Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Trabalho, expansão internacional e tecnologia são três dos pilares da estratégia da empresa portuguesa Mundotêxtil para combater a malfadada crise, um plano já em prática que implica um investimento superior a 7 milhões de euros em novos equipamentos e um reforço das ações em novos mercados.

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Receita para a crise

 Não há respostas mágicas para ultrapassar os problemas levantados pelo tsunami económico que avassala o país e a Europa, para além de muito trabalho. Quem o diz é Rogério Matos, administrador da Mundotêxtil, que no boletim interno da empresa especialista em felpos, assertivamente denominado “O Nosso Rumo”, destaca os problemas causados pela crise e as soluções adotadas – ou a adotar – pela empresa para prosperar. «As respostas resumem-se a sermos mais responsáveis e a fazer (trabalhar) mais e melhor em todas as funções da empresa», afirma o administrador da reputada produtora de felpos no “Nosso Rumo”..

Para isso, desde 2009, a Mundotêxtil tem vindo a reestruturar-se, através nomeadamente do investimento em novos equipamentos e do reforço da área comercial, com mais meios e mais ações promocionais para angariar novos clientes e expandir a novos mercados. «Iniciamos um investimento elevado em equipamento transversal a todos os sectores (preparação, tecelagem, acabamentos, etc.) que moderniza todo o processo produtivo», revela Rogério no boletim interno da empresa. «No essencial, o investimento em equipamento permite aumentar a competitividade da empresa através da redução de consumos, nomeadamente energéticos, aumentar a flexibilidade da produção e aumentar a capacidade produtiva por unidade máquina. O investimento ultrapassa os 7 milhões de euros e será executado em 24 meses», explica ao Portugal Têxtil.

«Em simultâneo estamos a investir em meios que aceleram o processo de inovação e lançamento de novos produtos. A capacidade de expansão a novos mercados e a satisfação de clientes novos e mais exigentes continuarão a ser prioridade permanente. Temos de vender mais», indica Rogério Matos.

Tal como praticamente todo o tecido empresarial português, a Mundotêxtil não ficou imune aos problemas registados nos mercados internacionais, não só devido às quebras de consumo em mercados importantes como Espanha, Itália e França, como também devido aos atrasos nos pagamentos dos clientes, pelo que o volume de negócios ressentiu-se em 2012.

«Em 2011 tínhamos fixado um objetivo de crescimento de 4% para 2012. Este objetivo foi revisto em baixa devido ao facto de termos perdido capacidade. Iniciámos em junho o referido investimento, o que obrigou à paragem de máquinas e instalação de outras em sua substituição. Como consequência acabaremos 2012 com um ligeiro decréscimo em relação a 2011, que só poderei quantificar em janeiro», justifica, acrescentando, contudo, que apesar do abrandamento na Zona Euro, «até fins de novembro tínhamos registado um crescimento das nossas exportações para mercados fora da Zona Euro da ordem dos 30%».

Apesar das dificuldades – como o financiamento ou a quebra do consumo –, o administrador da Mundotêxtil sublinha que a empresa «é hoje uma realidade afirmada na Europa e uma referência a nível mundial», um estatuto que pretende manter no futuro, sobretudo «através de dois vetores fundamentais: expansão das nossas atividades e vendas a novos mercados e lançamento de novos produtos».

Quanto ao ano que entra daqui a uns dias, Rogério Matos considera que «não deixará de ser um ano particularmente difícil dada a crise e quebra do consumo em importantes mercados», mas diz que a Mundifios está preparada para o combate, com as armas da internacionalização. «Iremos intensificar a presença e ações dirigidas a novos mercados», conclui.
  Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41912/xmview/...

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