Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor de vestuário fecha 2022 com a maior inflação desde o Plano Real

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O setor de vestuário fechou o ano de 2022 com a maior inflação desde 1995, quando o país encerrava a transição para o Plano Real. Os preços subiram 18,02% em um ano, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo). Roupas femininas e masculinas ficaram cerca de 20% mais caras em 2022. Já as roupas infantis, calçados e acessórios subiram entre 14% e 16%.

Matheus Peçanha, economista e pesquisador do FGV Ibre, explica que a indústria têxtil enfrentou uma série de problemas ao longo dos últimos dois anos no que se refere ao acesso de diferentes matérias-primas - dentre elas o algodão, lã e fibras de tecidos sintéticos. Os gargalos, principalmente em função da pandemia, geraram custos maiores:

— Esse é o terceiro ano de uma inflação focada em custos. E o setor têxtil foi um desses que sofreu mais com esses entraves nas cadeias globais de valor. Isso encarece todo o sistema de produção, e essa produção custosa vai sendo carregada até a ponta — avalia.

Segundo o IBGE, o preço do algodão teve alta acentuada entre abril de 2020 e maio de 2022.

— Os custos de produção subiram e houve uma retomada da demanda após a flexibilização das medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de Covid-19 — acrescenta André.

Oportunidade para brechós e lojas virtuais

Por outro lado, lembra Peçanha, por ser um setor com certa elasticidade na demanda, o consumidor consegue encontrar opções mais baratas - o que torna brechós e lojas virtuais de desapegos uma alternativa aos preços mais altos.

A boa notícia é que o preço de matérias-primas como o algodão tem caído no mercado internacional, o que elevam as chances de esses custos que são repassados ao consumidor darem uma trégua. Ainda assim, é difícil retomar os níveis de preço anterior à pandemia:

— Desde o segundo semestre várias commodities tem caído de preço, mas isso demora para ser transmitir pela cadeia. Mas o custo dessas indústrias deve cair a partir de 2023, com chances de desinflar. Mas voltar ao preço nominal para patamares para pandemia é mais difícil. O que deve acontecer é os preço estagnarem no patamar em que se está.

Carolina Nalin

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