O salão oferece, aos profissionais do setor, uma ótima possibilidade para alavancar novos negócios. De acordo com o IEMI Inteligência de Mercado, especializado em pesquisas e análises do setor de vestuário e moda íntima, segmento alvo do evento, para 2015 estima-se uma expansão da produção para o segmento em torno de 1,5% em volumes de peças.
Segundo o estudo ‘Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias – 2015′, recém elaborado pelo IEMI, a produção deste setor, que engloba a confecção de calcinhas e sutiãs, camisolas, pijamas e modeladores, apresentou uma leve retomada nos seus volumes de produção, em torno de 2,4% acumulados em 2013 e 2014.
‘O destaque no crescimento da produção foram os Sutiãs, cada vez mais diversificados e atraentes, registrando uma expansão média bem acima do conjunto de produtos da linha íntima’, afirma Marcelo V. Prado, Diretor do IEMI, responsável por este estudo.
Para 2015, apesar do desaquecimento verificado neste primeiro semestre, as expectativas ainda são de crescimento na demanda, em torno de 0,8%, superando a marca de 560 milhões de peças; 8,8% delas importadas de diferentes países, em especial dos asiáticos.
Segundo este mesmo estudo (‘Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2015′), com relação às exportações globais, o comércio internacional de roupas íntimas e meias alcançou a soma de US$ 33,8 bilhões em 2013 (último dado disponível), o que representa uma alta de 4,6% em relação aos valores do ano anterior. Entre 2003 e 2013 a expansão foi de 98,8%, onde a participação do Brasil, por conta da valorização do Real frente ao dólar, praticamente desapareceu. Com o novo patamar do dólar, a expectativa é que alguns dos principais fabricantes brasileiros consigam voltar a participar deste mercado, tirando proveito deste crescimento e contribuindo para expansão desta indústria no país.
Quanto aos destinos para as exportações de roupas íntimas, os países desenvolvidos respondem hoje por 75% dos volumes, sendo que os Estados Unidos são o principal mercado, com 25,9%.
O estudo também analisou que na região Sudeste se concentra o maior número de empresas do segmento de roupas íntimas -53,2% – seguido da região Nordeste, com 19,9%, da região Sul, com 17,9%, e da região Centro-Oeste, com 8,3%, ficando a região Norte com aproximadamente 1%.
Com 53% do volume total produzido e 62,7% dos valores totais das roupas íntimas, em 2014, o grande varejo especializado em moda é o principal canal de venda desses artigos no País e, juntamente com as redes especializadas em moda íntima, vem apresentando um ritmo de crescimento bem acima do varejo multimarca, até aqui o principal canal de venda dos pequenos fabricantes.
‘As companhias estão em fase de modificação de seus modelos de negócio, passando de fabricantes para gestores de marcas, com novos canais de distribuição’, finaliza o diretor do IEMI.
De acordo com outro estudo do IEMI, o de ‘Comportamento de Compra do Consumidor de Moda Íntima Feminina 2014′, e que terá a sua nova edição no inicio de setembro, o fator decisivo pelas consumidoras da maioria das regiões pesquisadas para a escolha de uma marca especifica é o conforto das peças, superando inclusive o quesito preço.