Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

São Paulo é o segundo Estado que mais importa produtos têxteis em 2014

Nos primeiros cinco meses deste ano, São Paulo registrou um aumento de 10,7% na importação de produtos têxteis e confeccionados, saltando de US$ 837 milhões para US$ 927 milhões, se comparado com o mesmo período do ano passado. O Estado é segundo maior importador brasileiro de têxteis e confeccionados, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que importou US$ 1,005 bilhão, em igual período.

 

Somente as importações de vestuário feitas pelo Estado cresceram 16,4% em valor (de US$ 440,5 mi para US$ 512,8 milhões), de janeiro a maio deste ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado. Em toneladas, a variação foi de 4,9%, segundo dados da Alice/MDIC.

 

Grafico

 

Nos primeiros cinco meses do ano, os produtos mais importados pelo Estado, pela ordem, foram: vestuário (US$ 512,8 milhões); filamentos (US$ 75,2 milhões), tecidos (US$ 72,3 milhões) e fibras têxteis (US$ 33,6 milhões). O perfil da importação vem mudando de tal forma, que os produtos de algodão – uma das vocações do Brasil - agora, estão entrando no país quase que na mesma escala que os artigos sintéticos.

 

Oito países foram responsáveis por 67% das importações de têxteis e confeccionados de São Paulo. São eles, pela ordem: China, Coreia do Sul, Índia, Estados Unidos, Vietnã, Taiwan (Formosa), Alemanha e Bangladesh. Somente a China foi responsável por 41% do total importado.

 

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Três países fornecedores registraram expressiva variação positiva no valor de importações, na comparação entre janeiro-maio de 2013 e o mesmo período deste ano. Em primeiro lugar está o Vietnã, com 55,9% de expansão, seguido pela Índia, com 22,5% e a China, com 12,5%. Em volumes, essa variação apresenta os seguintes índices de crescimento: Vietnã (56,9%), Índia (51,1%) e China (13,4%). A tabela abaixo demonstra as importações de oito países, em valores e toneladas.

 

 

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Exportações paulistas

 

Já  as exportações de produtos têxteis e de confeccionados do Estado de São Paulo caíram 6,8% (de US$ 175 milhões para US$ 163 milhões), nos primeiros cinco meses deste ano. O déficit na balança comercial setorial aumentou 15,4% em relação ao mesmo período de 2013  (de US$ 662 milhões para US$ 764 milhões) - dados sem fibra de algodão.

 

Os oito principais destinos das exportações de têxteis e confeccionados de São Paulo, de janeiro a maio deste ano, pela ordem, foram: Argentina, Paraguai, Bangladesh, Colômbia, Uruguai, Peru, México e Chile que, juntos, somaram 74,4% das exportações. Somente a Argentina, recebeu 36% deste valor. Não foram registradas grandes variações das exportações do período comparado, exceto pelo Peru, cujo valor teve expansão de 19,31% (de US$ 5,51 milhões para US$ 6,58 milhões) enquanto que o volume subiu em 35,7% (de 573 toneladas para 774 toneladas).

 

 

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Outros números do setor têxtil e de confecção paulista

 

Produção Física

 

Em abril, a produção física de vestuário paulista teve um crescimento de  7,8% e a segmento têxtil apresentou queda de 3%, em relação ao mês anterior, segundo dados do IBGE. No comparativo com abril de 2013, os têxteis tiveram queda de 11% e os vestuários,  de 3,2%.

 

Nos primeiros quatro meses deste ano, houve crescimento de 4,7% no segmento de vestuário e queda de 5,9% no têxtil, na comparação com o mesmo período de 2013.

 

Empregos (CAGED)

 

No mês de maio, o saldo de geração de empregos no setor têxtil e de vestuário paulista foi de 196, contra 951, se comparado com o mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, o saldo foi de 4.392, contra 8.550, em relação ao mesmo período de 2013.

 

Região de Americana

 

O nível de emprego no setor têxtil apresentou uma curva levemente positiva na região de Americana, em maio, com aumento de 0,84%. O segmento de vestuário manteve-se estável no período.

 

No acumulado do ano (de janeiro a março), a indústria de produtos têxteis apresentou leve alta de 1,73% na balança de empregos. A de vestuário não teve alteração. E, levando em consideração os últimos 12 meses, a retração foi de 3,76% na indústria têxtil. O segmento de vestuário manteve-se estável no período (dados na tabela abaixo).

 

Comportamento setorial da região de Americana

 

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Fonte: Diretoria Regional do CIESP de Americana

 

 

Varejo (IBGE)

 

No mês de abril, o varejo paulista teve um desempenho positivo de 4,1% em volume de vendas e a Receita Nominal apresentou crescimento de 3,5%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, a queda foi de 7,1% em volume de vendas e um desempenho negativo de 2% em Receita Nominal, em relação a igual período de 2013. Nos últimos 12 meses, houve queda de 13% de volume de vendas e de 8,7% em Receita Nominal.

 

http://www.sinditextilsp.org.br/index.php/materias/item/1311-s%C3%A...

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O perfil da importação vem mudando de tal forma, que os produtos de algodão – uma das vocações do Brasil - agora, estão entrando no país quase que na mesma escala que os artigos sintéticos.

Os dados: No mês de maio, o saldo de geração de empregos no setor têxtil e de vestuário paulista foi de 196, contra 951, se comparado com o mesmo período do ano passado... 

Realmente estes dados comprovam que a Indústria Têxtil e de Vestuário estão à beira do Caos, não vai demorar muito para entrar em extinção, precisamos de uma solução para salvar as indústrias e assim manter os empregos aquecidos no Brasil.

Prezados,
Hoje o Brasil é um grande exportador de matérias primas (diversas)e em contra partida recebe diversos tipos de produtos acabados, não podemos mais conviver com essa prática errada, ou seja, exporta matérias primas e importam com valor agregado já produtos manufaturados. Essa pratica se não for reduzida e controlada, contribuirá no futuro próximo com a quebra e destruição do nosso parque fabril.
“Cheguei à conclusão que os maiores problemas que tenho visto em empresas, empresários, executivos, gerentes, supervisores e mesmo colaboradores em geral, é a falta de foco naquilo que fazem ou deveriam fazer. A verdade é que a maioria das empresas e pessoas que nela trabalham em funções de comando, não sabem exatamente o que estão buscando, o que devem fazer prioritariamente. Girando o tempo todo de um lado para o outro, como se fosse uma grande roda gigante , o empresário, o executivo, termina o dia com a sensação de que nada fez de concreto, real ou palpável pelo seu negócio. É preciso descobrir o seu foco e não desvia-lo jamais”.
Nas relações empresas e clientes, tenho percebido a total perda de foco. As empresas não sabem realmente o que vale a pena incentivar, propor, exigir, oferecer. Os programas de qualidade e produtividade têm perdido muito de seu sentido, exatamente por falta de foco. Afinal, o que vamos fazer primeiro? O que é Essencial, Importante e Prejudicial ao negocio? Sem foco, as empresas perdem muito tempo com coisas entendidas como Prejudicial e nunca têm tempo para o que realmente é essencial. Sem capacidade para decidir o que seja essencial, as empresas perdem tempo e energia que deveriam ser focados para o seu negócio principal.
Cada um de nos (Empresários, Executivos, Gerentes, Principais Colaboradores) devemos fazer uma análise fria da nossa empresa, juntamente com nossa equipe mais graduados e verificar se realmente a nossa empresa está empregando todo o seu talento, seu tempo e energia no seu negócio principal. Se a nossa empresa tem foco. Se os nosso executivos e subordinados são cobrados focadamente, por coisas concretas, comportamentais, verificáveis, mensuráveis.
Sem foco, a empresa de hoje perde competitividade, as pessoas ficam perdidas, os clientes não identificam valor à empresa e com isso todos perdem
Finalizo dizendo que o egoísmo e a individualidade dos empresários e executivos dos principais setores do nosso Brasil, principalmente o setor Têztil, sem duvida são um dos principais motivos que prejudicam na conscientização da urgência em mudar o atual cenário que estamos vivendo. Não tenho nenhuma duvida que a solução esta em nossas mãos, não podemos ficar somente lamentando, reclamando ou esperando as mudanças governamentais, precisamos se unir e agir para descobrir as oportunidades e soluções neste momento de crise e indecisões. A população já começou a dar o seu grito, agora chegou a vez dos empresários e executivos dar o seu grito. .
Um forte abraço a todos.
Luiz Carlos A. Martins
Diretor Geral Grupo Benefios

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