Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A dermatite atópica, também conhecida por eczema, é uma doença cutânea inflamatória crónica que afecta crianças e que se pode desenvolver de forma mais grave na idade adulta. Uma nova forma de terapia vai começar agora a ser testada em voluntários que se podem inscrever no tratamento experimental.

A investigadora Cristina Lopes, responsável pelo estudo, explicou ao site Ciência Hoje que o tratamento requer a utilização de uma roupa especial (camisola interior e leggings) impregnada de quitosano.

O projecto agora desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto nasceu no âmbito de uma parceria com vários centros de investigação e uma industria têxtil de Guimarães «que já tem algum know how em na área dos tecidos biofuncionais e que quis fazer este investimento», explica a investigadora.

Numa primeira fase, de desenvolvimento do produto, a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, o Centro de Nanotecnologia e Materiais Inteligentes, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal e a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto criaram um tecido de algodão orgânico especial, impregnado com quitosano em pó, que mostrou reduzir a proliferação de bactérias provenientes da pele de doentes com eczema.

O quitosano, explica a investigadora «é um biopolímero natural, extraído da casca da quitina, elemento que endurece o exosqueleto dos crustáceos». Sendo um produto natural não é de esperar que haja reacções adversas ao mesmo.

A expectativa da segunda parte do projeto 2nd Dermis, que foi aprovado pela está comissão de ética da Universidade do Porto, é que «o resultado seja bom e que o quitosano seja bem tolerado». Este será «um complemento do tratamento para melhorar as lesões e o desconforto».

O projeto, que terá a sua apresentação oficial no próximo dia 18, abriu as inscrições para os voluntários. «Nesta fase, procuramos pessoas com dermatite atópica maiores de 12 anos. Numa fase posterior o recrutamento será aberto a maiores de seis anos». Durante dois meses, os voluntários terão de usar para dormir uma camisola interior e leggings especiais.

Os participantes serão avaliados apenas no início e no fim do estudo, devendo responder a um questionário relativo à qualidade de vida e efectuar uma análise de sangue. Os sintomas apresentados pelos pacientes serão avaliados antes e depois do uso das peças de vestuário.

Se tudo correr como previsto a empresa têxtil ficará com certificação do produto para poder comercializar como dispositivo médico.

A inscrição pode ser feita on line aqui ou via telefone (Instituto CUF Porto: 220 033 500).

Fonte:|http://www.paisefilhos.pt/index.php/homepage-mainmenu-1/notas-menu-...

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