SENAI CETIQT lança nova edição da revista científica REDIGE

[Romildo de Paula Leite]

A revista eletrônica pode ser acessada de maneira gratuita 

Criada em 2010, A Revista Design, Inovação e Gestão Estratégica (REDIGE) é uma publicação científica eletrônica do SENAI CETIQT, que tem como objetivo a publicação de artigos e ensaios da comunidade científica nacional e internacional que investigam questões de interesse estratégico para as áreas de têxtil, engenharia, inovação e educação. Nesta edição, a revista apresenta um artigo que traz à tona a discussão sobre o design de moda para diferentes gêneros. Em outro artigo, é abordada a temática sobre disruptores endócrinos – agentes e substâncias químicas que promovem alterações no sistema endócrino humano e nos hormônios. A revista ainda trata dos aspectos legais e ambientais relacionados ao uso de plásticos no Brasil. Para encerrar a edição, um texto que explora o processo da logística reversa em e-commerce.  

“É um menino!”: uma perspectiva de gênero à luz das masculinidades 

No artigo escrito por Thierry Coutinho, Analista de Moda do SENAI CETIQT, é exposto que, desde novos, os meninos são orientados ao exercício da masculinidade através de gestos, ações e aparência. Muitos já ouviram a frase: “homem não chora!”, o que é um exemplo claro de uma constante vigilância a ações que podem não representar a masculinidade ensinada aos homens, afinal, o papel de sensibilidade é da mulher. Em resumo, ser homem e ser masculino significa não ser mulher, homossexual e/ou efeminado e possuir características atribuídas a esses grupos. 

No design de moda, por exemplo, é possível ver a construção de símbolos usados para diferenciar homens de mulheres através de cores, formas, materiais e texturas, limitando-os a alguma identidade. Um exemplo claro disso é o matiz rosa que, em alguns lugares, ainda é considerado uma cor exclusiva para mulheres. Diante disso, o autor destaca que padrões são estabelecidos como normas e, caso descumpridas, o indivíduo corre sérios riscos de zombaria e até mesmo, agressões físicas.  

Ainda dentro do mundo da moda, mesmo atualmente, é possível ver a materialização de valores tradicionalmente associados à masculinidade. Ainda existe uma imagem que vem à mente quando é dito “roupa de homem”. Um exemplo disso está nas peças adornadas e complexas desenhadas para mulheres, além de maior exposição da pele e recortes que valorizam o corpo. Também há uma diferença clara de tecidos e materiais sendo utilizados pelo gênero masculino, como o jeans, brim e algodão e, para as mulheres, a seda, o cetim e a renda, por exemplo. “É inegável que muitas dessas categorias vêm sendo questionadas. No entanto, mesmo com as atuais representações de masculinidades mais desconstruídas na moda, essa linguagem chega ao consumo do senso comum de forma “pasteurizada” e minimizada, o que reforça as características tradicionais ainda atribuídas à moda masculina tradicional.” 

Seleção de técnica de tratamento para remoção de hormônios estrogênios com base na análise multicritério 

Os hormônios estrogênicos são contaminadores presentes nos recursos hídricos que abastecem a população tanto em sua forma bruta como tratada. A presença desses micropoluentes nas águas de consumo podem causar sérias interferências nas funções do sistema endócrino de mamíferos, além de uma questão preocupante quanto a sua degradação. Diariamente, os seres humanos são responsáveis por excretar hormônios estrógenos naturais. O problema é que o sistema de saneamento básico do país utiliza, principalmente, o tratamento convencional, que remove apenas os poluentes mais comuns, como sólidos em suspensão e micro-organismos patógenos, mas não é eficiente na remoção dos chamados contaminantes emergentes.  

Diante desse cenário, o professor de Engenharia Química do SENAI CETIQT, Alex Vazzoler, e a aluna, Yasmin Fernandes, buscam através do artigo, avaliar os tratamentos de água mais utilizados para a remoção desses hormônios, levando em consideração critérios como porcentagem de remoção, conformidade com a legislação, controle e capacidade bactericida e escala comparativa de custos.  

Revisão e análise comparativa das políticas públicas implementadas no Brasil e em outros países para a reciclagem de materiais poliméricos 

O conceito de sustentabilidade ganhou destaque nas últimas décadas, e com ela surge uma série de preocupações que visam à transformação de hábitos em prol do meio ambiente. Uma das temáticas que vem ganhando notoriedade é o uso de materiais plásticos, que se tornaram onipresentes no cotidiano de muitas pessoas em todo o mundo. Por mais que o plástico traga inúmeras vantagens e facilidades para o dia a dia, o uso desenfreado desse produto vem criando grandes quantidades de resíduos que, na maior parte das vezes, são descartados de forma inadequada. 

O artigo, desenvolvido por Liliana Bastos, mestranda no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Luiza Santos, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Engenharia Industrial, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), busca trazer o levantamento de políticas públicas que visam à promoção da reciclagem de materiais poliméricos implementados no mundo, comparando com as políticas públicas brasileiras e abordando as principais medidas por parte dos governos, os desafios e as soluções que vêm sendo desenvolvidas nesse cenário. 

Logística reversa como estratégia competitiva no e-commerce: um estudo de caso em um operador logístico terceirizado 

A Indústria 4.0 requer das empresas uma transformação na forma de operação e gerenciamento de suas cadeias de suprimentos. Para se manterem em posição competitiva, é exigido que as empresas sejam ágeis e flexíveis para se adaptarem às mudanças nas demandas e necessidades dos clientes. Uma dessas exigências é a implementação da logística reversa, que é um canal de fluxo que vai do cliente final para o fornecedor.  

Esse método tem se destacado à medida que os consumidores começaram a se tornar mais conscientes em relação à proteção ambiental, reciclagem, e a transparência das empresas no uso de recursos finitos. Há uma crescente demanda por práticas sustentáveis tanto na produção como na gestão de resíduos.  

Para atender a essa demanda, a logística empresarial está evoluindo para um modelo circular, em que o produto ou material consumido é tratado adequadamente e retorna à cadeia produtiva como ponto de partida para outras atividades. A logística reversa é o canal pelo qual resíduos fluem de volta ao ciclo, através dos canais de pós-venda e pós-consumo. 

Os autores do artigo realizaram um estudo de caso por meio de uma pesquisa qualitativa, descritiva. “A coleta de dados foi realizada através da observação direta do processo e análise documental. Verificou-se que alguns processos são efetuados apenas empiricamente, outros ainda estão sendo estruturados. Foi possível identificar que 57,23% das devoluções eram por arrependimento, o que tornou necessário uma investigação para descobrir a principal causa que leva o consumidor a arrepender-se da compra realizada e o que pode ser melhorado.” 

Para acessar o conteúdo completo da revista acesse o site: https://redige.cetiqt.senai.br/redige/index.php/redige-cetiqt-senai... 

https://senaicetiqt.com/senai-cetiqt-lanca-nova-edicao-da-sua-revis...

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