Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Redes de Varejo de Cama, Mesa e Banho Ampliam Participação no Mercado

O varejo de cama, mesa e banho brasileiro está passando por importantes transformações. Várias redes (multimarcas e monomarcas) impuseram a sua marca nos principais pontos de venda do País. No atual cenário, não basta apenas oferecer o produto. Deve-se criar um ambiente propício às experimentações, ao despertar de sensações. A ascensão social de milhares de brasileiros nos últimos anos também criou um novo tipo de consumidor, muito mais exigente.

Estes e outros aspectos fazem parte do Estudo dos Canais de Varejo, elaborado pela primeira vez pelo IEMI Inteligência de Mercado, em parceria com a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX). O objetivo do estudo foi dimensionar o varejo de cama, mesa e banho no Brasil e analisar a importância e o desempenho dos seus principais canais de venda.

No ano passado, o varejo de cama, mesa e banho movimentou aproximadamente US$ 7,6 bilhões, que equivalem a R$ 12,7 bilhões.

Em volumes de peças adquiridas, entre 2007 e 2011, o consumo de artigos de cama, mesa e banho no varejo brasileiro cresceu 10,1%, sendo que deste montante 90,7% foram oriundos da produção nacional.

 

Canais de Venda (em 1.000 peças)

2007

2008

2009

2010

2011

Total

535.047

637.849

693.168

659.036

589.249

Partic. do importado

4,2%

6,9%

3,7%

6,8%

9,3%

Fonte: IEMI

 

As lojas especializadas assumem grande destaque nesse cenário: os 28,6 mil pontos de venda desse tipo espalhados pelo Brasil são responsáveis por 66,1% dos volumes escoados por todo o mercado. Já as 2,6 mil lojas não especializadas em cama, mesa e banho são responsáveis por 33,9% dos volumes.

O estudo elaborado pelo IEMI dividiu os canais de varejo em cinco tipos: departamento especializado (lojas com foco em cama, mesa e banho, redes de grande superfície); redes de pequenas lojas (monomarcas ou multimarcas, franquias, ou lojas próprias); lojas independentes (butiques, lojas de bairro); departamento não especializado (lojas de grande superfície, cujo foco de venda não se restringe somente a linha lar); e hipermercados.

As lojas independentes ainda são o principal canal de venda de artigos de cama, mesa e banho no País, respondendo por 36,8% do total de peças comercializadas em 2011, pelo varejo. Mas em termos de crescimento este foi o canal que menos cresceu, com queda de 4,5% entre 2007 e 2011 (em peças). O canal que vem apresentando o melhor desempenho nos últimos cinco anos é o departamento não especializado, com aumento de 38,8% no período.

 

O fraco desempenho das lojas independentes reduziu a participação deste canal de 42,4% em 2007 para 36,8% em 2011, enquanto todos os demais canais apresentaram aumento na participação.

 

. Canais de venda

2007

2011

Variação em volume

  Lojas independentes

42,4%

36,8%

-4,5%

  Hipermercado

18,0%

19,0%

+16,7%

  Departamentos não especializados

11,9%

15,0%

+38,8%

  Redes de pequenas lojas

14,2%

14,9%

+15,5%

  Departamento especializado

13,6%

14,4%

+16,5%

. Total

100,0%

100,0%

+10,1%

Fonte: IEMI

Nota: classificação dos canais com base na participação dos volumes em 2011

 

Outro ponto importante sobre os canais de varejo está na sua localização: apenas 9,2% das lojas de cama, mesa e banho estão em shopping centers. A maioria (90,8%) está localizada na rua.

“Shoppings têm carregado monomarcas e franquias, que possuem giro alto. Multimarcas de pequeno porte não se tornam rentáveis em shoppings”, analisa Marcelo Prado, diretor do IEMI.

 

Perfil do consumidor

Nos últimos anos, a inflação baixa, a melhor distribuição de renda e o aumento no crédito proporcionaram que uma parcela significativa das camadas menos abastadas da população ascendesse para a classe média e se tornasse ávida por produtos de melhor qualidade e marcas reconhecidas.

Os consumidores das classes B1, B2 e C juntos somam quase 78% da demanda interna de cama, mesa e banho. Já os consumidores com poder de compra A1 e A2 foram responsáveis por 15,3% do consumo de artigos de cama, mesa e banho no Brasil em 2011. Somente as classes B1 e B2 são responsáveis por 43,8% das peças de cama, mesa e banho consumidas no País.

As lojas de departamento não especializadas em cama, mesa e banho buscam principalmente os consumidores pertencentes à classe C, que correspondem a 41,7% dos gastos realizados dentro do canal e B1/B2, equivalente 39,8% do consumo dentro do canal.

 

Projeções 2012

As vendas do varejo de cama, mesa e banho deverão apresentar um crescimento de 4,2% em peças, equivalentes a um crescimento de 6,3% em reais (nominais) em 2012.

 

Metodologia

 Para o dimensionamento, estratificação e análise dos panoramas e evoluções do varejo de cama, mesa e banho no País, o IEMI Inteligência de Mercado realizou diversas pesquisas para levantamento de dados primários exclusivos, além de consultas a fontes secundárias complementares. Foi realizada ainda uma pesquisa quantitativo-descritiva com diversas empresas de varejo de todas as regiões do País, além de auditorias em pontos de venda,em São Pauloe no Rio de Janeiro, para checagem de preços e mix de produtos informados no estudo.

Fonte:|http://www.iemi.com.br/2012/11/14/press-release-redes-de-varejo-de-...

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