Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Medidas como fechar 41 lojas, fábricas e centros de distribuição, reduzir pessoal e volume de estoques contribuíram para o resultado positivo da holding que controla John John, Le Lis Blanc, Dudalina e mais quatro marcas

Depois de dois anos seguidos acumulando prejuízo, a Restoque volta a operar com lucro em 2017. O resultado positivo reflete medidas severas adotadas ao longo do ano pela holding que controla sete marcas brasileiras: John John, Le Lis Blanc, Dudalina, Bo.Bô, Base, Individual e Rosa Chá. O último trimestre do ano sustentou a maior parte dos ganhos anuais. O lucro líquido entre outubro e dezembro somou R$ 28,6 milhões, que junto com os ganhos do segundo trimestre permitiram à empresa totalizar lucro líquido de R$ 33 milhões em 2017.

Apesar da queda da receita líquida no quarto trimestre de 5,2% em comparação com o mesmo período de 2016, caindo para R$ 295,48 milhões, o faturamento do ano aumentou 11%, subindo para R$ 1,24 bilhão, como mostra o balanço financeiro da Restoque publicado na semana passada. Em teleconferência com analistas de mercado, a empresa apontou as principais medidas, e mais drásticas, adotadas para reverter as perdas.

Foram fechadas 41 lojas ao longo de 2017, das quais sete no último trimestre, de modo que encerrou o ano com 286 pontos de vendas de varejo. Segundo a empresa, a iniciativa rendeu “maior produtividade da base existente de lojas, ganho de rentabilidade e geração de caixa”. O ticket médio no período aumentou 17,3%, crescimento atribuído ao que a companhia considera melhora de qualidade dos produtos comercializados, em termos de mix ofertado, adoção de melhores tecidos e melhores acabamentos. Também vendeu mais peças por tíquete.

A rede encerrou o ano com 99 lojas Le Lis Blanc, 12 a menos do que tinha em 2016; 78 da Dudalina (três a menos); 55 da John John (sete a menos); 35 da Bo.Bô (também sete a menos); e 19 da Rosa Chá (12 a menos).



ESTOQUES REDUZIDOS
Outra medida foi reduzir drasticamente o nível de estoque de peças acabadas. A ação que vinha sendo gradual, foi acelerada no quarto trimestre, ainda que tenha causado perdas, para deixar a casa arrumada para 2018, afirmou a empresa aos analistas. Com menos sobra de coleção, a Restoque fechou dez outlets Estoque, permanecendo com 30 unidades que comercializam peças remanescentes das sete marcas do grupo. E a empresa não descarta encerrar outras operações, assim como reduziu a quantidade de peças de coleções passadas comercializadas por comércio eletrônico.

Foi definido um ciclo de vida de um ano para as peças de cada coleção dentro das lojas das marcas. Só depois desse período as roupas e acessórios iriam para os outlets, onde terão seis meses para serem liquidados.

Dos três centros de distribuição em atividade, a holding manteve dois, sendo que o de Santa Catarina foi desativado e a estrutura transferida para Goiás. Em função da redução de estoques, um dos CDs de São Paulo também foi fechado, ficando com um armazém. Antes disso, o parque industrial já fora reduzido, com o fechamento de duas fábricas, restando três. Essas providências fazem parte da integração da Dudalina, comprada pela holding em 2014, processo dado por encerrado ao final de 2017.
Assim, a gestão das sete marcas está concentrada na sede do grupo na cidade de São Paulo. Com a sede administrativa da Dudalina em Santa Catarina desativada, a equipe de gestão foi reduzida de 804 para 466, “em função da unificação das equipes e do ganho de eficiência com nosso novo modelo de gestão de lojas LiveRetail”, explica o relatório que acompanha os resultados financeiros.

INVESTIMENTOS
O nível dos investimentos também cresceu em 2017, somando R$ 114,21 milhões sobre os R$ 68 milhões aplicados em 2016. Parte desses recursos voltaram a ser destinados a campanhas publicitárias, como a contratação de Gisele Bündchen para o verão e o inverno da Rosa Chá.

Jussara Maturo

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