Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Foi feita pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial

João Carlos Nascimento / O Liberal

O investimento total na cadeia têxtil da RPT (Região do Polo Têxtil) deve chegar a R$ 174 milhões neste ano, de acordo com estudo realizado pelo IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial). Com isso, a projeção é de 10% de aumento em relação ao resultado do ano passado, quando o valor investido em Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia foi de R$ 158 milhões.

Na estimativa de 2011, o segmento têxtil puxa a fila dos investimentos na esteira dos 37% de aumento registrado em 2010, enquanto a área de confecção foi ampliada em 6%. Os dados foram apresentados ontem pelo Sinditêxtil (Sindicato das Indústrias Têxteis) e Sindivestuário (Sindicato dos Vestuários), em evento realizado na escola Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Americana.

De acordo com o estudo, o polo local congrega 639 empresas, com a geração de 52.421 postos de trabalho (dado relacionado ao final do ano passado). Os números credenciam a região como a segunda principal produtora do setor no Estado, atrás apenas da Grande São Paulo, responsável por mais de 5 mil empresas e 248 mil empregos. 
 
As unidades instaladas na RPT representam 2,1% do total nacional e 3% da mão de obra empregada na cadeia têxtil brasileira.

As autoridades do setor consideram que o polo americanense consegue se sobressair em relação aos demais por conta da cadeia produtiva completa. Ou seja, os cinco municípios agregam fábricas de manufaturas têxteis (fios/linhas, tecidos e malhas), beneficiamento e confeccionados (vestuário e linha lar).

"Isso é um grande diferencial da região. Deter toda a cadeia têxtil-vestuário é um grande facilitador em termos de logística e custos. A concentração em um local só é muito favorável", avaliou Ronald Moris Masijah, presidente do Sindivestuário.

Juntos, os segmentos atingiram R$ 5,2 bilhões em vendas no ano passado, o equivalente a 5,2% do valor nacional no mesmo período. As tecelagens puxaram o resultado, com 53% das vendas. Os representantes do setor ainda destacaram o aperfeiçoamento das empresas localizadas na RPT. Entre 2009 e 2010, houve redução do número de fábricas - de 660 para 656 - na região, entretanto o dado não foi considerado negativo.

Produtividade
O IMBI avaliou que a produtividade quadriplicou em relação à década de 1990, quando dois terços das tecelagens de Americana foram fechados por problemas financeiros. "Os investimentos têm trazido um aumento de produtividade das empresas. Isso aumenta a competitividade e a perenidade delas. A qualidade dos produtos fabricados aqui evoluiu bastante", destacou Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil.

Apesar dos resultados positivos, na avaliação dos especialistas, ainda há o temor da entrada de produtos importados no mercado nacional. "A importação destrói a indústria regional. O consumidor é suscetível ao preço", afirmou Masijah. O setor tem buscado junto ao governo federal incentivos para que a produção local faça frente às importações. O plano "Brasil Maior" deve auxiliar nesse objetivo, com medidas de desoneração para o segmento.

Fonte:|http://www.sindicatosp.com.br/content/news/News_Item.asp?content_ID...

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