Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Tradicional fábrica de Brusque entrou com pedido de recuperação judicial no fim de 2011
Crise resultou na demissão de funcionários. Agora, a empresa luta para recuperar fôlego no mercado (Foto: Arquivo/Município Dia a Dia)

 

Mergulhada em uma grave crise financeira, a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, uma das mais tradicionais companhias têxteis de Santa Catarina, com 120 anos de história, está trabalhando na reformulação de processos internos para recuperar sua imagem. 
 
A empresa de Brusque, que recentemente teve aprovado um pedido de recuperação judicial – que ainda falta ser homologado pelo Poder Judiciário –, aposta na Coleção Inverno 2013, lançada em julho, para retomar fôlego no mercado. “As entregas estão sendo cumpridas e a qualidade continua sendo nosso maior orgulho”, garante o diretor-presidente Walter Bueckmann.
 
Para a próxima coleção, o setor de desenvolvimento de produtos da empresa, com foco nas principais tendências mundiais, planeja lançar ao mercado produtos inovadores. “É demonstrando um trabalho sério que a Renaux está trabalhando para recconquistar sua imagem e consolidar sua marca no mercado brasileiro de moda”, acrescenta o gerente de Vendas Sonny Valenzuela.
 
Crise e recomeço
 
Assim como várias indústrias têxteis de todo o país, a Renaux sofreu no último ano com os efeitos da crise econômica mundial. O aumento do preço do algodão em 170% e de outras matérias-primas exigiu que empresas do setor tomassem medidas drásticas para se manterem no mercado. “Se não bastasse, houve uma grande invasão de produtos importados de baixo custo, tornando inviável a concorrência com os tecidos nacionais”, avalia Bueckmann.
 
Diante desse cenário, a Renaux acumulou dívidas, precisou demitir parte dos funcionários – foram 115 no final de 2011 –, atrasou salários e teve prazos de entrega prejudicados. Em dezembro do último ano, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, aprovado no dia 28 de junho – na segunda tentativa – por 99,6% dos credores.
 
Mesmo sem a homologação oficial do pedido, a empresa já estabeleceu junto ao Sindicato dos Trabalhadores (Sintrafite) de Brusque um repasse mensal, a partir do dia 28 deste mês, de R$ 95 mil para a quitação total da dívida com os trabalhadores, hoje na casa dos R$ 5 milhões. O Sindicato também vai receber parte de um crédito que a fábrica possui com a Eletrobras.

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