Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Definitivamente, o ano de 2014 não foi bom para a economia brasileira. Não como todos gostariam, especialmente os exportadores de produtos industriais. Depois de 13 anos registrando resultados positivos, a balança comercial encerrou 2014 com um déficit de US$ 3,930 bilhões. A última vez que a balança registrou saldo negativo no ano foi em 2000, com déficit de US$ 731 milhões.

O resultado comercial de 2014 é o pior desde 1998, quando foi registrado um saldo negativo de US$ 6,6 bilhões. As exportações alcançaram US$ 225,101 bilhões em 2014, com retração de 7% frente a 2013, e as importações totalizaram US$ 229,031 bilhões, uma redução de 4,4% na mesma base de comparação. A balança comercial encerrou dezembro com superávit de US$ 293 milhões, o pior resultado para o mês desde 2000, quando o saldo ficou negativo em US$ 211 milhões. No mês passado, as exportações somaram US$ 17,491 bilhões, e as importações, US$ 17,198 bilhões. Isso é o resultado da soma de fatores que inibem as nossas vendas, como a grande concorrência externa, a crise econômica na Europa, o chamado custo Brasil, os gargalos na infraestrutura e as oscilações do dólar norte-americano.

Como a frase é gasta e antiga, mas ainda válida, que exportar é o que importa, um trocadilho com as necessidades do País, isso é ruim. A nossa potencialidade é por robustos saldos comerciais positivos, mesmo dando o agora tradicional desconto sobre os efeitos da crise internacional que começou há mais de seis anos.

Assim mesmo, o governo mantém para 2015 a previsão de um superávit comercial. Houve um esforço do lado das exportações para fechamento de contratos e diminuição de estoques. Também há menor importação de insumos por causa da produção industrial menor no começo do ano. Porém, a conta-petróleo fechou 2014 com um déficit na casa dos US$ 15 bilhões, e esse é um dos fatores importantes para o resultado da balança comercial no ano.

Igualmente é esperada uma melhora nas vendas de minério de ferro, com possível aumento da quantidade embarcada ao longo deste ano, além de uma continuidade do aumento da exportação do complexo carne. Técnicos lembraram que dois fatores em 2014 tiveram um desempenho divergente: um dos fatores foi a queda de preços internacionais mais acentuada que o previsto, pois a expectativa era de que o preço se acomodasse em patamar mais baixo que em 2013, mas a queda foi maior que o previsto.

Também o minério de ferro teve queda no preço na ordem de 20% no ano passado em relação a 2013. Somente em outubro, o recuo foi de 40%. Se os preços estivessem no mesmo patamar de 2013, as exportações de minério de ferro teriam sido de US$ 5,4 bilhões a mais. Outro fator que afetou negativamente a balança foi a forte queda na demanda da Argentina, grande parceira comercial e compradora de manufaturados brasileiros.

A demanda da Argentina por produtos brasileiros caiu algo como 30% em 2014. A procura por manufaturados diminuiu 29%, e de automóveis, 44% no acumulado do ano. Então, se exportar é o que importa, no ano passado, estivemos bem mal, com ou sem crise internacional e a concorrência predatória da China no setor têxtil, por exemplo. E a crise do petróleo é a nova preocupação mundial.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=183726

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