O NUSEC/SENAI CETIQT é estruturado como núcleo catalisador e integrador de soluções para a promoção da sustentabilidade e economia circular como parte integrante das estratégias de negócios e operações da indústria da Moda. É um verdadeiro centro de referência para apoiar a indústria têxtil e de confecção no Brasil. E colocará o país no mapa da modernidade em termos de práticas ecologicamente responsáveis, que lhe permitam abrir novos mercados, especialmente os mais regulados.
Empresários das indústrias têxteis e de confecções e profissionais da cadeia produtiva têm, cada vez mais, refletido sobre as práticas que permearão o produzir e consumir moda no Brasil. O caminho no presente e futuro vem sendo trilhado para práticas como sustentabilidade e economia circular, com a utilização de processos de fabricação e matérias-primas que regeneram a natureza + uso consciente de recursos, ressignificando a produção. Buscamos com afinco a sustentabilidade. A ideia de habitar um planeta mais limpo, com menos emissões de CO2, resíduos industriais, cidadãos mais ecologicamente responsáveis está, a cada dia, se tornando ação. O conceito e a prática de uma economia circular chegou para nos ajudar a salvar um meio ambiente já tão maltratado. A ideia é, basicamente, não gerar resíduos. A produção industrial, portanto, não chega a ser descartada: ela é reaproveitada – você ainda vai ouvir falar muito de “reuso”, pode apostar.
Foi para ajudar as indústrias do setor têxtil e de confecções a trafegar tranquilamente por esse admirável mundo que o SENAI CETIQT criou o Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular, lançado semana passada durante uma live especial. O NUSEC/SENAI CETIQT será o ponto de convergência no qual as indústrias terão um porto seguro, um centro de referência, para se nutrir de conhecimentos, conceber projetos e materializar iniciativas. Poderão se informar e receber orientação sobre as boas práticas sustentáveis para encarar mercados cada vez mais regulados e consumidores mais política e ecologicamente responsáveis a cada dia.
“O tema é extremamente importante. Consideramos estratégico para o setor têxtil e de confecção. Como fruto do nosso planejamento, nós temos sustentabilidade e economia circular como uma visão real para o setor. Este assunto traz oportunidades fantásticas para empresas do setor têxtil e de confecção. Por exemplo: redução de custos, desenvolvimento de novos produtos, reaproveitamento de materiais no ciclo produtivo, abertura de novos mercados – principalmente quando esses mercados são altamente regulados – fortalecimento de marcas. Os benefícios são incontáveis”, observa o diretor-executivo do SENAI-CETIQT,
Sérgio Motta.
A live teve duas apresentações: na primeira, a pesquisadora Victoria Santos e a consultora Angélica Coelho, do SENAI CETIQT, falaram sobre como o NUSEC está estruturado, seus objetivos, como será feita a comunicação com as empresas e o que oferece para o setor têxtil e de confecção. A outra, sobre o case do Algodão Brasileiro Responsável, ficou a cargo de Márcio Portocarrero, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O evento contou ainda com um abrangente painel sobre a retomada sustentável do setor têxtil e de confecção com a participação de representantes de instituições e empresas como CNI, SENAI CETIQT, Exchange4Change, Grupo Malwee e Instituto E.
Marcelo Ramos, antropólogo, pesquisador e assessor da diretoria executiva do SENAI CETIQT para Projetos Especiais, Relações Institucionais e Projetos Estratégicos conduziu o evento 100% digital de lançamento do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular do SENAI CETIQT explicando a todos que acompanhavam a transmissão como seria dividida a programação. Em seguida passou a palavra ao diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sérgio Motta, para ele falar um pouco da relevância do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular para o trabalho do SENAI CETIQT em suporte à indústria têxtil e de confecção nacional.
Tento ao fundo a imagem da primeira planta de Confecção 4.0 da América Latina desenvolvida pelo SENAI CETIQT, Sérgio Motta ressaltou que o NUSEC trará benefícios incontáveis para toda a cadeia produtiva da moda e agradeceu o apoio do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, que tem sido um grande apoiador de novas iniciativas do CETIQT. Destacou ainda o incentivo constante de Aguinaldo Diniz Filho que, como presidente do Conselho Técnico-Consultivo, “influenciou fortemente a visão de futuro do CETIQT como indutor da tecnologia e inovação para a indústria têxtil e de confecção”. Agradeceu a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representada pelo diretor-executivo Márcio Portocarrero; a fundadora da Exchange4Change, Beatriz Luz; o gerente-executivo de Meio Ambiente da CNI, Davi Bomtempo; o CEO do Grupo Malwee, Guilherme Weege; e a diretora-executiva do Instituto E, Nina Almeida Braga.
Presidente da Abit, Fernando Pimentel, que “estimulou e impulsionou a estruturação e a implementação do NUSEC no SENAI CETIQT”, como Sérgio Motta frisou, disse que a iniciativa reveste-se de enorme importância, “fruto de uma conversa que tivemos, dentre outras que temos regularmente, com a equipe do SENAI CETIQT sobre a questão estratégica da sustentabilidade e da economia circular para o desenvolvimento do nosso setor. Não só para o atendimento da demanda local, mas para a demanda mundial. Essa agenda já vinha sendo conduzida. Porém, ela ganhou uma intensidade ainda maior nesse período pandêmico, que tantas reflexões tem nos trazido. Nós entendemos que o NUSEC será de extrema importância para catalisar projetos, desenvolver estudos e propostas para que façamos do nosso setor têxtil e de confecção uma referência mundial. Temos tudo para potencializarmos todos os aspectos da nossa bioeconomia. Vai depender de nós, da capacidade de transformarmos tudo que estamos almejando em fatos concretos e valorizando na ponta final, junto aos consumidores, que, por sua vez, também terão que ser cada vez mais bem informados sobre a questão”.
Segundo Pimentel, pesquisas recentes mostram que os consumidores darão preferência a marcas com proposta e que tenham uma pegada claramente social e de sustentabilidade econômica. “Combinar todos esses pilares dos negócios é o que fará a diferença. E a plataforma NUSEC terá relevância não só nacional como internacionalmente”, reafirmou.
O empresário Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ACMinas e que esteve à frente da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira – hoje Cedro Têxtil, lembrou que o SENAI CETIQT, criado em 1949, tem feito um trabalho importante para o setor têxtil e de confecção. “Eu falo como testemunha direta, como ex-aluno do SENAI CETIQT e que ficou durante anos dentro de uma fábrica. E percebo como pode ser útil o lançamento do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular. O setor têxtil tem uma cadeia produtiva de alta importância, da mais alta diversidade. Começa no plantio do algodão. O Brasil é autossuficiente em algodão. E é importante o que, na prática, a gente pode fazer para uma economia circular, o inverso da economia linear”.
“Economia linear nós conhecemos: extrai, transforma, consome. O mundo não comporta mais”, afirma Aguinaldo Diniz, acrescentando que o setor têxtil brasileiro emprega um milhão e 500 mil pessoas, consome cerca de 800 mil toneladas de algodão e tem confecções de múltiplos tamanhos.”O projeto do CETIQT, de conscientização, de demonstração, visando ao meio ambiente, à produtividade, à competitividade da indústria nacional é absolutamente importante. Na hora que eu falo, eu volto os olhos a anos atrás, na hora que via na produção o quanto que a gente perdia. Não por desconhecimento, mas pela própria conjuntura do momento, pela própria forma de trabalhar e de administrar”, pontuou.
E como a plataforma de conhecimento lançada pelo SENAI CETIQT pode trazer de competitividade para o setor têxtil?
“Eu falo que o mundo tem três questões a serem resolvidas: a preservação do meio ambiente, no seu amplo espectro; a desigualdade social; e o desemprego estrutural, em função das tecnologias e da capacidade de absorção de tecnologias. E, como o Fernando Pimentel bem disse, para nós exportarmos, para vendemos aqui dentro, para concorremos com produto que vêm de fora, temos que ter uma consciência total da sustentabilidade. Eu vejo o trabalho do NUSEC, fruto do plano estratégico, como de uma relevância inestimável para o setor têxtil”, frisou Aguinaldo Diniz.
O MODELO DE ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR DO SENAI CETIQT
Pesquisadoras do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular do SENAI CETIQT, Angélica Coelho, consultora técnica do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e Confecção do SENAI CETIQT, e Victoria Santos, engenheira química e pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras antes de apresentarem as atuações do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular fizeram uma contextualização com o panorama global da indústria da moda. Mostraram que hoje ela está avaliada em 2,4 trilhões de dólares e que emprega mais de 75 milhões de pessoas, em sua maioria mão-de-obra feminina. Mas essa indústria também sofre duras críticas referentes a um modelo de produção que consome mais de 98 milhões de toneladas de recursos não-renováveis e 93 bilhões de metros cúbicos de água por ano, além de ser responsável por 10% do total global de emissões de CO2. “Por outro lado, a gente começa a perceber uma oportunidade por conta desses impactos causados pela indústria. Estudos apontam que uma economia de até 500 bilhões de dólares pode ser gerada se o setor focar apenas no aproveitamento de materiais têxteis”, comentou Angélica Coelho.
“Se olharmos para o cenário nacional, nós encontramos a maior cadeia têxtil completa do Ocidente, sendo a quinta maior produtora têxtil e a quarta maior confeccionista do mundo e o segundo maior gerador de primeiro emprego. Isso num cenário de Brasil, a gente tem dados da Abit que apontam que tem mais de 27 mil empresas formais só no setor têxtil de confecção. Esse modelo nacional, que ainda opera num mecanismo linear, provoca alguns impactos como ser responsável, sozinho, por 1,6% de todas as emissões de gases de efeito estufa no país. Ainda usamos, majoritariamente, energia não-renovável”, comentou Angélica.
Ela acrescentou que começamos a entender que esses impactos são portas: “Eles geram oportunidades para uma nova dinâmica industrial para o setor. E esses negócios podem gerar um impacto mais positivo através da adoção de conceitos da quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0, em que avanços tecnológicos ajudam a melhorar o desempenho e a produtividade, além de promover a transparência, podendo ajudar a reduzir o uso e o desperdício de recursos aliado à adoção de práticas de sustentabilidade e economia circular, onde vem uma dinamização de modelo de negócio para gerar inovação e propor novos fluxos, criando valor para integração e fortalecimento dos elos da cadeia”.
O NUSEC/SENAI CETIQT se estrutura como catalisador e integrador de soluções para a promoção da sustentabilidade como parte integrante das estratégias de negócios e operações da indústria têxtil e de confecção. Ele tem como visão se posicionar como um centro de referência em sustentabilidade e economia circular. Isso por meio de sua missão, que é conceber, estruturar e executar projetos voltados à materialização dessas iniciativas no setor.
“O NUSEC integra as três unidades de negócio do SENAI CETIQT: a Faculdade SENAI CETIQT, o Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e Confecção e o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras. E tem sua atuação focada na consolidação dos dados relacionados às práticas de sustentabilidade e economia circular na indústria. Também está voltado ao desenvolvimento e monitoramento de indicadores para apoiar os processos de tomada de decisão, tanto nos âmbitos públicos, como nos privados. Por meio dessas atuações, buscamos apoiar e promover ações em prol da competitividade e da sustentabilidade do setor identificando e alavancando a oportunidade de negócio”, afirmou Victoria Santos, engenheira química e pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras.
APRESENTAÇÃO DO ‘CASE’: ‘ALGODÃO BRASILEIRO RESPONSÁVEL’
Quando se trata de sustentabilidade, nós temos o exemplo do Programa Algodão Brasileiro Responsável. Diretor-executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero falou sobre o esforço dos produtores de algodão do Brasil em assumir o compromisso com a produção e o beneficiamento de algodão sustentável ao longo dos anos. Vale ressaltar que são destinadas à indústria têxtil nacional entre 600 e 700 mil toneladas todos os anos.
“Falando especificamente do nosso programa de sustentabilidade, hoje, das dez associações filiadas à Abrapa, oito são executoras do projeto, fora Tocantins, que é a nossa filha mais nova e começou há pouco tempo, e Paraná, que está fazendo uma retomada da produção de algodão depois de ter sido um grande produtor no passado. Ainda não aderiram ao programa de certificação. Vale dizer que essas oito associações que compõem o nosso programa de sustentabilidade representam 90% da produção de algodão brasileiro”, explicou Márcio Portocarrero.
Segundo ele, acaba de ser lançado este ano o programa de certificação das Unidades de Beneficiamento de Algodão. “A ABR-UBA é uma continuidade do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que passa a certificar, além das fazendas, as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), portanto a indústria tem a garantia total de matéria-prima 100% sustentável. A sustentabilidade é um dos nossos pilares (os outros são qualidade, rastreabilidade e promoção), pois 92% do algodão brasileiro não utiliza nenhum sistema de irrigação, em quase sua totalidade, apenas da água da chuva para a produção”. E o Brasil está no patamar de liderança no fornecimento do algodão sustentável.
Em termos de volumes, o Brasil é maior fornecedor de algodão sustentável do planeta, com dois milhões e 27 mil toneladas. Os Estados Unidos oferecem 309 mil toneladas; a China, 960; o Paquistão, 906; e outros bem menos que o Brasil. “Esse é o nosso grande diferencial. Sabemos que o movimento de apresentar a matéria-prima sustentável com garantia, com certificação, com compromisso na produção vem para atender uma demanda enorme de toda cadeia produtiva”, assegurou, acrescentando que “nós estamos nessa linha de ser sustentável, de desmanchar os paradigmas do algodão que ele carrega historicamente, do trabalho escravo, da destruição do meio ambiente, do alto consumo de químicos, a partir de um programa seríssimo de certificação das fazendas, de uma reeducação dos produtores brasileiros”, disse o diretor-executivo da Abrapa.
De acordo com Márcio Portocarrero, o programa Algodão Brasileiro Responsável é a tradução da sustentabilidade. A mão-de-obra totalmente legalizada dentro das fazendas, o trabalho justo e alinhado com as normas da OIT e da legislação brasileira de saúde e segurança do trabalhador. Há a preservação de recursos naturais dentro da fazenda com obediência às leis ambientais, a correta destinação de resíduos dentro da propriedade, a utilização sustentável e consciente da energia de água e boas práticas agrícolas e industriais que levem à preservação, como conservação de solos e tudo mais, e o compromisso de redução gradativa do consumo de químicos e sua substituição por produtos biológicos nas lavouras. Toda a gestão econômica do processo proporciona o lucro a partir dessa atividade.
“Isso traduz o tema sustentabilidade em todos os conceitos que a gente pesquisa e é o nosso compromisso com o nosso protocolo. No ABR-UBA das unidades de beneficiamento, para começar a ser certificado, o produtor tem que atingir no mínimo 80% dos critérios de certificação. Dependendo do desempenho das máquinas da usina, se é mais moderno ou mais antigo, ele tem uma flexibilidade de começar com 70%, 80%. A partir daí, ele recebe o certificado com o compromisso de crescer 2% ano a ano até chegar no sexto ano e estabilizar em 80% para as unidades de beneficiamento antigas e 90% para aquelas unidades modernas, que são a maioria das beneficiadoras hoje”.
PAINEL ‘A RETOMADA SUSTENTÁVEL DA CADEIA TÊXTIL E DE CONFECÇÃO NO BRASIL’
A moderação ficou a cargo do presidente da Abit, Fernando Pimentel. Beatriz Luz, fundadora da Exchange4Change, contou que vem desenvolvendo um trabalho de economia circular para o nosso país há cinco anos. “E acho que a gente está vivenciando um marco para a indústria brasileira com o NUSEC. A pandemia nos mostrou como a gente é frágil e vulnerável, mas totalmente interdependente e interconectado. E como a gente pode realmente fazer a diferença para as pessoas e para o meio ambiente se trabalhar junto com um propósito comum. Esse é o grande valor desse núcleo, a possibilidade de criar uma agenda comum para o setor, unir todos os elos da cadeia”.
Nina Almeida Braga, diretora-executiva do Instituto E, lembrou que tem visto “como determinados passivos da indústria têxtil poderiam se tornar ativos. Uma das coisas que a gente incentivou muito foi a destinação correta dos resíduos. O que era problema virou solução. Durante a pandemia, nós pegamos várias pontas. Por exemplo, pegamos indústrias que estavam com aquele estoque inativo, parado, virando problema e destinamos a comunidades que precisavam de material para confeccionar máscaras de proteção. A indústria têxtil do Brasil tem tudo para ser ponta em economia circular”.
Já Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente da CNI, disse que ficou muito feliz em conhecer a iniciativa do NUSEC. “É muito importante que o tema economia circular seja cada vez mais difundido no território brasileiro. A sustentabilidade sempre esteve presente na estratégia da CNI, inclusive de uma forma muito forte agora, no último Mapa Estratégico da Indústria. Até porque o objetivo final é competitividade com sustentabilidade e, para isso, a gente desenvolve uma agenda bastante ampla em termos de meio ambiente e recursos naturais. O uso eficiente dos recursos naturais está bem presente nessa agenda ampla relacionada à bioeconomia. Trouxemos uma visão muito mais transversal de vários setores, tentando abordar as várias vantagens comparativas que o Brasil tem em relação a outros países. Como, por exemplo, a biodiversidade, o conhecimento em termos de bioenergia, de biocombustíveis, já de longa data, e como isso pode contribuir de forma positiva quando se compara com outros países do mundo. A parte de florestas, muito em destaque na agenda internacional, e também uma agenda bastante ampla em relação à energia e ao clima, principalmente quando se fala tanto de mitigação e a implementação e financiamento das NDCs definidas dentro do acordo de Paris. A economia circular assume um caráter bastante transversal. Hoje, no Brasil, ela está muito mais inserida na parte de resíduos sólidos. Mas o entendimento é que ela permeie várias agendas”.
CEO do Grupo Malwee, Guilherme Weege afirmou que é necessário fazer a diferença e perguntar o que pode fazer pelo nosso país. “O meu talking point aqui é sempre em cima de trazer o consumidor para o centro dessa discussão e dizer que cada real melhor gasto é um planeta melhor. Na Europa, 60% dos jovens já alegam comprar de marcas que têm propósito. 65% querem comprar uma roupa usada nos próximos 12 meses e 40% dos jovens de 18 a 29 anos nos países desenvolvidos analisam o valor de revenda na hora de fazer uma compra de vestuário. A gente tem que estar em sinergia com o consumidor e ser totalmente transparente sobre nossa produção, pois ele é agente de transformação. Estamos lançando o que chamamos de “o jeans mais sustentável do Brasil”, revelou. O grupo Malwee tem se posicionado muito no tema de durabilidade, de qualidade superior, para que os impactos sejam menores. Em 2015, a empresa fez o Plano 2020 de Sustentabilidade. “Hoje, a economia circular é o centro do plano que está saindo forno, o nosso plano de 2025”, revelou.
E Beatriz Luz lançou luz sobre a nova economia do têxtil: “Fala não só de novas matérias-primas, mas também de revisar o design do produto, se tem elementos tóxicos, se tem elementos que vão virar microplásticos. O mais importante, que é o grande transformador, é aumentar a vida útil dos produtos, modificar os modelos de negócio, como consumir. A economia circular provoca esse novo olhar, essa integração da cadeia. Não é mais só produzir mais com menos, ser eficiente, porque a gente só vai estar retardando esse processo de desgaste dos recursos naturais. A gente tem que pensar diferente, fazer diferente. Podemos continuar crescendo, consumindo de forma diferente”.
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