Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Reunião Anual da Camara Setorial da Indústria Têxtil da FIESC

Promover o crescimento da indústria...

Promover o crescimento da indústria têxtil catarinense, este foi o
principal assunto abordado pelos representantes do setor na primeira
reunião do ano, da Câmara do Desenvolvimento da Indústria Têxtil e do
Vestuário, realizada na semana passada, no Sistema Federação das
Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis. O Sindicato
das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque
e região (Sifitec), foi representado pelo presidente da entidade,
Marcus Schlösser e pelos membros da diretoria, José Carlos Loos,
Rafael Appel, Jonas Groh, ArturE. Marchi, José Carlos Azevedo, Walter
Bueckmann, Susymeri Ogliari, André Lupi, Gustavo Schlösser e Vivian R.
Kormann.
A reunião foi a primeira sob a coordenação do empresário Sérgio
Pires, presidente da Câmara do Desenvolvimento da Indústria Têxtil e
do Vestuário. Pires destacou o quanto a participação do estado nas
exportações brasileiras reduziu e lembrou que há dez anos, os
embarques representavam 25% do total nacional, hoje, somam 5%.
"Deveríamos criar uma proposta para aproveitar o potencial que Santa
Catarina tem para recriar uma indústria que daqui a sete anos possa
estar à frente em relação à situação atual", afirmou Pires.
O presidente ressaltou ainda que, na última reunião da ABIT, a
Fundação Getúlio Vargas realizou uma apresentação onde foi indicado
que o dólar continuará baixo nos próximos dois ou três anos e nos
próximos quatro ou cinco anos existe uma tendência de crescimento e o
cenário não será tão favorável quanto é hoje para a importação,
favorecendo então a aquisição de produtos nacionais.
Os representantes da Câmara elaboraram ainda, uma lista de ações para
incrementar o setor, como atividades que despertem o interesse do
Governo Estadual e Federal sobre a situação das indústrias têxteis em
Santa Catarina, bem como atividades de defesa e criação de uma pauta
de trabalho bem elaborada que sensibilize também os parlamentares, em
especial os catarinenses, quanto a sua representatividade e
interesses.
Os empresários também pediram atenção aos produtos importados vindos
da China e da Índia e que as medidas adotadas nas políticas do
“Pró-Emprego” e no Plano Brasil Maior sejam isonômicas e não
destinadas apenas a uma parte das empresas, além de estimular a união
entre os países e não apenas seguir as regras da Organização Mundial
do Comércio (OMC). “Houve inclusive, um desafio com relação ao
programa pró-emprego para que divulguem quantos empregos foram
efetivamente gerados e a que custo”, conta o presidente do Sifitec,
Marcus Schlösser.
Outro assunto discutido entre os membros da Câmara foi a
“Salvaguarda”. A medida objetiva a implementação de ações temporárias
de proteção à indústria doméstica que esteja sofrendo ameaça ou grave
ameaça decorrente do aumento de importações em termos absolutos ou em
relação à produção nacional, aumentando também a competitividade.
Como surgiram algumas dúvidas e sugestões para implantação da
Salvaguarda no Estado, a Câmara do Desenvolvimento do Setor convidará
um especialista da ABIT para a próxima reunião no dia 08 de março.
De acordo com Schlösser, a adoção de “Salvaguardas” é “polêmica e
difícil, mas com uma reforma tributária ampla, bem como correções no
câmbio e melhorias de infra-estrutura são praticamente impossíveis de
ocorrer a curto e médio prazo, porém achamos que o pedido deve ser
apoiado pelo Sindicato”.
Os empresários do setor têxtil catarinense, terão ainda a oportunidade
de discutir mais sobre o assunto durante o II Fórum Sul do Setor
Têxtil e Vestuário, que vai ocorrer no dia 30 de março, na FIESC.