Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Sem Acordo com MP, Produtores do Oeste Baiano não vão Aplicar Produto Contra Ataque da Lagarta Helicoverpa

Sem acordo com MP, produtores do Oeste baiano não vão aplicar produto contra ataque da lagarta Helicoverpa

 


Josalto Alves – DRT-Ba 931

 


Depois de meses de muitas discussões com o Ministério da Agricultura e com os Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho, buscando solução para a praga que está destruindo as lavouras da soja e algodão em nove municípios do Oeste da Bahia, os produtores, representados por suas associações, resolveram não bater de frente, neste momento, com o MP, que vetou o uso do Benzoato de Emamectina, e não aplicar este produto, único capaz de combater a lagarta Helicoverpa Armigera. Eles decidiram também que vão solicitar uma reunião com todas as instâncias do MP para posicioná-los sobre a gravidade do problema, e levar o assunto à presidente Dilma Rousseff. “O prejuízo já está consolidado este ano e não temos como recuperar o que foi perdido. Vamos buscar alternativas para a próxima safra”, disse a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, Izabel da Cunha.

 


Na noite desta segunda-feira, os presidentes da Associação de Produtores de Algodão da Bahia (Abapa), Izabel da Cunha; da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busato, e do Fundo de Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), Ademar Marçal, se reuniram com o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, e com os diretores geral e de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab/Seagri), Paulo Emílio Torres e Armando Sá, buscando um caminho a ser seguido em relação a esse grave problema, que agora tem novo agravante. A lagarta Helicoverpa Armigera já está atacando também o feijão de corda, produzido basicamente pelos agricultores familiares da Bahia, e ataca também o feijão Gurutuba e o Fradinho, utilizado no preparo do acarajé. A lagarta já está presente nos estados do Paraná, Goiás, Piauí e Mato Grosso, e pode chegar a outras regiões.

 

O secretário Eduardo Salles explicou todos os passos que foram dados, desde que a praga foi descoberta até a última reunião com o MP, quando ficou acordado que o produto seria aplicado, num projeto piloto, em dez fazendas nos municípios de Luis Eduardo, São Desidério e Barreiras, atendendo a todas as exigências dos órgãos reguladores e dos promotores. Esse piloto geraria um relatório, demonstrando a eficiência e a segurança na aplicação da Emamectina. Mas agora, o MP fez novas exigências, impossíveis de serem observadas, diante do avanço da safra e exiguidade de tempo. A questão era aplicar à revelia ou não aplicar o produto.

 

Salles informou que o governador Jaques Wagner acompanha de perto as ações que estão sendo desenvolvidas para combater a praga, e que o governo se empenha para que solução definitiva seja encontrada. “A Emamectina é utilizada, em países como Japão, Estados Unidos e Austrália, que possuem legislação rigorosa, inclusive para cultivos de tomate. Será que esses países são irresponsáveis?”, questiona.

 

Os representantes dos agropecuaristas da região e o secretário Eduardo Salles, consideraram que sem consenso com o Ministério Público e como a safra está avançada, não há, nesse momento a necessidade do embate com o MP, e aplicar o Benzoato de Emamectina com possibilidade de trazer uma disputa jurídica só poderia prejudicar a próxima safra. Ao mesmo tempo, decidiram solicitar audiência com a presidente Dilma, para discutir a instrução normativa, o registro emergencial e o cadastro desse produto agroquímico, lembrando que o decreto de emergência fitossanitária assinado pela presidente não foi cumprido, alertando ainda que a questão da lagarta Helicoverpa Armigera já é um problema nacional e que vai ter reflexos no bolso do consumidor.

 

Além disso, considerando que o combate à praga não se esgota com o controle químico, os produtores e a Adab já desenvolvem um programa, de alto custo, que inclui o controle biológico e manejo integrado da praga. Esse projeto será apresentado à presidente Dilma e aos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente. Segundo eles o agroquímico é neste momento a única arma que possuem para diminuir a população da lagarta, mas será também acompanhado de uma série de outras ações  como os demais controles, monitoramentos e ações de manejo das culturas

.

Fonte:|http://jornalnovafronteira.com.br/index2.php?p=MConteudo&i=8774

.

.

.

.

.

.

.

.

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - Clique Aqui

Exibições: 110

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço