Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

JULIO BITTENCOURT/ VALOR/JULIO BITTENCOURT/ VALORGalló, presidente da rede, que deve fechar 2011 com 164 pontos: em três anos varejista vai iniciar operações no exterior

 

Apesar do cenário turbulento da economia mundial e das incertezas sobre os possíveis impactos da crise no Brasil, a Lojas Renner apresentou ontem um projeto ambicioso de expansão nos próximos anos. A varejista anunciou a manutenção do ritmo de abertura de 30 novas lojas por ano pelo menos até 2014 e fixou o prazo de três anos para iniciar as operações no exterior, além de revelar que planeja abrir um escritório comercial na China para ampliar a oferta de produtos importados.

A intenção de colocar um pé fora do Brasil, a começar pela América Latina, havia sido revelada no ano passado, mas ontem, em apresentação a analistas, o presidente da rede, José Galló, foi mais enfático. "Vai acontecer em três anos". Representantes da Renner já estão visitando países vistos como potenciais "alvos" da companhia, mas o executivo não especificou que mercados são esses, nem se o plano é adquirir empresas locais.

No Brasil, só a rede com a bandeira Renner será ampliada para 254 lojas em 2014, ante 134 no fim de 2010 e as 164 programadas para o encerramento deste ano. Serão exatamente 30 novas unidades por ano durante o período, um ritmo considerado "viável" por Galló. Os números não incluem a expansão da Camicado, varejista de utilidades domésticas comprada em maio, que deve fechar 2011 com 31 lojas, ganhar mais 5 a 10 em 2012 e com "potencial" para alcançar 101 pontos de venda em 2015.

Já a fatia dos produtos importados no portfólio da Renner vai subir de 13% em 2010 para pouco mais de 18% este ano, disse o diretor de relações com investidores, Adalberto Santos. Conforme Galló, o índice deve chegar a até 25% em no máximo três anos, principalmente em segmentos como roupas de inverno ou com tecidos e acabamentos especiais do sudeste asiático. "Com o dólar até R$ 2 ainda é possível importar e ter preços competitivos", disse Galló. Na Camicado, a participação poderá ser bem maior, na faixa de 40% a 50%.

Com lojas em quase todos os Estados, a Renner também vai reforçar a estrutura logística. A varejista tem um centro de distribuição em São Bernardo do Campo (SP), com 17 mil m2 e outro em Palhoça (SC), com 10 mil m2. Em 2012 será aberto um com 47 mil m m2 no Rio e nos próximos cinco anos a empresa poderá ter "dois ou três" CDs na faixa dos 50 mil m 2, disse Galló.

Segundo Adalberto Santos, se a relação entre aumento de área de vendas e expansão das receitas se mantiver, é possível estimar que cinco anos a empresa dobre o faturamento. Em 2010 a receita líquida consolidada somou R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões com vendas de mercadorias. A estimativa inclui as bandeiras Renner, Camicado e Blue Steel, modelo de loja especializada que começou a ser testada este ano e conta com três unidades.

Segundo Galló, os planos de expansão da Renner são beneficiados pela tendência de "depuração" do setor de vestuário no Brasil, incluindo a redução do número de empreendimentos informais, que ainda suprem 45% do mercado, e maiores dificuldades de acesso ao crédito por parte das empresas de pequeno porte. "Temos que semear metros quadrados [de área de vendas] para receber este mercado." Só este ano a rede vai investir R$ 300 milhões em expansão e modernização, ante R$ 165 milhões em 2010.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1091972/renner-planeja-abrir-30-lo...

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