Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Copa do Mundo frustra expectativas das empresas, que cortam produção devido à redução na venda para o varejo

Nem mesmo o lançamento de modelos exclusivos para a Copa 2014 colaborou para aumentar as vendas da indústria têxtil para o varejo no início deste ano. Pelo contrário, o que se vê no momento é a queda na produção e a concessão de férias coletivas nas fábricas mineiras, movimento completamente atípico para o setor, que deveria estar a todo vapor, visando o abastecimento das lojas no fim do ano.

"Tivemos o resultado completamente frustrado. Esperávamos vender mais por causa da Copa e até pensamos em produtos específicos para o evento. Mas o que estamos vendo é o aumento na entrada de produtos importados. Até as encomendas da Fifa foram de produtos do exterior", diz o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindmalhas), Flávio Roscoe.

Como se não bastasse a menor demanda pelos modelos baseados na Copa do Mundo, os pedidos para o restante da produção também estão menores. "O varejo comprou o que era de Copa no exterior e reduziu as encomendas dos demais itens, porque o mercado está incerto", diz o empresário. Essa incerteza é justificada, em parte, pela possibilidade de ocorrerem manifestações durante os jogos, o que reduziu as vendas na ponta do varejo. Além disso, algumas lojas poderão liberar os funcionários durante as partidas, período em que os consumidores não deverão ir às compras.

Segundo Roscoe, para reduzir parte do prejuízo, algumas indústrias têxteis do Estado estão concedendo férias coletivas para os funcionários neste mês. A ação é completamente atípica, uma vez que esta seria a época em que as empresas estariam se preparando para atender a demanda de fim do ano.

Diante desse cenário, a expectativa inicial do setor em Minas, de elevar a produção em 4% neste ano frente 2013, já foi revisada para baixo. Agora, na melhor das hipóteses, deverá haver uma redução de 3% no Estado.

Confecções - As confecções do polo de moda de Belo Horizonte também estão enfrentando a mesma situação. Segundo o diretor do Conselho Empresarial da Moda da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Lucas Rezende Bastos, o varejo não foi beneficiado pela Copa do Mundo. Ao contrário, houve uma redução do período destinado às vendas e as promoções da última coleção tiveram que ser antecipadas.

"Quem atrasou a produção minimamente perdeu venda. O mercado está inseguro e perder tempo de venda prejudica consideravelmente o faturamento", explica. Segundo Bastos, as confecções também estudam a hipótese de conceder férias coletivas durante a Copa 2014, o que será avaliado de acordo com a realidade de cada empresa.

As dúvidas quanto à demanda também levaram algumas confecções a pensar duas vezes antes de lançarem modelos específicos para o evento esportivo. "Acabamos focando só a moda normal. Não vimos grande oportunidade de negócios no mundial. Investir em algo exclusivo pode significar mais prejuízo em uma fase em que as vendas deverão ser menores", justifica o diretor-executivo da marca Babita, André Soalheiro.

http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?tit=setor_textil_con...

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As confecções do polo de moda de Belo Horizonte também estão enfrentando a mesma situação.

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