra passada. Sendo que em termos gerais a área a ser cultivada no país com algodão poderá variar entre 1 milhão e 1,1 milhão de hectares, redução variando entre 27,8% e 20,6% ante o período anterior. Quanto ao plantio, nos estados do Paraná, São Paulo e de Mato Grosso do Sul iniciou na segunda quinzena do mês passado. Já nas outras regiões produtoras a estimativa é que tenha início a partir deste mês e dezembro e, em alguns casos, prolongando-se até janeiro, como caso de Mato Grosso, Goiás, por exemplo.

Fonte: Gazeta Digital

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