Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Sensualidade não vende mais? Victoria's Secret sofre com mudança das consumidoras

Tradicional marca vem perdendo vendas para novas lojas que apostam no conforto e na diversidade de modelos.

Apelo sexy da Victoria's Secret parece não estar mais funcionando comercialmente, com vendas em queda e audiência em baixa no fashion show da marca (Foto: Divulgação)

Por décadas acostumada a ditar tendências na moda íntima feminina, a Victoria’s Secret enfrenta problemas para adaptar seu tradicional apelo sexy e sofisticado às novas tendências entre as mulheres.

Segundo o The Wall Street Journal, o valor das ações da L Brands, companhia que controla as linhas Victoria’s Secret e Bath & Body Works, de trajes íntimos e de banho, caíram nada menos que 41% neste ano. Vendas em queda nas lojas da marca, sobretudo de sutiãs, dificultam a recuperação, assim como o fracasso da liquidação anual promovida pela empresa.

Para completar, a CEO da Victoria’s Secret, Jan Singer, está deixando a empresa após dois anos de trabalho sem bons resultados.

Segundo a análise do jornal, a raiz do problema se encontra na mudança doperfil de consumo feminino em relação às lingeries. A intenção das consumidoras teria deixado de ser impressionar os homens com sutiãs com enchimento custando US$ 60, para priorizar peças mais confortáveis e mais baratas.

Marcas como Aerie, da American Eagle Outfitters, aproveitaram cedo essa mudança de preferência, não só vendendo produtos mais confortáveis e esportivos como lançando campanhas de marketing. Em uma delas, a Aerie garantiu que não usaria mais retoques digitais em suas fotos de propaganda, mostrando as mulheres em sua naturalidade.

Por sua vez, a ThirdLove, uma startup de comércio eletrônico de roupas íntimas, explicitou o atendimento a mulheres de diferentes portes, idades e cores. Tendências que hoje já não soam como novidade, mas que a Victoria’s Secret demorou a acompanhar.

A companhia tenta entrar nessa disputa com mais força, renovando seu portfolio, lançando mais modelos esportivos e com novas campanhas publicitárias. Estaria faltando, no entanto, autenticidade a essa empresa que sempre fez referência ao glamour e à sensualidade de suas lingeries, aponta o WSJ.

No ano passado, a marca perdeu 30% de audiência para consumidoras de 18 a 49 anos em seu fashion show. A edição deste ano aconteceu no último domingo (2), mas, ainda sem resultados divulgados, a previsão era que ocorresse nova retração.

https://epocanegocios.globo.com/Mercado/noticia/2018/12/sensualidad...

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