Foi realizado, no dia 27 de setembro, o workshop “Advancing the Energy Transition: coSOEC Stack Technology and Electrocatalysis”, focado em soluções inovadoras de descarbonização para a indústria. O evento, realizado nas instalações do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI B&F), que fica localizado no Parque Tecnológico da UFRJ, foi marcado pela apresentação da primeira unidade de co-eletrólise de água e dióxido de carbono em escala de bancada no Brasil, uma tecnologia avançada desenvolvida pelo Instituto Fraunhofer IKTS.
Essa inovação, pioneira no país, simboliza um grande avanço na produção de hidrogênio sustentável e gás de síntese, viabilizando iniciativas Power-to-X com menor pegada de carbono. A tecnologia será aplicada em projetos conjuntos com a Repsol Sinopec Brasil, como o Projeto CO2CHEM, acelerando a produção de combustíveis sintéticos verdes.
A abertura do evento foi realizada por João Bastos, gerente do ISI B&F, que ressaltou o papel do Instituto como um dos principais líderes no Brasil em tecnologias de Captura e Utilização de Carbono (CCU). O workshop contou com a presença de especialistas de instituições renomadas como Fraunhofer IKTS, IPEN e Repsol Sinopec Brasil.
O ISI B&F iniciou o workshop com uma apresentação de seus projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), voltados à transição energética e descarbonização. Foram destacadas iniciativas como a produção sustentável de hidrogênio, roteiros tecnológicos, economia circular, biorrefino e o desenvolvimento de plantas piloto conceituais.
Representando o Instituto Fraunhofer IKTS, Paul Adam e Ralf Näke apresentaram os avanços na tecnologia de eletrólise em altas temperaturas, abordando a importância estratégica dessa inovação para o futuro dos sistemas energéticos. Eles compararam diferentes métodos de eletrólise, destacando as vantagens termodinâmicas da Eletrólise de Óxido Sólido. Segundo Paul Adam, “a colaboração entre as instituições presentes é crucial para acelerar a pesquisa em eletrocatálise, um pilar da transição energética”.
Fábio Coral, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), discutiu o desenvolvimento de uma nova geração de combustíveis, enfatizando que, em 2020, o Brasil já contava com 48,4% de sua matriz energética composta por fontes renováveis. Ele destacou o etanol como uma solução estratégica para o país, por ser um biocombustível eficiente, sem contaminação por enxofre, não tóxico, renovável e sem competir com a produção de alimentos.
Encerrando as apresentações, Alexandre Teixeira, pesquisador da Repsol Sinopec Brasil, apresentou os avanços em sustentabilidade e descarbonização, com destaque para os Projetos DAC & CO2CHEM. Ele compartilhou a iniciativa da implantação da primeira planta piloto de Captura Direta de Ar (DAC), cujos experimentos em bancada demonstraram a viabilidade da tecnologia, além do Programa DAC e suas temáticas de pesquisa em projetos relacionados.
Além disso, Alexandre apresentou os resultados promissores da conversão de CO2 em hidrocarbonetos líquidos sintéticos, como diesel verde, nafta e combustível de aviação, promovendo melhorias nos processos químicos e reforçando o compromisso com a economia circular e a sustentabilidade. “A parceria com o SENAI CETIQT nos permite avançar em iniciativas com grande potencial de neutralização de emissões, alinhadas com a estratégia da Repsol Sinopec Brasil de avançar com soluções pioneiras voltadas para descarbonização e transição energética”, destacou.
por Jaqueline Crruz
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