Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Reciclagem de resíduos têxteis recebe investimento de R$ 3 milhões para produção de náilon

O náilon a ser produzido tem como possíveis destinações as indústrias automotiva, eletroeletrônica e moveleira, entre outras

 reciclagem de resíduos têxteis deu origem a um projeto de produção de náilon que agora ganha apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com incentivo de R$ 3 milhões, a fábrica H3 Polímeros Ltda., localizada em Bom Jesus dos Perdões (SP), produzirá náilon com possíveis destinações às indústrias automotiva, eletroeletrônica e moveleira, entre outras. A H3 terá capacidade instalada de 3,8 mil toneladas anuais.   A previsão é que sejam gerados 200 novos empregos diretos quando o projeto de instalação estiver concluído. O financiamento do BNDES será feito no âmbito do programa BNDES Proplástico, subprograma socioambiental.

O náilon é um polímero a partir do qual fabricam-se o velcro e tecidos usados em meias, roupas íntimas, maiôs, biquínis, bermudas, shorts, roupas esportivas, entre outros.

Empresa

A H3 Polímeros é uma pequena empresa start-up que usa restos de tecidos — passivo ambiental do setor têxtil — como sua principal matéria-prima, transformando-os em plástico de engenharia — náilon — com um equipamento desenvolvido internamente. 

Assim, ajuda empresas têxteis a cumprirem a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a diminuir o impacto ambiental, reciclando os resíduos que seriam enviados para um aterro sanitário.

O foco da H3 reside na reciclagem dos resíduos das fabricantes de lingeries, entre outras aparas de corte de tecidos com alto teor de náilon, para que, mediante a extração do elastano e de outras impurezas, o náilon seja purificado e possa ser reutilizado.

BNDES Proplástico

O Programa BNDES de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Plástico - BNDES Proplástico tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva do plástico de forma a incentivar o aumento da produção de transformados plásticos, embalagens, equipamentos e moldes para o segmento, além da reciclagem no País; melhorar os padrões de qualidade dos produtos e a produtividade das indústrias instaladas no Brasil; contribuir para a redução do déficit comercial dessa cadeia produtiva; modernizar e renovar o parque industrial de transformados plásticos e estimular a realização de projetos inovadores com base em desenvolvimento tecnológico de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no País.

Também é do seu interesse fortalecer a posição da empresa nacional nos aspectos econômico, adminstrativo-financeiro, comercial e tecnológico e estimular o desenvolvimento de soluções ecologicamente corretas e socialmente responsáveis que valorizem o potencial do País em fontes renováveis e reciclagem de produtos plásticos.

Reciclagem

Nos últimos anos, o volume de lixo urbano reciclado no Brasil aumentou. Entre 2003 e 2008, passou de 5 milhões de toneladas para 7,1 milhões, equivalente a 13% dos resíduos gerados nas cidades, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).

O setor movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano. Mesmo assim, o País perde em torno de R$ 8 bilhões anualmente por deixar de reciclar os resíduos que são encaminhados aos aterros ou lixões, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente. Isso porque o serviço só está presente em 8% dos municípios brasileiros.

O alumínio é o campeão de reciclagem no País, com índice de 90%, segundo os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010 do IBGE. Isso se deve ao alto valor de mercado de sua sucata, associado ao elevado gasto de energia necessário para a produção de alumínio metálico.

Para o restante dos materiais, à exceção das embalagens longa vida, os índices de reciclagem variam entre 45% e 55%.

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