Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Nas últimas duas décadas, o Brasil avançou indiscutivelmente em diversos aspectos, com o desenvolvimento de uma democracia madura e uma estrutura socioeconômica mais moderna. Neste período, a economia brasileira atingiu uma estabilidade inédita, com o domínio da inflação, a criação do Real, a abertura do mercado brasileiro para o comércio exterior e a consequente inserção do país no processo de globalização que demandou a modernização e a capacitação da indústria brasileira rumo à competitividade. Os fortes investimentos em equipamentos, mão de obra especializada e inovação trouxeram um novo patamar de qualidade ao produto brasileiro. - O setor de não-tecidos e tecidos técnicos esteve neste processo, contribuindo para o desenvolvimento de cadeias produtivas, que usam tais insumos como matéria prima para produzir bens duráveis e descartáveis. O investimento contínuo em novas tecnologias trouxe a possibilidade de que estes insumos pudessem ocupar o espaço de outros mais tradicionais, com melhor desempenho, qualidade e menor custo. Alguns setores da economia foram cruciais para este processo, como automotivo, calçadista, construção civil, infraestrutura e a indústria de produtos de higiene, entre outros.

O Brasil é o maior produtor e consumidor de não-tecidos e tecidos técnicos da América do Sul, somando mais de 575 mil toneladas, e também conta com um dos parques industriais mais modernos do mundo. Trata-se de uma indústria que investe continuamente em tecnologia e o resultado são produtos de qualidade internacional. É, portanto, uma indústria preparada para este crescimento. Embora apresente um crescimento médio anual de 10%, o consumo per capita brasileiro ainda é bem inferior ao de países europeus e dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, o consumo de não-tecidos no Brasil é de em torno de 1,18 kg/habitante/ano, enquanto a média americana é de 4 kg/habitante/ano. Trata-se de um mercado emergente que tem crescido continuamente e, nos últimos anos, a ascensão das classes D e E tem contribuído para aumentar este consumo.

Neste contexto, em 1991 foi criada a Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos (Abint) com as funções primordiais de normatizar e divulgar o setor, além de defender o mercado brasileiro da concorrência predatória. A entidade trabalha para que o mercado conheça as inúmeras e potenciais aplicações dos não-tecidos e tecidos técnicos que trouxeram mais segurança, qualidade de vida, bem estar e conforto à sociedade. Como parte desse esforço, a entidade promove neste ano a quarta edição da NT&TT Show, única feira de não-tecidos e tecidos técnicos da América do Sul. Entre os dias 26 e 28 de outubro, fornecedores de não-tecidos, tecidos técnicos, matérias-primas diversas, de insumos, máquinas e equipamentos e também convertedores estarão no Expo Center Norte (São Paulo) para expor tendências e inovações deste mercado. A NT&TT Show 2011 é um evento técnico vital para gerar relacionamento entre os diversos elos da cadeia produtiva: fornecedores de não-tecidos, tecidos técnicos, matérias-primas diversas, máquinas e convertedores.

Desde o início de seus trabalhos, a Abint também se preocupou em defender interesses do setor, promovendo o desenvolvimento do mercado brasileiro e zelando por uma concorrência saudável. Também chama a atenção do governo brasileiro para que reconheça os esforços desta indústria e colabore para torná-la ainda mais competitiva no cenário internacional. Trata-se de um setor que investe fortemente para se manter atualizado tecnologicamente, com investimentos de cerca de US$ 300 milhões nos últimos anos. Nesse sentido, a entidade defende a redução de impostos, taxas de juros mais baixas e um maior e melhor controle na fiscalização de importações irregulares.

Vislumbrando um cenário de crescimento do país para os próximos anos, com obras de infraestrutura, os eventos esportivos da Copa do Mundo e Olimpíadas) e o aumento do poder aquisitivo da população, o setor trabalha para crescer ainda mais a fim de ampliar o uso dos não-tecidos e tecidos técnicos em setores fundamentais da economia (como construção civil, geotecnia, automotivo, descartáveis higiênicos, vestuário médico hospitalar, filtração, calçados, por exemplo). Os investimentos contínuos em capacidade de produção e novas tecnologias também têm credenciado a indústria do país a exportar mais, o que aumenta a relevância global do Brasil e seu reconhecimento como país que gera inovação, qualidade e competitividade. É com esse ideal que a Abint foi criada, é com esse norte que continuaremos a trabalhar

Fonte:|http://www.sindivest.org.br/content/news/News_Item.asp?content_ID=3504

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