Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Desfila há vinte anos, um marco que poucos carregam na moda brasileira atual. No ateliê da Rua Augusta, Rober conversou com L’OFFICIEL sobre seu mundo particular.

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Foto: Igor Kalinouski

Rober Dognani desfila há vinte anos, sem parar. Um marco que poucos carregam na moda brasileira atual e que ajudam a fazer dele um dos nossos grandes criadores. A passarela é seu lugar favorito: é onde coloca para fora uma carga dramática que reúne seus amores pela moda, suas referências de vida e uma obsessão por roupas bem construídas. Veterano da Casa de Criadores — onde estreou e se mantém até hoje, sem pular uma temporada —, viu as comemorações do aniversário eclipsadas pelo falecimento de Iracema, a mãe que o ajudou a colocar as primeiras coleções em pé. Seus últimos dois desfiles foram dedicados a ela. O primeiro, uma elegia em vida. O segundo, em junho, uma grande e enlutada homenagem, aplaudida de pé. Arrebanhar a emoção e atenção da plateia é algo costumeiro para ele, que ama um desfile e construiu um universo de imagens que é muito seu, entre poses, memórias, tecidos volumosos, látex e gelo seco. Em contraste, o discurso calmo de quem faz sua arte sem réguas ou instrumentos formais. No ateliê da Rua Augusta, Rober conversou com L’OFFICIEL sobre esse seu mundo particular. Confira!

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Foto: Igor Kalinouski.

L’OFFICIEL Afinal, são vinte anos de carreira ou de passarela? 

ROBER DOGNANI De passarela! Vinte anos de Casa de Criadores, entrei lá no inverno de 2003. Na época eram 400 inscritos para uma vaga. Ganhei e me peguei com a responsabilidade de criar um desfile, mas não tinha tecido, nem dinheiro, nem costureira. Tive duas sortes ali. A primeira é que já trabalhava na Tecelagem Franceza, que era a loja mais incrível de tecidos do Brasil. Eles gostavam muito de mim e deixaram usar o que eu quisesse. Era tecido da Ungaro, da Armani, seda pura, bordados Jakob Schlaepfer. A minha primeira coleção foi toda assim. Imagina? A segunda sorte é que a minha mãe, Iracema, era costureira e me ajudou a fazer a coleção inteira sozinha, coitadinha. Ela já tinha uma certa idade e eu ficava muito no pé. Não era uma coleção simples, tinha inspiração em Egon Schiele e eu já era obcecado por acabamento. Mas saiu! Ela ainda fez o segundo desfile, só no terceiro que arrumei alguém para me ajudar. Mas no começo era eu, minha mãe e a Tecelagem Franceza.

 L’O Você seguiu trabalhando lá e desfilando por um tempo, não? 

RD Sim, acho que umas 15 temporadas. Eu não tinha a parte comercial, só fazia os desfiles; gostava do exercício e do show. Só em 2008 é que comecei a tentar trabalhar uma linha para venda, ainda tímida, tentar showroom etc. Esse lado comercial deslanchou mesmo em 2010, quando conheci o Felipe Fanaia e resolvemos montar a Das Haus, nossa loja. 

L’O Começa a contar a sua carreira quando? 

RD Desde a infância eu desenhava umas noivinhas, pois no salão da minha mãe — que também era cabeleireira — sábado era o dia dos casamentos. Morávamos em Fartura, uma cidade de 15 mil habitantes. Então era um grande acontecimento. Ela levava as noivas arrumadas até a porta da igreja e eu ia junto, com 4 anos, ficava fascinado. Já ali criou uma certa loucura na minha cabeça. Ao mesmo tempo, o meu pai tinha um sítio e me levava para ver matar boi, matar porco, fazer linguiça. Eram dois universos bem diferentes. Quando a Lady Di se casou, fiquei obviamente apaixonado por aquele vestido. Lembro bem, foi minha primeira imagem de moda. A segunda, quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil — a coisa do manto, do chapéu, do cajado. Essa suntuosidade da Igreja Católica sempre me atraiu, a grandiosidade. E minha mãe me levava para a igreja, éramos muito ligados a Nossa Senhora Aparecida. Acho que a minha descoberta de moda veio por aí. Foi quando ensaiei o que viria fazer hoje. A novela Ti-ti-ti também foi um marco para eu desenhar, já com uns 12 anos. E lembro da revista Manequim também, com aqueles moldes todos. Minha formação de moda foi essa.

“DESDE A infância EU DESENHAVA UMAS noivinhas, POIS NO SALÃO DA MINHA MÃE — QUE TAMBÉM ERA CABELEIREIRA — SÁBADO ERA O DIA DOS CASAMENTOS.” ROBER DOGNANI

L’O Sua moda é uma versão maximizada desse mix de referências… Todo um drama.

RD Sim, já tinha um drama. Na adolescência, tive uma escola de dança, isso pouca gente sabe. Se você for a Fartura e perguntar sobre o estilista Rober Dognani, talvez as pessoas saibam. Mas se perguntar pelo Roberval da Dança, com certeza vão lembrar! Eu era um adolescente esquisito, usava sapato e calça social, camisa de seda para ir à escola, muito quieto. Mas já tive vontade de ser bailarino, dançava em casa, escondido e assistindo a Footloose, essas coisas. Aos 16 anos, inventei de fazer um musical para angariar dinheiro para a viagem de fim de ano da turma da escola, era a oitava série. Fiz o figurino com a minha mãe, o palco tinha fumaça, jogo de luz, os meninos com roupa de pele dançando aquela música do filme 2001. Uma superprodução! Eu sempre gostei de espetáculo. Foi um sucesso e, quando vi, tinha 70 alunas numa escola de dança. Inventava os figurinos, criava coreografias. Isso sem nunca ter feito uma aula de dança! E os figurinos eram para dar trabalho para minha mãe, que vendia para as alunas. Acho que meio que começou aí a ideia de empreender na moda. 

L’O Você nunca fez faculdade? 

RD Então, tem isso. Sempre quis, mas não tinha como pagar. Por isso, fiz o trajeto do estilista que veio para São Paulo para trabalhar na loja de tecidos e aprender na prática. L’O Como você caiu na Tecelagem Franceza? RD Uma coisa levou à outra. No final de 1997, resolvi sair de Fartura e mudar para São Paulo. Vim morar com um primo, começando a vida com R$ 70 no bolso. No terceiro dia fui parar na Rua São Caetano, a Rua das Noivas, que era minha referência direta, e logo consegui o primeiro emprego. Achava que já sabia desenhar, né? Mas ali percebi que as técnicas de costura que conhecia, do interior, não eram o bastante. Trabalhava com três travestis que meio que me adotaram e foram me ensinando a desenhar para as clientes. Lembro de quando tocava Toni Braxton na rádio, Unbreak My Heart, elas subiam no balcão e dublavam. E eu, um garoto do interior, vendo aquilo. Era um sonho, uma loucura total. De lá, passei por uma loja de aluguel de vestidos de noiva no Shopping Eldorado, que foi outra descoberta paulistana, e outra na Rebouças — quando comecei a ter mais contato com o fazer da roupa. Na moda há um preconceito contra estilistas de loja de noiva e de tecido, sabe? Eles são discriminados. O chique é fazer Santa Marcelina, FAAP. Mas foi nesse universo que fui aprendendo. Dali, fui para a Tecelagem Franceza, onde o mundo se abriu — toda a história de conhecer os melhores tecidos. Fiquei lá por doze anos.

L’O Deve ter sido uma grande escola. 

RD Sim. E ali fui conhecendo todo mundo. Conheci Clodovil, Guilherme Guimarães — que falava muito baixinho com a gente. André Lima, Lino Villaventura, Walter Rodrigues — que me convidou para o primeiro desfile que assisti na vida, no Morumbi Fashion. Fui me inserindo. Na loja, havia uma grande vitrine e eu comecei a fazer moulages nos manequins. Pegava aqueles tecidos incríveis, que custavam 6 mil [reais] o metro, para criar as vitrines imensas que davam para a Rua Augusta. As pessoas viam, paravam, comentavam. Daí foi bacana ver e entender que gostavam do que eu fazia.

 L’O Você falou sobre esse preconceito, acha que lhe afetou de alguma maneira? 

RD Eu já tive vergonha de falar sobre isso, sabe? Pelo meio em que fui me inserindo. Tinha vergonha de falar que trabalhei de estilista de loja de tecido, de loja de noiva. Uma bobagem. Mas, afetar, acho que não — diria que me ajudou. Porque o segredo da minha profissão é conhecer o tecido, saber o material correto para a roupa que quer fazer. Todo erro de moda está aí: se a pessoa conhece o tecido ou não. E eu tive essa escola, trabalhando nesses lugares que a vida me proporcionou. 

L’O Pensando na sua carreira, construída na prática sem uma base acadêmica de moda, sempre me pareceu que você é muito instintivo no criar. 

RD Eu vou só no instinto, é isso mesmo. Não consigo planejar nada. 

L’O Como funciona, na prática? 

RD Compro o tecido e depois decido o que vai acontecer, basicamente. Hoje eu tenho trabalhado mais com temas, mas não desenho nem programo nada. Vou lá comprar tecido, vejo o que há disponível nas cores que quero. A cor é meio que a primeira ideia. Depois, já com os tecidos, é que vou entender o que vem. Não tenho molde, não trabalho com medidas, é tudo muito instintivo. Vou cortando, montando, dali sai uma roupa.

 L’O Sempre foi assim? 

RD Sempre. Mas fico meio obcecado, sabe? Só penso nisso. Às vezes fico rodando e rodando o tecido. É algo que cansa a cabeça, mas gosto.

 L’O É mais um fazer artístico do que de moda. 

RD Depois que descobri o látex, então… Algumas roupas nem têm costura. 

L’O  E como entrou nessa história? 

RD A pira do látex aconteceu porque a minha costureira, Ele - nota, que fazia tudo comigo e foi meu par de mãos por mais de dez anos, sofreu um acidente de carro e entrou em coma. Hoje ela já se recuperou bem, mas ali me peguei sem costureira para fazer o que planejava. Quando ela saiu do hospital, fui até ela e trabalhamos juntos, construindo aos pedacinhos, bem com calma. Daí vi que precisava de algo a mais e resolvi mexer com látex, do nada. Comprei um galão e levei para Fartura, fui testando. Joguei num manequim, esperei secar, juntei com outro tecido e assim foi saindo. Até hoje o trabalho com látex é muito de experimentação.

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Foto: Igor Kalinouski.

L’O De novo, o instinto na jogada. 

RD Sim, eu não gosto de medidas, de exatidão. Não tenho tesão com produção, fazer 500 peças iguais. Gosto de fazer roupa. Por mais que seja uma camisetinha básica, faço uma por uma, sem medida, jogo um látex. Não suporto mexer com tiragem grande. E estou felicíssimo assim, tenho tesão em vir trabalhar. Adoro. 

L’O Nunca teve um momento de baixa? 

RD Nunca, nem agora que a minha mãe morreu. Achei que não ia desfilar, não tinha cabeça para fazer isso. Mas aí veio o propósito de fazer essa coleção com a venda revertida para o grupo de apoio aos portadores de câncer da minha cidade. Isso me trouxe motivação e fiz assim, enlouquecidamente, com o maior prazer, em um mês. 

L’O Acho curioso que sua imagem foi se moldando do festão do começo para essas experimentações mais ousadas, mais urbanas, de hoje. 

RD Sim, era festão — mas não de casamento. Era uma festa de Carnaval, de Halloween, depois veio o látex e as possibilidades se transformaram. Fui moldado naquela época dos grandes desfiles, vendo as revistas que traziam as fotos todas. Era isso que atraía o meu olhar. Eu copiava um pouco, claro. Quando estamos começando, formando identidade, copiamos, nos inspiramos, tentando fazer igual — a identidade é captada de várias pessoas. Tenho um pouco de Alexander McQueen, de John Galliano, de Comme des Garçons. Misturado com as noivinhas, com a Lady Di, com o Papa, com o açougue. Tudo isso moldou a minha moda. 

L’O Todo esse drama na passarela, mas você é uma pessoa tão calma. 

RD Eu sou super calmo, mas sempre gostei de drama! Quando era adolescente escutava Carmina Burana. Enquanto meus amigos ouviam Information Society, eu estava no Ray Conniff e no Julio Iglesias. Sempre tive esse pé no palco. 

L’O Você ama fazer desfile, né? 

RD É o que mais gosto, é o meu momento. Não sei se vai vender, não me importo nem penso nisso. Mas o engraçado é que as coisas mais loucas são as que mais vendem. E sou de uma época em que as pessoas analisavam a costura das roupas da passarela. A gente se preocupava com isso. Um desfile de moda tinha que ter roupa. Fui criado desse modo, sabe? Isso se perdeu no Brasil.

L’O Acha que é um problema? 

RD Depende, problema comparado a quê? Se for comparar com os desfiles de fora, a moda que o mundo faz, é um problema — se olhar para dentro, não sei… Para mim, não é. Sempre fiz a minha roupa desse jeito. Há quem se expresse de outra forma. Gosto de traduzir a minha onda com uma roupa bem-feita, mas pode-se expressar o seu sentimento, sua vivência, sua militância na moda de várias maneiras. 

L’O  E há uma geração mais nova, que está mergulhada na moda, mas nem tem meios para afiar essa ligação com a técnica. Concorda? 

RD É falta de dinheiro, basicamente. Falta um incentivo para essa geração. Tem muita gente que não pode fazer faculdade — e nem sei se elas ensinam sobre acabamento, hoje. Mas as pessoas, as marcas, não têm dinheiro. Ao mesmo tempo, eu também não tive. Não tenho grana, mas procuro estudar para fazer um bom acabamento. Quero levar a moda para esse lado da roupa bem construída. Às vezes, para outra pessoa, esse não é o foco — e tudo bem. Mas acho que toda roupa deveria ser bem-feita, não importa qual seja. Há uma maneira de você militar com uma roupa bem-feita, se houvesse esse acesso — mas é complicado falar sobre isso, é tudo muito subjetivo. Pense que o jeans não era chique, nem o moletom — hoje, foram parar na couture. Pode ser que essa moda da roupa feita no dente, no alfinete, seja o futuro — e eu, a pessoa antiquada que está lá cuidando da bainha, da costura inglesa. 

L’O Pensa nesse risco? 

RD Penso, viu. Tenho um certo medo de não conseguir acompanhar. Hoje tenho 48 anos, não sou jovem estilista há muito tempo. Dá um receio de ficar obsoleto, ultrapassado. Será que a moda será sempre assim, como sei fazer? Você olha para fora e lá eles seguem os mesmos padrões, os bordados maravilhosos. Aqui, o padrão é diferente — também por uma questão de dinheiro. A moda brasileira não tem mais verba para grandes cenários, grandes modelos para desfilar. Daí foi-se chamando amigos, criou-se esse casting de pessoas mais diferentes. É algo muito nosso, esse remanejamento do “o que dá para fazer”. Isso também alimenta uma diversidade, uma criatividade, sem dúvida. A possibilidade de fazer-se uma moda sem um puta investimento. Essa minha última coleção, criei apenas com tule e látex. 

L’O E técnica. Ao mesmo tempo, você nunca se preocupou em fazer uma moda que falasse com o momento, com tendências. É sempre uma história muito sua. Não seria uma vantagem para não cair no personagem antiquado? 

RD Olha, eu queria ser meio como o Karl Lagerfeld. Trabalhando até morrer, sabe? Até o fim, falando com o pessoal mais jovem, de certa maneira. Admiro esse poder de modernidade. E gosto muito de contar essas minhas histórias, minhas referências. Quando fiz o desfile sobre o Gallery, por exemplo. É um lugar que nunca fui — mas acompanhava pelas revistas Manchete, pelo Amaury Jr. Via lá a Xuxa e o Pelé, a Hebe Camargo. Foi uma coleção dessas memórias. Quando homenageei os estilistas brasileiros que me inspiravam — Dener, Clodovil, o Ocimar Versolato por quem era apaixonadíssimo —, a mesma coisa.

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Foto: Igor Kalinouski.

L’O Você está com 48 anos, mas carrega esse poder de se colocar em contato com uma geração mais jovem — pelos shows, pelas técnicas. Acaba funcionando como uma ponte entre esse pensamento de moda mais antigo — do tecido bom, da alta-costura — enquanto constrói uma imagem contemporânea. Concorda? 

RD Você falando assim, eu vejo. Mas, de novo, é instintivo. Tenho muitas clientes, artistas, que dialogam com o hoje. Por mais que coloque uma música que ninguém vai conhecer nas trilhas sonoras, esse público mais jovem lembra de algo que a avó escutava. Então esse diálogo acontece. E atinjo um público que procura uma moda interessante. O meu prazer é ver as pessoas usando, quando vejo que gostam do meu trabalho. Isso me deixa extremamente feliz. Por isso nem tenho acervo guardado, nada. Prefiro que a minha roupa esteja com outra pessoa, tendo uma vida, a estar guardada comigo. 

L’O Acha que tem o reconhecimento merecido da indústria? 

RD Considero que sim. Tenho as minhas clientes fiéis, sou convidado para fazer coisas interessantes, as roupas saem nas revistas. Mas sou tão tranquilo quanto a isso… quero fazer o meu trabalho bem e que as pessoas gostem. Não sou aquele estilista famoso no Brasil inteiro, claro. É meio engraçado que, até cinco anos atrás, eu ainda era chamado de jovem talento. O reconhecimento do estilista no Brasil vem meio como em ondas. Quando fiz Verdades secretas, veio uma onda. Quando vesti Lizzo, Naomi, Gisele, Sabrina Sato, Pabllo Vittar… Acho que isso é importante na carreira, ter sempre um bafonzinho acontecendo. 

L’O Depois de vinte anos de Casa de Criadores, você é o grande veterano que continua no grupo. Não considera mudar de rumo? 

RD Gosto tanto de lá que não tenho vontade de sair. Chego com as minhas roupinhas, a passarela está lá, a luz, sei como funciona. E sou grato à Casa e ao André Hidalgo por tudo que fizeram pela minha carreira. Claro que já tive vontade de fazer SPFW. Na época que tentei, disseram que eu não estava preparado pois precisava de um business mais estruturado. Hoje, não quero mais. Estou feliz onde estou. Mas tenho um sonho de fazer um desfile em Paris, dar um close especial por lá? Quem sabe? 

L’O Pensa mesmo em morrer fazendo desfiles? 

RD Amo o que faço, de verdade. Venho trabalhar feliz, produzo com gosto — às vezes saio do ateliê e fico em casa trabalhando com látex até de madrugada. Realmente amo. Claro que posso enjoar em algum momento mas, agora, seria infeliz se fizesse outra coisa.

MODELOS: Stella Bovo e Harumi.

BELEZA: Kérol.

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: Victoria Cavalcante.

por Eduardo Viveiros

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