Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Silvia Costanti/Valor / Silvia Costanti/ValorCompanhia aprofundou no segundo semestre de 2013 o programa de racionalização de despesas iniciado em abril e conseguiu aumentar suas margens

A varejista de vestuário Renner planeja investir R$ 532 milhões este ano, um aumento de 29% em relação ao ano passado. Os recursos, provenientes do próprio caixa da companhia, serão destinados principalmente à abertura e remodelação de lojas, além da reforma do centro logístico de Santa Catarina.

Para preservar as disponibilidades financeiras da varejista, o conselho de administração propôs a distribuição de 40% do resultado de 2013 em dividendos e juros sobre o capital próprio. A fatia de proventos é menor do que a partilhada nos últimos anos, de 75%.

Com isso, a Renner, que fez uma emissão de R$ 400 milhões em debêntures no ano passado, não deve precisar de outra captação no curto prazo, disse Laurence Beltrão Gomes, diretor financeiro.

Em moldes semelhantes aos da unidade do Rio de Janeiro, o centro de distribuição de Santa Catarina tem previsão de ficar pronto no fim do ano. Em 2015, será a vez da unidade de São Paulo ser 100% automatizada, disse Gomes.

As reformas dos três centros compõem um projeto logístico de R$ 220 milhões, que faz parte do plano estratégico da companhia até 2021, ano em que pretende alcançar 408 lojas Renner, 125 Camicado e 300 Youcom.

Este ano, a companhia pretende abrir entre 25 e 30 novas lojas da bandeira Renner - em 2013 foram 29. Também devem ser inauguradas até 10 da unidades da Camicado, de utensílios para o lar, e mais 15 da Youcom, de moda jovem.

A Renner reportou alta de 46,4% no lucro líquido do quarto trimestre, para R$ 216,15 milhões. O ganho superou em 12,1% a média de estimativas de Brasil Plural, Credit Suisse, Votorantim Corretora e Goldman Sachs.

A companhia registrou receita líquida de R$ 1,45 bilhão no trimestre, avanço de 12,5% na comparação anual. As vendas 'mesmas lojas' subiram 5,5%, em linha com as projeções dos analistas.

Embora sem grandes surpresas positivas na linha das receitas, os resultados da Renner no quarto trimestre foram classificados como "muito bons" pelo executivo. O principal destaque foi a expansão da margem bruta de mercadorias, que atingiu recorde histórico 54,7%, crescimento de quase um ponto percentual sobre o ano passado. "Isso foi possível graças à assertividade das coleções e eficiente gerenciamento dos estoques".

Em paralelo, as despesas operacionais cresceram apenas 3% no trimestre, sendo diluídas pelo crescimento da receita em ritmo quatro vezes superior.

Iniciado em abril, o programa de racionalização de despesas da companhia se aprofundou no segundo semestre, disse Gomes. O resultado disso foi uma expansão de 4,4 ponto percentual na margem Ebitda de varejo.

O executivo evitou fazer projeções para margem. Disse apenas que estima um crescimento de vendas bastante parecido com o de 2013, apesar de incertezas como Copa do Mundo e eleições.

Ainda segundo o executivo, o câmbio desfavorável às importações não deve ser um problema para as margens, devido ao forte poder de barganha da rede com fornecedores. Entre 28% e 30% do portfólio de produtos da Renner vem do exterior e essa fatia não deve ser alterado por ora.

Os resultados da Renner no trimestre também foram beneficiados pelo aumento, em 22,7%, dos ganhos com a sua operação de financiamento, cuja inadimplência está em nível histórico mínimo.

No acumulado de 2013, a Renner lucrou R$ 407,4 milhões, uma alta de 14,6%. A receita líquida cresceu 13%, para R$ 4,37 bilhões.


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Por Marina Falcão | De São Paulo

 

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