Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A indústria têxtil e de confecções, que voltou a crescer em 2017 após três anos de queda, pode ter nova retração neste ano, devido ao forte aumento das importações de produtos confeccionados. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Sinditêxtil-SP, que representa as indústrias de fiação e tecelagem do Estado, informaram que vão rever as metas de produção do ano, se as importações continuarem avançando na velocidade atual. “Se as importações mantiverem o ritmo, não haverá aumento na produção local”, afirmou Fernando Pimentel, presidente da Abit. No primeiro trimestre, as importações do setor cresceram 27,9%, para US$ 1,59 bilhão. Em volume, o aumento foi de 24,8%, para 380,6 mil toneladas.

Em janeiro e fevereiro, a produção de artigos de vestuário e acessórios caiu 7,5% em volume, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O varejo de vestuário, por sua vez, cresceu 0,2% no mês de janeiro, segundo o IBGE. A Abit previa para o ano um aumento de 2,5% na produção de vestuário, para 6,05 bilhões de peças. Para o varejo, a previsão era de uma alta de 5%, para 7,06 bilhões de unidades. E as importações estavam estimadas em 1,1 bilhão de peças, com crescimento de 20% sobre 2017. Para o Estado de São Paulo, que representa 30% do setor, a projeção era de um crescimento de 2% na produção de vestuário e alta de 4% na produção têxtil. As importações cresceram 17,3% no mercado paulista no primeiro trimestre, para US$ 403,7 milhões. Em volume, a alta foi de 15,6%.

“Mesmo com a redução do ICMS para as indústrias paulistas, a produção está menos competitiva que as importações”, afirmou o presidente do Sinditêxtil-SP, Luiz Arthur Pacheco. Em maio de 2017, o governo de São Paulo reduziu de 12% para zero a alíquota de ICMS para o setor têxtil e de confecções. Pacheco disse que, mesmo com a medida, houve aumento na arrecadação de ICMS pelas indústrias têxteis paulistas de 12% em 2017, para R$ 522,1 milhões. A arrecadação de ICMS das indústrias de confecção, por sua vez, caiu 3%, para R$ 488,1 milhões. “As indústrias de confecção concorrem com as peças importadas. As varejistas já começaram a frear as encomendas de tecidos da indústria têxtil e as encomendas de confecções, porque estão com estoques altos de importados. Vamos rever para baixo as projeções para 2018”, disse Pacheco.

Pacheco disse que a maioria das importações de confecções é feita por grandes redes de varejo de moda. No caso das importações de produtos têxteis, as compras são feitas por importadores e distribuidores, que revendem as mercadorias para as confecções a preços mais baixos que o produto nacional. Pacheco diz que um quilo de fio para malharia importado, por exemplo, chega às confecções a R$ 21 ou R$ 22, enquanto o produto nacional é vendido a R$ 27 ou R$ 28 o quilo. “Boa parte do produto importado é vendido sem nota fiscal. As indústrias estão perdendo para a informalidade”, afirmou.

Via Valor Econômico – 12/04/2018

http://www.sindifisco.org.br/noticias/setor-textil-ve-riscos-a-reto...

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QUEM É DA ÁREA E ESTÁ NA ATIVA JÁ SENTE ESTE EFEITOS DESTA RETRAÇÃO COM A REDUÇÃO DAS VENDAS, AUMENTO DE MATÉRIA PRIMA E DOLAR OSCILANTE.

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